tag:blogger.com,1999:blog-24963740778456754992024-03-19T20:33:54.996-07:00Do Samba de Protesto ao Marketing Político, o Carnaval campista vira a página da históriaTrabalho preparado para ser apresentado na VII Conferência Brasileira de Folkcomunicação, realizada em Lajeado-RS, em 2004. Mas que acabou virando artigo acadêmico na Revista Internacional de Folkcomunicação, Edição Eletrônica, nº 06.
O presente trabalho serviu também, posteriormente como base para o Trabalho de Conclusão de Curso em Comunicação Social, com especialização em Jornalismo, 2007.Paulo de Almeida Ouriveshttp://www.blogger.com/profile/15165174187982815954noreply@blogger.comBlogger22125tag:blogger.com,1999:blog-2496374077845675499.post-67538752334634614322007-09-08T09:15:00.001-07:002007-09-10T18:35:32.281-07:0001 - INTRODUÇÃO:<a href="http://bp1.blogger.com/_hNrb6vQYaLY/RuLvh2iyW-I/AAAAAAAAAVY/8UVDh_SUfR4/s1600-h/Carnaval_Ururau_jacaré.jpg"><span style="font-family:trebuchet ms;"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5107908292247706594" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://bp1.blogger.com/_hNrb6vQYaLY/RuLvh2iyW-I/AAAAAAAAAVY/8UVDh_SUfR4/s400/Carnaval_Ururau_jacar%C3%A9.jpg" border="0" /></span></a><br /><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;">O presente trabalho consiste em mostrar que as escolas de samba de Campos dos Goytacazes, estado do Rio de Janeiro, estão modificando e mudando a história do samba e do carnaval campista, quando fazem uso de homenagens a políticos da atualidade. O samba até então era tido como uma forma de protestar contra os senhores de engenho e políticos da época, que não tinham interesse em tratar os negros como seres humanos, mas como máquinas de trabalhar. Hoje as escolas de samba de Campos por dependerem de verbas governamentais para mostrar a sua arte, aliam um tema a uma homenagem a um político atual, que usa o seu poder para fazer da escola e do samba um marketing político.<br />Nesse trabalho de pesquisa além de uma introdução histórica da origem do carnaval, a pesquisa mostrará os aspectos do carnaval até os fatos que contrastam com o que se sabe dos primórdios do carnaval, como manifestação popular e folclórica de diversos lugares do mundo, até chegar ao carnaval campista.<br />Será com entrevistas que mostrarei os antagonismos da história dos antigos carnavais e dos carnavais de hoje, ouvindo figuras que de uma certa forma fazem parte da história do carnaval de Campos, bem como de homens públicos que hoje vêem o carnaval como forma de marketing político e pessoal.</span></div>Paulo de Almeida Ouriveshttp://www.blogger.com/profile/15165174187982815954noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2496374077845675499.post-63799330731361064382007-09-08T09:08:00.003-07:002007-09-08T17:31:23.777-07:0002 - DESCRIÇÃO DA PESQUISA:<div align="center"><a href="http://bp2.blogger.com/_hNrb6vQYaLY/RuLwjGiyW_I/AAAAAAAAAVg/uP5fx_BSc78/s1600-h/Ãs+de+Ouro-A+Leudo-03.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5107909413234170866" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://bp2.blogger.com/_hNrb6vQYaLY/RuLwjGiyW_I/AAAAAAAAAVg/uP5fx_BSc78/s400/%C3%81s+de+Ouro-A+Leudo-03.jpg" border="0" /></a><span style="font-family:times new roman;"><strong><em> G. R. E. S. Ás de Ouro. 2007. </em></strong></span></div><span style="font-family:times new roman;"></span><br /><span style="font-family:times new roman;"><strong>* Fotos gentilmente cedidas por Antônio Leudo (PMCG)</strong></span>Paulo de Almeida Ouriveshttp://www.blogger.com/profile/15165174187982815954noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2496374077845675499.post-53616536986308084072007-09-08T09:08:00.001-07:002007-09-08T17:37:58.646-07:0002.01 - O carnaval como manifestação cultural e folclórica<a href="http://bp2.blogger.com/_hNrb6vQYaLY/RuNAF2iyXJI/AAAAAAAAAWw/NmeoQ2qNTHI/s1600-h/Jose_Marques_de_Mello.bmp"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5107996871653219474" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://bp2.blogger.com/_hNrb6vQYaLY/RuNAF2iyXJI/AAAAAAAAAWw/NmeoQ2qNTHI/s320/Jose_Marques_de_Mello.bmp" border="0" /></a><br /><div align="center"><span style="font-family:times new roman;"><strong><em>José Marques de Melo</em></strong></span><br /></div><div align="center"><span style="font-family:times new roman;"><em><strong></strong></em></span></div><div align="center"><br /> </div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;">No livro “As festas populares como processos comunicacionais: Roteiro para o seu inventário, no Brasil, no limiar do século XXI”, o autor José Marques de Melo preceitua que “festa é um fenômeno de natureza sócio-cultural que permeia toda a sociedade; significando uma trégua no cotidiano rotineiro e na atividade produtiva”. </span></div><div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span></div><br /><br /><div align="center"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5107996347667209346" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://bp0.blogger.com/_hNrb6vQYaLY/RuM_nWiyXII/AAAAAAAAAWo/VhyoknjXDzw/s320/Alceu_Maynard_02.jpg" border="0" /> <span style="font-family:times new roman;"><strong><em>Alceu Maynard</em></strong></span><br /></div><p align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;">No mesmo livro, há uma citação de Alceu Maynard Araújo, que identifica o surgimento da festa na gênese da sociabilidade do homem, atribuindo um sentido mágico e comunitário.<br /><br /><strong><span style="font-family:times new roman;">“Dentre as manifestações da vida social nos agrupamentos humanos podemos destacar a festa, cujo aparecimento data das mais remotas eras, certamente quando o homo faber, deixando de ser mero coletor de alimentos, praticante da técnica da subsistência da catança, passou a produzi-los, plantando. Há na aurora das festas aquela preocupação mágica de agradecer a natureza ou suplicar para que ela, entidades supraterrenas, não permitam as pragas, danos ou malefícios nas plantações, praticando, portanto ritos protetivos e produtivos. A festa interrelaciona-se não só com a produção, mas também com os meios de trabalho, exploração e distribuição, ela é portanto conseqüência das próprias forças produtivas da sociedade, por outro lado é uma poderosa força de coesão grupal, reforçadora de solidariedade vicinal cujas raízes estão no instinto biológico da ajuda, nos grupos familiares (Araújo, 1973:11)”.</span></strong><br /><br />O pesquisador José Marques de Melo informa que o estudo das festas não pode ser feito de forma estanque sem que façamos uma correlação das festas com a vida quotidiana, as suas rotinas e também com o mundo do trabalho. A festa faz parte do “lazer”, onde as classes populares ingressam de forma intensa quando passam a ter direito ao “ócio”, privilégio que era desfrutado apenas pelas classes mais abastadas da sociedade.<br />O fato é que, o carnaval por ser uma festa pagã também é tida pelo povo como uma “festa da desordem”, e José Marques de Melo, pontua com um trecho de Da Matta, esse fato:<br /><br /><span style="font-family:times new roman;"><strong>“Penso que o carnaval é basicamente uma inversão do mundo. (...) Nele, conforme sabemos, trocamos a noite pelo dia, ou, o que é ainda mais inverossímil: fazemos uma noite em pleno dia, substituindo movimentos da rotina diária pela dança e pelas harmonias dos movimentos coletivos que desfilam num conjunto ritmado, como uma coletividade indestrutível e corporificada na música e no canto. (...) Carnaval, pois, é uma inversão porque é competição numa sociedade marcada pela hierarquia. É movimento numa sociedade que tem horror à mobilidade, sobretudo à mobilidade que permite trocar efetivamente de posição social. É exibição numa ordem social marcada pelo falso recato de “quem conhece o seu lugar” - algo sempre usado para o mais forte controlar o mais fraco em todas as situações (Da Matta, 1984: 74-78)”.<br /></strong></span><br />Ao fazer um balanço das festas brasileiras no final do século XX, Alceu Maynard Araújo argumentou que muitas tradições que aqui chegaram vindas na bagagem cultural dos colonizadores foram esquecidas pelo tempo.<br /><br /><strong><span style="font-family:times new roman;">“Muitas festas desapareceram, outras estão desaparecendo; entretanto das novas culturas, algumas estão voltando e não são apenas nas festas de produção como vinho, o trigo, a laranja, a maçã, etc., mas também aquelas que rememoram e existiam na terra de onde elas se originaram”.<br /></span></strong><br />As festas brasileiras apesar dessa renovação como espaço típico de lazer, preserva sua natureza diversificada e ao mesmo tempo permanece híbridamente fincada em suas raízes populares.</span></p>Paulo de Almeida Ouriveshttp://www.blogger.com/profile/15165174187982815954noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2496374077845675499.post-37475299818037704232007-09-08T09:07:00.001-07:002007-09-08T17:25:39.374-07:0002.02 - Origem do Carnaval no Mundo e na Europa<div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;">Ao iniciar a pesquisa sobre a origem do carnaval, o pesquisador se depara com uma indagação: como terá surgido essa festa que hoje é comemorada em quase todas as partes do mundo? </span></div><div align="center"></div><p align="center"><span style="font-family:trebuchet ms;"></p><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5107915116950740002" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://bp2.blogger.com/_hNrb6vQYaLY/RuL1vGiyXCI/AAAAAAAAAV4/FG3LI8I8t3s/s400/As+festas+populares+na+expansao+do+turismo.jpg" border="0" /><br /><div align="justify">É nas páginas do livro, “As festas populares na expansão do turismo, a experiência italiana”, de Maria Nazareth Ferreira, que descobrimos que o carnaval nasceu de antigos rituais romanos, cuja origem está na Saturnalia, uma celebração em homenagem a Saturno e que fora praticada desde o séc. V a.C., pois o templo de Saturno, existente em Roma, data de 497 a.C. A prática desta festa era reviver rituais antigos, e os dias de festas eram comemorados entre os dias 17 e 23 de dezembro, onde além destes dias, havia mais seis dias de feriados, quando a justiça então ficava proibida de prender, julgar ou executar prisioneiros.<br /><br /><span style="font-family:times new roman;"><strong>“A parte sagrada da festa compreendia um conjunto de rituais celebrados no Templo di Saturno, seguido de um banquete sagrado, durante o qual se trocavam estatuetas de cera (sigilia), de grande significado ritualístico, além de outros presentes. Em cada comunidade elegia-se o Rex Saturnaliorum que, após o ritual sagrado, deveria organizar divertimentos, danças, jogos de azar e todas as atividades que eram rigorosamente proibidas durante todo o ano”. (página 28)</strong></span><br /><br />Como se percebe nestas linhas, o <em>Rex Saturnaliorum</em>, eleito em cada comunidade e que tinha o dever de organizar os divertimentos e as festas, seria o que hoje conhecemos como o Rei Momo, que tem a obrigação de participar e organizar todas as festas e bailes de carnaval, mas que ultimamente, tem sido apenas uma figura folclórica com um poder fictício.<br />Além disso, os dados contidos no livro informam também que,<br /><br /><span style="font-family:times new roman;"><strong>“Durante as festividades das Saturnalia as relações sociais eram subvertidas: os escravos zombavam dos senhores e eram por estes servidos; os homens livres exerciam funções próprias da aristocracia, reatualizando assim o tempo mítico da origem – a áurea aestas”. (página 28).</strong></span><br /><br />Com este detalhe podemos compreender porque que no carnaval as pessoas invertem os fatores e as classes sociais, como nas fantasias em que escravos se fantasiam de reis e rainhas, e os senhores e autoridades são caricaturizados por pessoas do povo que não detinham poder nenhum como forma de protestar e manifestar os seus desejos de alcance da pirâmide social, e também quando os homens se vestem de mulher, e as mulheres se fantasiam de homens.<br />Ainda nas páginas do livro, é necessário destacar que Saturno possuía uma forte ligação com a terra e a agricultura, e quando os reis de Roma, Numa Pompílio e Sérvio Túlio, reformaram a religião romana juntaram em uma mesma época todas as cerimônias e rituais dedicados a terra e que eram celebradas no solstício de inverno, que na Europa ocorria entre os dias 17 a 25 de dezembro, dependendo do ciclo solar de cada ano, e cuja festa das Saturnalia, também era considerada como uma festa de expiação.<br />E é através destas linhas que compreendemos certas modificações que foram realizadas através dos tempos, quando a Igreja assume e continua a controlar os festejos como vimos até hoje, nos carnavais cariocas, onde escolas de samba são proibidas de mostrar determinadas alegorias, de caráter religioso.<br /><br /><strong><span style="font-family:times new roman;">“As Saturnalia eram rituais sagrados, os quais eram impregnados da experiência cotidiana dos antigos romanos. Sua transmutação em festa carnavalesca, nos primeiros tempos, está apenas no nome, pois continuou sendo praticada da mesma forma. O carnaval pré-cristão acompanhava com os seus rituais a passagem do Ano Velho para o Ano Novo. Era uma festa de confraternização, de bom augúrio para as colheitas e para o Ano Novo que se iniciava. Era considerado por Catulo a época dos mais belos dias do ano, a época de acender as candelas de cera para aquecer simbolicamente o sol, que começava a se esfriar no céu.<br />Por outro lado, sua sedimentação na cotidianidade dos povos antigos era tão forte que, quando se formou a fé cristã, a nova Igreja acabou por assumir o seu controle, enquadrando-o no seu calendário litúrgico, antecedendo à Quaresma, que passou a funcionar como penitência. Nos primeiros tempos, o carnaval começava em 26 de dezembro, mas a Igreja transferiu seu início, segundo cada local para de 6 a 17 de janeiro. Para instrumentalizar a forte presença da idéia de purificação presente na população desde tempos imemoriais, a Igreja mudou o Carnaval e a Quaresma para o mês de fevereiro. Nos tempos antigos o mês de fevereiro era exclusivamente dedicado aos rituais de purificação, como o indica o seu próprio nome: februari (significa ação de purificar). No calendário antigo, era o último mês da purificação, e assim permaneceu depois da reforma de Numa Pompilio”.<br /></span></strong><br />Este livro conta também que apesar dos carnavais mais faustosos terem ocorrido nos sécs. XVIII e XIX, quando assumiu proporções monumentais, há notícias de carnavais suntuosos desde o séc. XII. Maria Nazareth conta também que a primeira notícia sobre o carnaval romano data de 1141 a 1143 e era realizado no Testacio ao Monte dei Cocci, onde além das festas eram realizados jogos militares, corridas, lutas com animais e muita violência. Além do Testaccio, a festa chegava até a Piazza Navona, e o carnaval era organizado a partir da atual Via del Corso, </div><br /><div align="justify"></div><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5107916268001975346" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://bp2.blogger.com/_hNrb6vQYaLY/RuL2yGiyXDI/AAAAAAAAAWA/vDL0jcA-cbE/s320/Via_del_Corso.jpg" border="0" /> <p align="center"><strong><em><span style="font-family:times new roman;">Via dei Corso, Itália.</span></em></strong><br /><br /></p><div align="justify">... taí portanto, a referência que existe até hoje, em alguns carnavais do século passado, onde os carros eram enfeitados e desfilavam pelas ruas da cidade e eram chamados de “corsos”. </div><br /><div align="justify"></div><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5107916650254064706" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://bp3.blogger.com/_hNrb6vQYaLY/RuL3IWiyXEI/AAAAAAAAAWI/lTRhrZsrGB4/s320/corso_03.jpg" border="0" /> <p align="justify">Vale destacar também que o maior reformador do carnaval foi o Papa Paulo II (1464-1492) que é considerado como o fundador do carnaval moderno, e foi justamente ele quem transformou o carnaval em ato político. Depois dele, outros Papas também tiveram participação na estruturação do carnaval, como por exemplo: o Papa Inocêncio VIII, que deu grande impulso aos jogos carnavalescos e, Alessandro VI (Borgia) (1492-1503), que autorizou o uso de máscaras nas igrejas.<br /></p><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5107916916542037074" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://bp1.blogger.com/_hNrb6vQYaLY/RuL3X2iyXFI/AAAAAAAAAWQ/Yxp5cPzVmkE/s320/Papa_Giulio_II.jpg" border="0" /> <div align="center"><strong><em><span style="font-family:times new roman;">Papa Giulio II</span></em></strong> </div><div align="justify"><br />Entretanto foi com o Papa Giulio II (1503-1555) que o carnaval assumiu a condição artística e os autores dos primeiros carros alegóricos foram Bramante, Raffaello, Michelangelo e Sangallo. Nos primeiros séculos da modernidade, os desfiles carnavalescos também contavam com as figuras dos gigantes mascarados (feitos de papel), cujas figuras baseavam-se nos mitos e divindades dos cultos antigos, e atualmente em alguns lugares do Brasil são caracterizados por homens, mulheres e animais, </div><br /><div align="justify"></div><p align="center"><a href="http://bp2.blogger.com/_hNrb6vQYaLY/RuL6qGiyXGI/AAAAAAAAAWY/H0myaGDcVn0/s1600-h/2702galo_madrugada.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5107920528609533026" style="CURSOR: hand" height="148" alt="" src="http://bp2.blogger.com/_hNrb6vQYaLY/RuL6qGiyXGI/AAAAAAAAAWY/H0myaGDcVn0/s320/2702galo_madrugada.jpg" width="176" border="0" /></a> <a href="http://bp3.blogger.com/_hNrb6vQYaLY/RuL66WiyXHI/AAAAAAAAAWg/PGsNpmhkgng/s1600-h/340bacalhau_do_batata.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5107920807782407282" style="WIDTH: 125px; CURSOR: hand; HEIGHT: 143px" height="222" alt="" src="http://bp3.blogger.com/_hNrb6vQYaLY/RuL66WiyXHI/AAAAAAAAAWg/PGsNpmhkgng/s320/340bacalhau_do_batata.jpg" width="252" border="0" /></a></p><div align="justify"></div><p align="center"><strong><em><span style="font-family:times new roman;">Galo da Madrugada e Bacalhau do Batata.</span></em></strong><br /></p><div align="justify"></div><br /><div align="justify">... como o “Galo da Madrugada”, Recife, PE; “Bacalhau do Batata”, Olinda, PE; “Boneco Batoré”; “O Homem da Meia-Noite”, Olinda, PE; a “Boneca do Valdir”, São João da Barra, RJ; “Boneco do Bambu”; e o “Pega Veado”, Campos, RJ, etc.<br />Um fato que caracteriza o poder da Igreja sob a festa do carnaval e que vemos até hoje, quando a Igreja censura certos tipos de fantasias e carros alegóricos é que os primeiros carros alegóricos eram dedicados à celebração do Papado, por isso que até hoje, vemos a Igreja ostentando o seu poder diante de uma festa tida como pagã.<br />O único fio condutor das antigas Saturnalia com os carnavais de hoje está no mecanismo de inversão de valores das situações do cotidiano onde os poderosos são colocados na berlinda, como válvulas de escape das tensões nervosas do dia-a-dia e das humilhações sofridas pelos empregados, mas vale ressaltar que tais inversões na verdade foram financiadas pelos próprios patrões que consentiam nesses ritos. </span></div>Paulo de Almeida Ouriveshttp://www.blogger.com/profile/15165174187982815954noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2496374077845675499.post-72807856807512235172007-09-08T09:06:00.001-07:002007-09-16T12:52:03.583-07:0002.03 - Das batidas do Jongo nasce o carnaval no Brasil – Rio de Janeiro<div><br /></div><br /><div align="justify"><a href="http://bp0.blogger.com/_hNrb6vQYaLY/Ru2CaDcpbzI/AAAAAAAAAnM/_e2x4jFNgJk/s1600-h/jongo.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5110884536249052978" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://bp0.blogger.com/_hNrb6vQYaLY/Ru2CaDcpbzI/AAAAAAAAAnM/_e2x4jFNgJk/s320/jongo.jpg" border="0" /></a><br /><br /><br /><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;">Ao fim do carnaval deste ano, muito pouco se falou a respeito de como o carnaval chegou ao Brasil, a maioria dos jornais e das revistas tratou realmente de mostrar aonde os artistas e pessoas ilustres iriam desfilar, e como estavam os preparativos da maior festa cultural brasileira, no Rio de Janeiro, apesar do carnaval já ter sido iniciado em Salvador, Bahia, com os seus trios elétricos. </span><br /><br /></div><br /><p><span style="font-family:trebuchet ms;"></p></span><span style="font-family:trebuchet ms;"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5110891768973979634" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://bp0.blogger.com/_hNrb6vQYaLY/Ru2I_Dcpb_I/AAAAAAAAAos/zJr-tdYBYeY/s320/Capa-Edicao04_revista_Nossa_Historia.jpg" border="0" /><br />Enquanto a Revista “Nossa História”, ano 1, nº 4, fevereiro 2004, publicada pela Biblioteca Nacional, em suas páginas 8 e 9, informava que o carnaval nasceu através das batidas de jongo na Serrinha, e que dariam origem a Escola de Samba Império Serrano, o jornal O Globo, em sua edição especial sobre o carnaval sequer faz menção ao jongo.<br />Mas é no site (</span><a href="http://oglobo.globo.com/especiais/carnaval/historia_rj.asp"><span style="font-family:trebuchet ms;color:#000000;"><strong>http://oglobo.globo.com/especiais/carnaval/historia_rj.asp</strong></span></a><span style="font-family:trebuchet ms;">), que pudemos conseguir algumas informações a respeito de como o carnaval chegou ao nosso país. Segundo as informações obtidas neste site, o Rio de Janeiro até meados do século passado só conhecia o carnaval sob a forma de “entrudo” (do latim “intróito”, entrada). O entrudo foi implantado a partir de 1723, quando os nativos das ilhas portuguesas da Madeira, Açores e Cabo Verde chegaram ao Brasil e se estabeleceram na costa litorânea, entre Porto Alegre e Espírito Santo. No início os foliões se divertiam jogando água uns nos outros. </span></div><br /><p><span style="font-family:trebuchet ms;"></span></p><br /><p><span style="font-family:trebuchet ms;"></p></span><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5110892073916657666" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://bp3.blogger.com/_hNrb6vQYaLY/Ru2JQzcpcAI/AAAAAAAAAo0/XOSx70zNCbk/s320/Z%C3%A9_Pereira.jpg" border="0" /><br /><span style="font-family:trebuchet ms;"><div align="justify">O primeiro baile que se tem notícia no Rio de Janeiro, ocorreu em janeiro de 1840, quando uma loja de máscaras importou máscaras, barbas e bigodes postiços, e em, 1846 foi realizado o primeiro baile de máscaras do Rio de Janeiro. Em 1852, surgiu uma das figuras lendárias do carnaval brasileiro, o Zé Pereira, que nada mais era do que o sapateiro, José Nogueira de Azevedo que saía pelas ruas tocando bumbos e tambores, com isso, surgiu entre os moradores das favelas outros instrumentos que viriam a compor uma bateria de carnaval: as cuícas, os tamborins, os tambores e os pandeiros.<br />Seis anos depois do primeiro baile de máscaras, em 1852, é que surgiram os primeiros clubes carnavalescos, chamados de “Grandes Sociedades”, mas que além de estarem ligadas ao carnaval também estavam ligadas aos movimentos cívicos. E assim foram surgindo diversos grupos carnavalescos cujo objetivo era sair às ruas da cidade com mascarados e blocos fantasiados, bem ao estilo europeu.<br />Dos antigos cordões é que nasceram as escolas de samba que hoje conhecemos. O primeiro desfile extra-oficial de escolas de samba, foi vencido pela Mangueira, em 1932. Mas o primeiro desfile oficial ocorreu em 1935, na Praça Onze e foi vencido pela “Vai como Pode”, que viria a dar origem a tradicional Portela. Mas é importante destacar que a primeira escola de samba do Rio de Janeiro foi a “Deixa Falar”, que foi fundada em 1928, no bairro do Estácio, e que veio a modificar o seu nome homenageando o bairro onde foi criada. O primeiro desfile em que foram cobrados ingressos aconteceu no carnaval de 1963, na Avenida Presidente Vargas, no centro do Rio de Janeiro. Em 1984 os desfiles foram levados para a Avenida Marquês de Sapucaí, onde se ergue a Passarela Professor Darcy Ribeiro, e conhecida popularmente como Sambódromo. </span></div>Paulo de Almeida Ouriveshttp://www.blogger.com/profile/15165174187982815954noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2496374077845675499.post-80004570078477909862007-09-08T09:05:00.002-07:002007-09-16T12:28:16.391-07:0002.04 - A linguagem da bateria<a href="http://bp1.blogger.com/_hNrb6vQYaLY/Ru2DwTcpb0I/AAAAAAAAAnU/tYC-e8Vd6Vw/s1600-h/Escola+Boi+Sapatão-A+Leudo-11.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5110886018012770114" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://bp1.blogger.com/_hNrb6vQYaLY/Ru2DwTcpb0I/AAAAAAAAAnU/tYC-e8Vd6Vw/s400/Escola+Boi+Sapat%C3%A3o-A+Leudo-11.jpg" border="0" /></a><br /><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;">Sem bateria não há samba, portanto não há carnaval. Não há festa, sem as batidas do surdo, repique, chocalho, cuíca, agogô, reco-reco, pandeiro, prato e o tamborim, além de outros instrumentos.<br />Bem como em outros grupos de música, onde há vários instrumentos, a bateria de uma escola de samba, usa o conjunto de instrumentos para marcar o samba e é através das marcações e dos sons de cada um dos instrumentos que os compositores de uma escola de samba, criam os sambas-enredo, que dependendo da qualidade e da facilidade de comunicação com o público, este reage memorizando o samba e cantando na avenida.<br />E foi no site oficial do Grêmio Recreativo Escola de Samba União da Ilha do Governador (http://carsaniga.sites.uol.com.br/carnaval2004/sambas.asp), que pesquisamos e obtivemos um relato de como a bateria de uma escola de samba se comporta na avenida. </span></div>Paulo de Almeida Ouriveshttp://www.blogger.com/profile/15165174187982815954noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2496374077845675499.post-12460794618215280842007-09-08T09:05:00.001-07:002007-09-08T17:22:55.823-07:0002.05 - As definições de uma bateria<div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;">A bateria é o coração de uma escola de samba. É nela que o samba pulsa, na batida do surdo, anima os foliões, espectadores e toda a avenida. Quando o puxador de uma escola solta o grito de guerra e começa a cantar o samba, tanto os componentes da escola bem como o público em geral se agitam, mas é quando soa o repique e a bateria começa a tocar que a festa começa, é carnaval.<br />Em geral uma bateria de escola de samba chega a ter 300 componentes, mas conforme a obrigatoriedade do regulamento ela não pode se apresentar com menos de 200 ritmistas. A bateria é dividida pelos diversos naipes de instrumentos.<br />Até algum tempo atrás os mestres de bateria tinham o costume de colocar os instrumentos mais pesados atrás e os mais leves na frente. Hoje, as baterias das escolas já apresentam outros tipos de formação, como fileiras de instrumentos nas laterais e outros no centro. Cada bateria tem seu diretor principal (o chamado mestre de bateria), e outros diretores que o auxiliam no comando dos ritmistas, em número que varia de 5 a 10. No desfile cada um dos diretores se posiciona ao longo da ala e comandam o seu setor. O único instrumento que possui diretor específico é o naipe de tamborins.<br />Para manter o andamento e a cadencia do samba, o puxador tem sempre ao seu lado um cavaquinho e eventualmente um violão de sete cordas. Mas esses instrumentos só aparecem junto do carro de som e não fazem parte da bateria. Além disso, os instrumentos de sopro são proibidos nos desfiles.</span></div>Paulo de Almeida Ouriveshttp://www.blogger.com/profile/15165174187982815954noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2496374077845675499.post-65127563572690309492007-09-08T09:03:00.002-07:002007-09-18T02:50:44.139-07:0002.06 - Os instrumentos de uma bateria<div align="justify"><br /></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;">No site da G. R. E. S. União da Ilha do Governador encontramos uma descrição de como se comporta cada instrumento, bem como a sua função na bateria da escola,<br /><br /><strong>O Surdo</strong><br /></div></span><div align="justify"><br /></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5110890858440912866" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://bp0.blogger.com/_hNrb6vQYaLY/Ru2IKDcpb-I/AAAAAAAAAok/gVUH-j8S-ic/s320/Bateria_surdo.jpg" border="0" /><br /><strong>Surdo de primeira</strong> - É o maior surdo e o que dá o andamento principal ao samba, servindo como base. Os puxadores se guiam por ele para não acelerar ou desacelerar o canto do samba. Em geral, há um surdo de primeira junto aos puxadores, como guia. Tem uma afinação mais forte e mais aguda do que a dos surdos de resposta.<br /><strong>Surdo de segunda</strong> - É a resposta ao surdo de primeira. Serve como sustentação para o samba no momento em que o surdo de primeira está 'parado', sendo um contraponto.Surdo de terceira - Aparece entre os outros dois (um pouco antes do surdo de segunda). Serve para dar um molho especial à cadência, quebrando a dureza dos outros surdos e dando um balanço à marcação. A batida varia de escola para escola, pois cada uma utiliza um tempo de corte.<br /><br /><strong>A Caixa</strong><br /><br /><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5110890725296926674" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://bp1.blogger.com/_hNrb6vQYaLY/Ru2ICTcpb9I/AAAAAAAAAoc/2mRz1DF6vVU/s320/BAteria_caixa.jpg" border="0" /> <strong>Caixa de guerra</strong> - É o que dá o som característico ao samba. Só com o som da caixa já se pode identificar uma escola de samba. É sempre tocado com duas baquetas, e tem duas cordas sobre o 'couro' que dão uma afinação diferente. Marca o andamento, mas permite floreios que não ocorrem nos surdos. A forma como se toca uma caixa varia também de escola para escola: algumas utilizam o instrumento embaixo, na altura da cintura, tocando normalmente com as duas mãos; outras põem a caixa 'em cima', utilizando uma mão como apoio e a outra livre. O tarol é uma caixa de guerra mais fina. O som é muito semelhante, e o tarol, em tamanho, equivale a 'meia caixa'.<br /><br /><strong>O Repique</strong> </span></div><div align="justify"><br /><br /></div><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5110890407469346754" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://bp3.blogger.com/_hNrb6vQYaLY/Ru2Hvzcpb8I/AAAAAAAAAoU/sj9DT9wbd5M/s320/Bateria_repique.jpg" border="0" /> <p align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><br />É uma resposta à caixa. É bastante utilizado nas paradinhas e nas viradas do samba, como 'senha' para a volta dos demais instrumentos. Antigamente, utilizava-se predominantemente o repique nas paradinhas. Hoje, já admite-se o uso de chocalhos, tamborins e outros, enquanto o resto da bateria silencia.<br /><br /><strong>O Chocalho</strong><br /></p><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5110890050987061170" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://bp0.blogger.com/_hNrb6vQYaLY/Ru2HbDcpb7I/AAAAAAAAAoM/RzDxMUkw4Bo/s320/Bateria_chocalho.jpg" border="0" /> <p align="justify"><br />É formado por várias fileiras de 'chapinhas'. Há chocalhos com duas, três, quatro, cinco e até seis fileiras. Não há uma grande diferença no som dos chocalhos devido ao número de fileiras (mas uma maior quantidade de fileiras produz um som mais forte). Esse instrumento aparece mais nos refrões, e fica passagens inteiras do samba sem ser tocado. O chocalho ajuda a caixa a dar o suingue do samba, mas é mais leve.<br /><br /><strong>O Tamborim</strong><br /><br /></p><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5110889810468892578" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://bp0.blogger.com/_hNrb6vQYaLY/Ru2HNDcpb6I/AAAAAAAAAoE/OXQFWXJdTpI/s320/Bateria_tamborim.jpg" border="0" /> <p align="justify"><br />É um dos instrumentos mais importantes, já que faz todo o desenho do samba. Enquanto os surdos e a caixa fazem uma marcação contínua, o tamborim faz diferentes bossas no samba. Sua baqueta pode ter ponta única ou múltipla, o que produz sons diferentes. Por sua importância dentro da bateria, o naipe de tamborins costuma ter diretores específicos para ele.<br /><br /><strong>A Cuíca</strong><br /><br /></p><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5110889698799742866" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://bp2.blogger.com/_hNrb6vQYaLY/Ru2HGjcpb5I/AAAAAAAAAn8/t6OPlU_Kt0U/s320/BAteria_cuica.jpg" border="0" /> <p align="justify">O som da cuíca é produzido através de uma pequena haste que fica em seu interior, que puxa um estimadíssimo couro que reveste o instrumento. Seu andamento é dependente da marcação dos surdos, que são seguidos pela cuíca. As cornetas e outros apetrechos que aparecem em algumas cuícas na Avenida são meramente decorativas.<br /><br /><strong>O Agogô</strong><br /></p><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5110889569950723970" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://bp0.blogger.com/_hNrb6vQYaLY/Ru2G_Dcpb4I/AAAAAAAAAn0/5AjhP5f4b7Y/s320/Bateria_agogo.jpg" border="0" /> <p align="justify">Tem um dos sons mais agudos da bateria. A bateria do Império Serrano é famosa por privilegiar seu naipe de agogôs, o que acabou por se tornar uma das maiores marcas da escola. Em 2001, serão mais de 50 agogôs na bateria da verde-e-branco de Madureira.<br /><br /><strong>O Reco-Reco<br /></strong></p><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5110889368087261042" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://bp1.blogger.com/_hNrb6vQYaLY/Ru2GzTcpb3I/AAAAAAAAAns/XZz3nUDJvsg/s320/Bateria_reco_reco.jpg" border="0" /> <p align="justify"><br />Formado por uma haste e um pedaço de madeira (ou metal), seu som é produzido pelo atrito entre essas partes. Algumas baterias já não têm mais reco-recos entre seus ritmistas, mas muitas ainda mantêm esse instrumento. O instrumento observado à esquerda é feito de metal, assim como sua vareta.<br /><br /><strong>Pandeiro</strong> - Dá um ritmo característico ao samba, mas tem um som pouco audível no conjunto da bateria. Por isso, muitas escolas aboliram o pandeiro de suas baterias. É usado como 'alegoria' por muitos ritmistas, que o tocam para as mulatas sambarem e fazem coreografias.<br /><br /><strong>Prato</strong> - Outro instrumento utilizado basicamente como 'alegoria' pelos ritmistas. Em geral, as escolas têm uma ou duas pessoas com o prato, à frente da bateria, sambando e fazendo malabarismos com os pratos. O som, produzido pela batida de um prato no outro, é bastante forte.</span></p>Paulo de Almeida Ouriveshttp://www.blogger.com/profile/15165174187982815954noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2496374077845675499.post-73829818081139132792007-09-08T09:03:00.001-07:002007-09-16T12:55:08.172-07:0002.07 - Personagens<div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><strong>As Baianas</strong><br /></span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5110892924320182290" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://bp1.blogger.com/_hNrb6vQYaLY/Ru2KCTcpcBI/AAAAAAAAAo8/8U0UCQKyQVA/s400/escolas_de_samba_01.jpg" border="0" /><br />Um dos personagens presentes em todas as escolas de samba é a Ala das Baianas. Ali a idade não conta, dos 36 aos 75 anos ou mais, as baianas com seus vestidos de saia rodada desfilam esbanjando simpatia, amor, carinho e muita alegria pela sua escola.<br />Elas são abnegadas, disciplinadas, e evoluem no compasso do samba autêntico. As suas coreografias perfeitas dão um toque de beleza ao desfile.<br />As baianas em sua maioria são mulheres que prestam inestimáveis serviços tanto à comunidade como a escola que defendem, tanto que, quando uma escola é convidada a se apresentar em outros eventos elas são logo lembradas.<br /><br /><strong>Os Compositores</strong><br /><br />Se o samba é considerado como o hino de uma escola, sem os compositores não há samba. Essa Ala é composta em sua maioria por autênticos sambistas, poetas natos, que com sua genialidade e a arte de fazer rimas constroem os sambas-enredo que a escola leva para a avenida.<br />Fazer um samba-enredo não é fácil, sua construção e elaboração depende de alguns fatores como a pesquisa, concentração de memória, diante da sinopse apresentada pelo carnavalesco e cujo tema obriga o compositor a um trabalho profundo. Além disso, o compositor também precisa ter cuidado, sagacidade, inteligência, veia-poética, saber fazer rimas, ter genialidade individual ou com os outros componentes da Ala, onde acaba criando verdadeiras obras de arte, que passa a ser o hino de uma escola na avenida. E se o samba é bom, bonito e dá prazer, o povo canta.<br />Pela sua linha melódica, balanço, cadência do samba de grande efeito, é que surgiram diversos sambas-enredo que são cantados até hoje.</span></div>Paulo de Almeida Ouriveshttp://www.blogger.com/profile/15165174187982815954noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2496374077845675499.post-80194498534046786232007-09-08T09:02:00.000-07:002007-09-16T13:14:38.705-07:0002.08 - O Carnaval em Campos<div align="justify"><a href="http://bp2.blogger.com/_hNrb6vQYaLY/Ru2F1jcpb2I/AAAAAAAAAnk/xzaTBGohaqo/s1600-h/Santa+Cruz-A+Leudo-15.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5110888307230338914" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://bp2.blogger.com/_hNrb6vQYaLY/Ru2F1jcpb2I/AAAAAAAAAnk/xzaTBGohaqo/s320/Santa+Cruz-A+Leudo-15.jpg" border="0" /></a><br /><span style="font-family:trebuchet ms;">A festa popular e as brincadeiras pagãs que antecediam o início da Quaresma também eram praticadas na planície goitacá, mas até meados do século XIX, essa festa era comemorada na forma do “entrudo”. Como os foliões sempre usavam da violência ao iniciar as batalhas com baldes d´água e farinha de trigo e terminavam com o mau gosto das latas de urina, o presidente da Câmara Municipal, Barão de Carapebus, em 1851, decidiu tomar uma providência enérgica para acabar com o desrespeito. Baixou então um edital proibindo o “entrudo”. O edital além de proibir a prática grosseira e nociva, cominava penas de seis dias de prisão e 12$000 de multa, substituída por 50 açoites no pelourinho. O edital possuía quatro artigos longos e detalhados, mas que nunca foram respeitados. Mesmo assim, a situação melhorou, e os antigos baldes d´água com farinha foram substituídos pelos limões de cheiro, tido como um projétil mais amável e cordial. </span></div><span style="font-family:trebuchet ms;"></span><span style="font-family:trebuchet ms;"></span><span style="font-family:trebuchet ms;"></span><span style="font-family:trebuchet ms;"></span><span style="font-family:trebuchet ms;"></span><span style="font-family:trebuchet ms;"></span><span style="font-family:trebuchet ms;"></span><span style="font-family:trebuchet ms;"></span><span style="font-family:trebuchet ms;"></span><span style="font-family:trebuchet ms;"></span><span style="font-family:trebuchet ms;"></span><span style="font-family:trebuchet ms;"></span><span style="font-family:trebuchet ms;"></span><span style="font-family:trebuchet ms;"></span><span style="font-family:trebuchet ms;"></span><span style="font-family:trebuchet ms;"></span><span style="font-family:trebuchet ms;"></span><span style="font-family:trebuchet ms;"></span><span style="font-family:trebuchet ms;"></span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;"><div align="justify"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5110893555680374818" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqrbVuBiAZwPpWwTYNhgHDRr_nmP9WX2JUKLKYO3hZ6HVzKcYlwvNjllHg7S-5yiA4CWkt1PuhifQ4IYyazlv21e1v6Wg7-aQ163nONg83QRRJ7QRij9sDrmu5O96ja89vOdl1PJTU81E/s320/entrudo.jpg" border="0" /><br />Desse modo, 15 dias antes do carnaval iniciar, começava a fabricação dos limões que eram feitos de água perfumada, e eram vendidos em tabuleiros por escravos, ou em casas comerciais como a do Vieira Bellido que anunciou a venda dos tais limões pela última vez em 1892, no entanto, os limões ainda persistiram por mais alguns anos.<br />Os limões eram feitos de cera em diferentes cores e tamanhos, borracha muito fina, cheia de água perfumada. Depois surgiram as bisnagas feitas de folhas de lata, espirrando cheiros bons.<br />Até que em 1896, Arthur Rockert, introduz o “biógrafo” (cinema) em Campos, e lança finalmente as confetes e serpentinas, enfeitando de uma vez o carnaval campista.<br />Apesar disso, vale ressaltar que os primeiros desfiles de carruagem ocorreram em 1857, quando existiam em Campos 157 carruagens. Além disso, os desfiles também eram feitos a pé, à cavalo ou carrinhos.<br />O primeiro desfile carnavalesco foi organizado pela “Sociedade Congresso Carnavalesco”, cuja sede localizava-se na rua do Sacramento (Lacerda Sobrinho). O desfile constou de carro alegórico reproduzindo antigas “saturnais”, música e guarda de honra a cavalo, levando “bouquês” que eram oferecidas as damas.<br />Depois disso, surgiram outros clubes como “Clube Zenith Carnavalesco”, em 1869. Em 1870, surgiu a “Sociedade Az de Copas”, que marcou e provocou um escândalo porque os homens saíram fantasiados de mulher. Apesar do espanto, quem ganhou a Palma pela vitória foi a “Sociedade Incógnita X”.<br />No decorrer do tempo, surgiram outras sociedades como, “Sociedade Commercial e Artística”, em 1870; “Club Carnavalesco Bamboche”, em 1871; “Club Estréa Campista”, em 1872.<br />Em 18 de março de 1877, foi fundado o “Club Neptuno”, que levantou o carnaval campista e cujo desfile foi marcado pela introdução de alegorias. Esse clube encerrou suas atividades 10 anos depois, em 1887.<br />O “Club Indiano Goytacaz”, surgiu em 1876; no dia 22 de abril de 1877 surgia o “Club Conspiradores Progressistas” que existiu até 1879. Em 14 de março de 1883, surgia o “Club Diabólico Carnavalesco”, cuja sede localizava-se no prédio nº 18 da Rua da Constituição.<br />No ano de 1884, foi realizado o maior carnaval de Campos com a presença dos clubes “Indiano”, “Macarroni”, “Plutão”, “Neptuno”, “Índio Negro”, “Cacetes”, “Caras Duras”, “Tenentes do Diabo” e “Progressista”. O “Club Tenentes de Plutão, surgiu em 13 de janeiro desse mesmo ano.<br />De todos os clubes carnavalescos campistas o mais antigo e que até hoje abrilhanta o carnaval campista é o “Club Macarroni”, que foi fundado em 1870 e atravessou inúmeras gerações de foliões até os nossos dias. Esse clube também entrou para a história do carnaval campista quando em 1875 exibiu-se pela primeira vez com carros puxados a boi.<br />A rivalidade entre os Clubes Macarroni e Plutão chegou a entrar para a história do carnaval campista. Bem como o fato de que, em 1891, o Plutão teve um carro apreendido pelo delegado de polícia porque continha ofensas grosseiras ao governador Francisco Portela, o homem da luz elétrica em Campos.<br />Já no novo século, em 1910 um grupo de garotos fundou o clube “Os Avançadores”, que logo foram precedidos pelo clube “Os Intransigentes”.<br />Foi no início do século XX que surgiram os primeiros cordões (de índios), os blocos e os ranchos, além de outros grandes clubes. O primeiro cordão que marcou presença no carnaval campista foi o “Estrela de Ouro”, fundado em 1917. Logo depois surgiria a “Lira Brasileira”, que viria a ser o seu ferrenho rival.<br />Ainda na mesma época surgiram outros cordões como os “Filhos do Sol”, o “Neto do Vulcano”, “Pena de Ouro”, o “Guerreiro Brasileiro”, etc.<br />Depois disso, Campos viveu a época dos ranchos e dos blocos. Para as mulheres que desejavam curtir o carnaval só lhes restava os ranchos, pois nos blocos elas não entravam. Entre os blocos mais famosos que existiram em Campos, podemos destacar o “Corbeille”, o “Recreio das Flores”, o “Prazer das Morenas”, o “Felisminda Minha Nega”, o “Flor de Abacate” e “As Magnolias”, cujo ritmo iria enxotar de uma vez o compasso binário dos blocos e ranchos. E por último o mais famoso de todos os blocos campistas, o “Pega Veado”.<br />Para Hervê Salgado Rodrigues, autor do livro “Campos – Na Taba dos Goytacazes”, a fase áurea do carnaval campista ocorreu entre os anos de 1920 e 1950.<br />Com tudo isso ainda surgiram outros blocos esportivos como o “Mana na Burra”, do Goytacaz”; o “Mosqueteiros da Baixada”, do Americano; o “Pé no Fundo”, do Rio Branco e o “Pendura a Saia”, de estudantes campistas. </div><div align="justify"><br />Não se sabe em que ano, mas a verdade é que o livro “Campos – Na Taba dos Goytacazes” de Hervê Salgado Rodrigues informa que nas tardes de carnaval, os mascarados começavam o desfile por volta das 14 horas. Eram figuras humorísticas, belos dominós com guizos e arminho nos punhos e nas golas ursos e bois pintadinhos. Depois quase à tardinha, vinha os corsos. A população então vinha pra o centro para assistir ao desfile e participar dos desfiles e das guerras com os populares limões de cheiro.<br />Vale ressaltar que na história do carnaval campista houve diversos grupos carnavalescos, que por medida de espaço iremos citar apenas os seus tipos e os grupos a que pertenciam.<br /><br /><strong>Clubes<br /></strong>Sociedade Congresso Carnavalesco (1869), Clube Zenith Carnavalesco (1869), Sociedade Incógnita X (1869), Sociedade Az de Copas (1870), Clube Macarroni (1870), Sociedade Commercial e Artística (1870), Club Carnavalesco Bamboche (1871), Club Estréa Campista (1872), Club Indiano Goytacaz (6/agosto/1876), Club Conspiradores Progressitas (1877), Club Netuno (março/1877), Os Democráticos (1882), Club da Concha (1882), Caboclos Negros (1882), Clube Tenentes de Plutão (13/janeiro/1884), Índio Negro (1884), Cacetes (1884), Caras Duras (1884), Tenentes do Diabo (1884), Progressistas (1884), Os Avançadores (1910) e Os Intransigentes (1910).<br /><br /><strong>Cordão</strong><br />Estrela de Ouro (1917), Lira Brasileira (1917), Benta Pereira, Caçadores das Montanhas, Desenrola Mamãe, Filhos da Sereia, Filhos do Sol, Guerreiro Brasileiro, Herói Brasileiro, Neto de Vulcano, Pena de Ouro, Pena Dourada, Selvagens do Brasil, Sol Brilhante, Temor do Norte, Terror da Zona e Triunfo das Cores.<br /><br /><strong>Ranchos</strong><br />Apaixonados da Coroa, As Andorinhas, As Magnólias (Bacu), Chuveiro de Prata, Corbeille das Flores, Felisminda Minha Nega, Flor de Abacate (Guarus), Paz e Amor, Perfume das Flores, Prazer das Morenas, Recreio das Flores, Recreio das Flores, Sereia do Norte e União Gonçalense.<br /><br /><strong>Blocos de Embalo ou Blocos Avulsos</strong><br />Acadêmico de Direito e Comércio, Acadêmicos da Barra Limpa, Alambique de Barro, Apaixonados das Morenas, Apaixonados do Norte, Barra Limpa, Bumba-meu-Boi, Caprichosos de Guarus, Chuva de Ouro, Coração das Morenas, Corações Unidos, Deixa que eu Chuto, Família Conchambrança, Flor de Maio, Geme que Tem, Gemer Não Faz Mal, Império da Folia, Jardim Carioca, Jaú do Norte, Juventude da Baleeira, Lourinha da Lapa, Macumba na Cidade, Mama na Burra, Mastiga Mas Não Engole, Mosqueteiros da Baixada, Nós Viemos da Macumba, Nova Brasília, O Lampião, Os Anjinhos, Os Corujas, Os Fiteiros, Os Psicodélicos, Os Vagalumes, Pagode Redondo, Pé no Fundo, Pega Veado, Pendura a Saia, Pingo de Ouro, Prazer das Morenas, Primeiro Nós, Quem Não Viu Vem Ver, Quem Sabe Não Diz, Rouxinol da Lapa, Santa Cruz, Só Entra Quem Pode, Teimoso do IPS, Tradição da Lapa, União Feliz, Unidos de Cambaíba, Unidos do Capão, Unidos do Eldorado, Unidos do Fundão, Vai Quebrar, Vai-Vai e Você me Acaba.<br /><br /><strong>Blocos de Salão</strong><br />Os Caveiras.<br /><br /><strong>Boi Pintadinho</strong> </div><br /><div align="justify"></div><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5110895518480429138" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://bp1.blogger.com/_hNrb6vQYaLY/Ru2MZTcpcFI/AAAAAAAAApc/JT6Tetx7kzc/s320/boi+pintado.jpg" border="0" /><br /><div align="justify">Boi Brasil, Boi Capeta, Boi Chicão, Boi Chifrudo, Boi Deita e Rola, Boi Falangem, Boi Fumaça, Boi Jaguar, Boi K-Vaca (depois Boi Barrão), Boi Montanha, Boi Pimenta, Boi Travolta e Boi Trovão.<br /><br /><strong>Blocos de Samba</strong><br />Baba de Gato, Cacique da Pecuária, Cacique de São Caetano, Canarinhos de Guarus, Dengoso de Nova Brasília, Em Cima da Hora, Os Psicodélicos, Os Queridinhos, Só Come Dois, Unidos da Celf, Unidos de São José, Unidos do Parque Lebret e Unidos Para Sempre (antigo Conchambrança).<br /><br /><strong>Batucada</strong> </span></div><br /><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5110894015241875506" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://bp3.blogger.com/_hNrb6vQYaLY/Ru2LBzcpcDI/AAAAAAAAApM/8csvfIlpqaA/s320/batucada.jpg" border="0" /><br /><span style="font-family:trebuchet ms;"><div align="justify">Bando da Lua, Coroa em Samba, Cruzeiro do Sul, Da Famosa Esmeralda.Embaixada do Catete, Embaixada do Salgueiro, Estácio de Sá, O Cruzeiro, Progresso do Queimado, Sol Raiando, Sorriso do Norte, União do Sapê, Unidos da Tijuca (depois mudou para Unidos da Coroa) e Unidos de Santana.<br /><br /><strong>Escolas de Samba </strong></div><br /><p><strong></p><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5110895183472980034" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://bp3.blogger.com/_hNrb6vQYaLY/Ru2MFzcpcEI/AAAAAAAAApU/gu5kGuvZvpA/s320/Carnaval_Rio.jpg" border="0" /><br /><div align="justify"></strong>Amigos da Farra, Ás de Ouro, Companheiros Unidos de Guarus, Cruzeiro e Unidos da Coroa, Escola de Samba Madureira, Império do Samba, Mocidade Louca, Onça no Samba,<br />Os Independentes, Progresso do Norte, Sorriso do Norte, União da Esperança, Unidos da Coroa, Unidos de Cambaíba, Unidos de Ururaí e Ururau da Lapa. </span></div>Paulo de Almeida Ouriveshttp://www.blogger.com/profile/15165174187982815954noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2496374077845675499.post-61736691210427376222007-09-08T09:01:00.000-07:002007-09-16T13:17:45.830-07:0002.09 - As escolas de samba<div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;">Apesar de haver tantos livros contando a história de fatos do município, alguns autores ao escreverem seus livros esqueceram da importância que um livro e um registro histórico tem para a posteridade. Tanto que um dos fatos marcantes da história do carnaval campista não possui nenhum registro com datas para que os novos pesquisadores situem a importância deste evento, como é o caso do surgimento do samba em Campos. </span></div><br /><p><span style="font-family:trebuchet ms;"></span></p><br /><p><span style="font-family:trebuchet ms;"></p></span><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5110898645216620642" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://bp1.blogger.com/_hNrb6vQYaLY/Ru2PPTcpcGI/AAAAAAAAApk/RYrI4KFPK2g/s320/Herve+Salgado.jpg" border="0" /><br /><span style="font-family:trebuchet ms;"><div align="justify">No livro “Na taba dos Goytacazes”, o autor e jornalista, Hervê Salgado Rodrigues, compara a casa da “Tia Ciata”, mulata líder dos boêmios e malandros cariocas, com a Sinhá Chica, lavadeira campista, que morava no centro.<br /><br /><span style="font-family:times new roman;"><strong>“Não há ninguém que não saiba que o samba praticamente nasceu na casa de “Tia Ciata”, velha mulata, líder de boêmios e malandros. Pelo menos foi composto lá o primeiro samba que foi gravado, o “Pelo Telefone”, de Donga e Mauro de Almeida. A casa da Tia Ciata era o reduto dos sambistas, deles todos. Pois aqui também tivemos uma réplica da “Tia Ciata”. Era a “Sinhá Chica”, só que a casa dela não era reduto de samba, pois este não havia chegado a Campos. Ela morava na rua Boa Morte, era lavadeira, e sua casa acolhia os boêmios e era a dos ranchos, compasso binário, de dois tempos. “Sinhá Chica” era presidente e praticamente dona do “Corbeille das Flores” e avó de Wilson Batista, famoso compositor conterrâneo nosso, aquele da famosa polêmica em samba com Noel Rosa. (...) Estávamos ainda muito longe das escolas de samba, cujo ritmo quente iria enxotar para sempre o compasso binário dos blocos e ranchos...”. </strong></span><br /><br />Somente depois da metade do século XX, mais precisamente por volta de 1965, é que surgem as primeiras escolas de samba de Campos. Elas surgiram inicialmente usando os mesmos nomes das escolas de samba do Rio de Janeiro, como, “Salgueiro, Madureira, Unidos da Tijuca e Bando da Luz. Até que, finalmente resolveram trocar de nome daí surgindo os “Amigos da Farra”, a “Mocidade Louca”, “União da Esperança”, “Ururau da Lapa”, “Independente”, etc.</span></div>Paulo de Almeida Ouriveshttp://www.blogger.com/profile/15165174187982815954noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2496374077845675499.post-80921622261927070952007-09-08T09:00:00.000-07:002007-09-08T17:17:06.164-07:0002.10 - Um pouco da história de cada escola<div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><strong>A. A. C. MOCIDADE LOUCA</strong><br /><br />Dentre as escolas de samba atuais, a Mocidade Louca é a mais antiga, pois foi fundada em 8 de dezembro de 1952. A tricolor (azul, vermelho e branco) do Morrinho, é a que mais ganhou títulos, sendo 9 consecutivos entre as décadas de 50 e 60, e seu último título foi em 1981. Tendo como presidente atual João Damásio, esta escola foi fundada por Jorge da Paz Almeida, um carnavalesco cuja história de vida já entrou para o folclore da cidade e do carnaval campista. Nesse carnaval de 2004, a Mocidade Louca desfilou com 700 componentes e além do samba ter sido puxado por Graco Abreu, Baianinho e Sônia defenderam o estandarte da agremiação na avenida como mestre-sala e porta-bandeira.<br /><br /><strong>G. R. E. S. UNIÃO DA ESPERANÇA</strong><br /><br />A popular verde-rosa de Custodópolis, foi fundada em 14 de agosto de 1958 e ganhou diversos títulos entre as décadas de 80 e 90 (1984, 1988, 1990, 1992, 1993, 1994, 1998, 1999), fora os títulos das décadas anteriores. No último carnaval, a escola desfilou com pouco mais de 1.200 componentes. Os mestre-sala e porta-bandeira, Salvador e Eliane, tiveram a incumbência de defender as cores da União da Esperança na avenida, cujo samba foi puxado por Jorge Badan. Essa escola cuja presidenta é Eliane Santana, passou em 86 por um problema inusitado, ao saber que um dos seus carros estava quebrado, e poderia perder pontos, o puxador da escola levou 4h30min cantando o samba na avenida, para que o carro fosse consertado e a escola pudesse desfilar completa.<br /><br /><strong>G. R. B. S. OS INDEPENDENTES</strong><br /><br />Fundada em 8 de dezembro de 1958, Os Independentes, cujas cores também são o azul vermelho e branco, teve como primeiro presidente, Anésio Francisco Jorge e atualmente é presidida pelo radialista, Ricardo Silva, um profundo estudioso da história do carnaval campista. A escola apesar de não possui nenhum título, entrou na avenida com 480 componentes que foram animados pelo puxador de samba Marquinhos Sá. A escola teve como mestre-sala e porta-bandeira, Careca e Sueli, que tiveram a honra de carregar o pavilhão dessa escola, que em 86, foi a única escola que desfilou dentro do horário estipulado.<br /><br /><strong>G. R. E. S. URURAU DA LAPA</strong><br /><br />Essa escola cujo nome é uma homenagem a lenda campista, do jacaré-do-papo-amarelo, que engoliu um sino de ouro e vivia no Rio Paraíba, nas proximidades da Lapa, detém o título de ser uma das maiores campeãs do carnaval campista, desde a época em que não passava de um simples bloco. A vermelho e branco da Lapa, fundada em 21 de janeiro de 1979 e conquistou os títulos de 83 e 84, os últimos como bloco de samba. Em 1985, a agremiação passou a ser uma escola de samba e desde então conquistou os títulos de 1985, 86, 87, 88, 90, 91, 92, 95, 96, 98, 2002, 2003 e 2004. O primeiro presidente foi Demica e atualmente é presidida por Jaime Pessanha, filho de um dos maiores compositores da escola, Waldo Pessanha, que faleceu poucas semanas antes do desfile desse ano. Apesar da tristeza Niniu teve a incumbência de animar e puxar o samba-enredo da escola para os seus 1.000 componentes, e conseguiu conquistar o título desse ano. A Ururau da Lapa, é a única escola de samba que consegue agregar pessoas da alta sociedade e fazer com que elas participem, desfilem e convivam com a comunidade da Lapa, onde está a sua sede.<br /><br /><strong>G. R. E. S. ÁS DE OURO</strong><br /><br />Fundada em 25 de março de 1983, a Ás de Ouro, cujas cores são preto, amarelo e vermelho, cujo presidente Dalton Gomes, é o mesmo desde a sua fundação, disputava as últimas colocações até 2001. Depois que foi campeã em 2001, vem colecionando títulos e mais títulos, como os de 2001, 2002, 2003 e 2004.<br />Nesse último carnaval, a escola entrou na avenida com pouco mais de 900 componentes. A escola cuja sede fica no Turf-Club, teve como puxador de samba, Vado do Pagode, e cujos mestre-sala e porta-bandeira, vieram do Rio de Janeiro.<br /><br /><strong>ACADEMIA DE RITMOS ONÇA NO SAMBA</strong><br /><br />A Academia de Ritmos Onça no Samba foi fundada em 15 de janeiro de 1986, e como não ganhava títulos os seus componentes foram saindo e indo para outras agremiações. Quando o bloco já estava quase acabando, a sua diretoria resolveu transforma-la em escola de samba e já no primeiro desfile, conquistou o vice-campeonato, depois disso essa escola veio alternando com desfiles cheios de altos e baixos. Os seus únicos títulos foram conquistados em 2000, 2001 e 2003. E a exemplo da Ás de Ouro, o seu presidente é o mesmo desde a época de sua fundação, Amaro Roberto da Hora, que colocou na avenida 1.000 componentes para defender as cores, preto, amarelo e vermelho, dessa escola do Caju.<br /><br /><strong>G. R. E. S. UNIDOS DE URURAÍ</strong><br /><br />Uma das poucas escolas de samba distritais que ainda preservam a tradição do carnaval, na zona rural de Campos, a Grêmio Recreativo Escola de Samba Unidos de Ururaí, foi fundada em 27 de fevereiro de 1988 e possui as cores verde e branco. Fundada através de uma junta que assumiu a direção da escola, como Cacau. Essa escola tem como presidente Sérgio da Silva Carvalho que fez questão de levar a escola para a avenida com 650 componentes, e tendo Jorge Badan como puxador de samba.</span></div>Paulo de Almeida Ouriveshttp://www.blogger.com/profile/15165174187982815954noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2496374077845675499.post-90044916034566735022007-09-08T08:59:00.000-07:002007-09-19T18:11:08.262-07:0002.11 - Do samba de protesto ao marketing político<div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><span style="font-family:trebuchet ms;">Do entrudo as escolas de samba, a história do carnaval campista passou por diversos períodos e etapas até chegar aos nossos dias. Foram inúmeros tipos de associações, bem como uma infinidade de grupos e associações que evoluíram através dos tempos, acompanhando a evolução dessa festa que teve origem nas Saturnalia.<br />Ao pesquisar a história do carnaval campista um fato chama a atenção do pesquisador, a ausência do registro histórico, uma data para comprovar os fatos e registrar para a posteridade fatos marcantes que poderiam dar àqueles que vivenciaram o carnaval, o pioneirismo dos seus atos.<br />O povo de Campos viu passar pelas suas ruas e avenidas, diversas sociedades carnavalescas, bem como cordões, ranchos, blocos de samba, de embalo, bois pintadinhos e as atuais escolas de samba.<br />Contar em detalhes a história de cada grupo através das décadas do século passado não é o objetivo deste trabalho de pesquisa, mas apenas para efeito de registro, o pesquisador dá um salto no tempo, e mostra em algumas pinceladas esses grupos que também fizeram história até chegarmos finalmente nas escolas de samba, objetivo maior dessa pesquisa.<br />O que se sabe até aqui, é que as letras dos sambas sempre tiveram como tema a crítica aos fatos acontecidos em determinados períodos. Estas músicas foram muito utilizadas quando o carnaval ainda vivia sob a época dos cordões carnavalescos onde cada escola resolvia criar um samba para provocar também a ira de outras escolas e para gabar-se da sua. Como foi contado por Jorge da Paz Almeida, conhecido como Jorge Chinês, em seu livro, “Campos: 50 anos de carnaval”.</span><br /><br /><strong>“...Mas, a partir do momento em que era dado o grito de guerra, começava o negócio. Houve um ano que por motivo de força maior o Filhos do Sol não saiu, então a Lira Brasileira não fez por menos. Cantou uma marcha assim:</strong></span></div><span style="font-family:times new roman;"><div align="justify"><br /><strong>“A luz do Sol já perdeu o brilho<br />O da Estrela já se apagou<br />Só quem brilha é a nossa Lira<br />Chega Iaiá, chega ioiô”.</strong><br /><br /><strong>A resposta da Estrela veio imediatamente:</strong><br /><br /><strong>“Filhos do Sol<br />Nos deixou sozinhos<br />Pra combater com a tal da Lira<br />Eles disseram que nós perdemos o brilho<br />Porém protesto, protesto que é mentira<br />A bela Estrela alegre e prazenteira<br />Queremos ver de perto<br />A tal Lira Brasileira”. (bis)</strong><br /><br /><strong>Já o Terror na Zona, que oferecia inovações, também apresentava uma marcha com uns versos assim:</strong><br /><br /><strong>“Encarnado azul e branco<br />São cores de muito esplendor<br />Aqui chegou para dar exemplo<br />Do carnaval é o terror”.</strong><br /><br /><strong>Quinze dias depois, os Caçadores das Montanhas davam seu recado, cantando da seguinte maneira:</strong><br /><br /><strong>“Terror na Zona tem uma marcha<br />Que diz que ele é o exemplo<br />Para mostrar ao povo campista<br />Que bonito é o Terror<br />Terror na Zona se esqueceu<br />Ou então se enganou<br />Que aqui em Campos ainda existe<br />Da Montanha o Caçador”.</strong><br /></div><div align="justify"><br /><span style="font-family:trebuchet ms;">Depois com o surgimento das associações de classe as escolas de samba passaram a utilizar temas relativos a história do Brasil e do mundo, apesar disso uma vez ou outra uma escola de samba criava um samba para provocar a rivalidade contra as outras escolas. Como conta Jorge da Paz Almeida em seu livro:</span><br /></div><div align="justify"><br /><strong>“... As divergências entre escolas eram por zonas, havia uma rivalidade grande entre Sorriso e Mangueira em Guarulhos e, do lado de cá, Salgueiro e Catete e ainda Coroa em Samba e Cruzeiro que será lembrada por muito tempo.<br />Coroa em Samba começava seus ensaios logo após a Semana Santa, não só ensaiava como fazia passeata pelo bairro. Naturalmente, haviam os que não gostavam de samba fora de época, mas como a turma era conhecida ninguém se queixava. Um dia a cavalaria apareceu e interrompeu a passeata, dando uma carreira nos batuqueiros. O Cruzeiro não fez por menos, lançou um samba:</strong><br /><br /><strong>“Até que chegou o dia<br />Batendo noite e dia<br />Chegou o que o Cruzeiro queria<br />Ver a Coroa correndo no meio da cavalaria”.</strong><br /><br /><strong>Houve na época muitas brigas por causa deste samba. A resposta não veio em outro samba, mas em versos. Sempre que se formava um samba o pessoal na Coroa em Samba cantava versos mais ou menos assim. De acordo com o estribilho me lembro de um que era muito cantado pelos bambas daquele bairro:</strong><br /><br /><strong>“No morro quando o sol vai despontando<br />Eu sou um trabalhador<br />Que venho descer a ladeira reclamando<br />Ninguém ora meu bem<br />Vai pro trabalho com alegria<br />Por causa de uma mulher me regenerei<br />A orgia então abandonei.”</strong><br /><br /><strong>Aí vinham logo os versos:</strong><br /><br /><strong>“Eu queria ser balaio na colheita do café<br />Para ficar dependurado nas cadeiras da mulher<br />Vai-se embora vagabundo<br />Quem mandou foi Zé Com Fome<br />Se a Coroa em Samba morrer<br />No bairro não tem mais homem”.</strong><br /><br /><span style="font-family:trebuchet ms;">Com a chegada de novos personagens, com novas idéias, o carnaval campista começa a trocar experiências com a comunidade carnavalesca do Rio de Janeiro, e como fator para essa integração, a escola de samba Mocidade Louca foi convidada para fazer um desfile na avenida Presidente Vargas, em comemoração ao 4º Centenário da cidade do Rio de Janeiro. E esse fato é narrado por Jorge da Paz Almeida em seu livro,</span><br /><br /><strong>“... Foi neste período que a escola foi ao Rio de Janeiro, capital do antigo Estado da Guanabara, por ocasião do quarto centenário da cidade de São Sebastião.<br />Apresentando o enredo Exaltação ao Estado do Rio, a escola não cantou seu samba enredo, pois levou um especial para oportunidade, que cantando na Presidente Vargas sensibilizou os cariocas, que aplaudiram de pé nas arquibancadas.</strong><br /><br /><strong>“Rio de Janeiro, parabéns pra você<br />Parabéns ó Rio pelo seu aniversário<br />Que o Senhor do alto do Corcovado<br />Abençoe o seu quarto centenário”.</strong><br /><br /><strong>Nos tempos coloniais<br />Estácio de Sá gravou seu nome na história<br />Suas belezas naturais marcam no presente<br />Seu futuro de glórias<br />Francisco Alves bem cantou-ô-ô<br />Com sua voz maravilhosa<br />Em versos de Assis Valente e Ari Barroso<br />Nos sambas típicos de Noel Rosa<br />A história do Rio maravilhoso</strong><br /><br /><strong>“És tão suave no calor, ardente no amor<br />Agradável é o seu frio<br />Rio dos sambas e das serenatas<br />Hoje é reino das mulatas<br />Nós te saudamos ó Rio”.</strong><br /></div><div align="justify"><br /><span style="font-family:trebuchet ms;">Mas, devido ao fato dessas associações não terem recursos para bancar os custos de um desfile, elas vêem no poder público uma fonte para custear a montagem de carros alegóricos, fantasias, estandartes e alegorias.<br />Diante dessa facilidade em obter esses recursos, as escolas então começam a vender seus espaços e seus enredos para homenagear homens públicos que construíram obras no município. Daí então, as escolas de samba passam a inverter e mudar a história, dos antigos sambas de protesto, essas escolas viram espaço de marketing para os políticos locais.<br />Em 2001, três escolas de samba resolveram homenagear personalidades políticas do município, como o ex-prefeito Anthony Garotinho, e o deputado estadual João Peixoto. Que foram homenageados respectivamente pelas escolas Os Psicodélicos e Unidos do Capão.</span><br /></div><div align="justify"><br /><strong>G. R. E. S. OS PSICODÉLICOS<br />“Quem sabe faz a hora”</strong><br />(Homenagem ao Governador Anthony Garotinho)<br />Autores: Toninho Shita, Markinho Grande e Adalto Sepúlveda<br /><br />“Nos braços de um povo<br />Que tanta te ama<br />O defensor do proletário<br />Um menino predestinado<br />Que nasceu na Lapa e acendeu a chama<br />Guerreiro, guardião desta planície<br />Junto aos amigos do Liceu de Humanidades<br />Na arte e na cultura, buscando novas rimas<br />Mudou Campos, por amor a esta cidade.<br /><br /><strong>Na paixão que foi buscar, Rosinha<br />Ela vai perpetuar, com o seu carinho<br />O verdadeiro amigo das donas-de-casa Bis<br />De coração a coração, fala<br />Garotinho.</strong><br /><br />“O jovem”<br />O jovem triunfou<br />De narrador de futebol a governador<br />Ao lado da primeira dama<br />O realizador<br />Todo o Estado canta agora<br />Foi deputado estadual<br />Melhor prefeito do Brasil<br />Quem sabe faz a hora.<br /><br /><strong>Ele é um rio que corre pro mar<br />Canta Morrinho<br />Que Os Psicodélicos, amor Refrão<br />É Garotinho”</strong><br /><br /><br /><br /><strong>G. R. E. S. BRUC – BLOCO RECREATIVO DE SAMBA UNIDOS DO CAPÃO<br />“As 1001 fases de um simples lavrador que em xeque se transformou”</strong><br />Autores: Ricardo Mendonça, Luciano do Cavaco, Zé Pinto e Jorginho do Pagode.<br /><br />O menino lavrador imaginou<br />um dia ser xeque<br />outras metas alcançou<br />mas aquele sonho de outrora<br />o BRUC realiza agora.<br /><br />Oh meu Unidos do Capão<br />Veja que bela trajetória<br />Desse vascaíno que curte um<br />Choppinho<br />Com os amigos da velha guarda.<br /><br /><strong>Força, garra e determinação<br />Norteiam sua vida<br />Com responsabilidade e confiança Bis<br />Conquistou a população.</strong><br /><br />O garoto operário da terra<br />Foi camelô, taxista, vereador,<br />Hoje é príncipe da Assembléia<br />É um vencedor!<br /><br /><strong>Venham odaliscas, venham sultões,<br />O castelo de riquezas está em festa<br />Prestando homenagem na folia Refrão<br />A João Peixoto, esse xeque lutador.</strong><br /><br /><br /><span style="font-family:trebuchet ms;">Em 2002, os homenageados foram o vice-prefeito Geraldo Pudim, pelo Ururau da Lapa; a escola Unidos do Capão homenageou o vereador Toninho Vianna; a escola Corações Unidos homenageou o prefeito Arnaldo Vianna; e, a escola Amigos da Farra, prestou uma homenagem ao deputado estadual Paulo Albernaz.</span><br /><br /><br /><strong>G. R. E. S. URURAU DA LAPA<br />“No tabuleiro da baiana tem Pudim pra Ioiô”</strong><br />Autor: Waldo Pessanha<br />Intérpretes: Jorginho Help, Francisco do “Chuva” e Ninil<br /><br /><strong>Brilhou, brilhou, brilhou<br />No infinito uma estrela anunciou<br />Ururau vem aí, com este enredo genial Bis<br />Pudim, ô Pudim<br />A Lapa te escolher para este Carnaval</strong><br /><br />A sua história vem de glórias imortais<br />É berço de grandes desportistas<br />Americano e Goytacaz<br />Tem amor no coração é folião dos nossos carnavais<br /><br /><strong>Pudim, Pudim, Pudim<br />Sua política sempre verdadeira<br />Nesta terra se espalhou e hasteou sua bandeira Bis<br />E o povo já te consagrou</strong><br /><br /><strong>Estudou no Liceu de Humanidades<br />Seu grande sonho é um dia ser Prefeito<br />Esse aluno de Direito, defensor da liberdade,<br />Amante dos livros de Jorge Amado Bis<br />Hoje nesta noite de alegria<br />No Ururau vem desfilar<br />Neste palco iluminado.<br /></strong><br /><br /><strong>G. R. E. S. BRUC – BLOCO RECREATIVO DE SAMBA UNIDOS DO CAPÃO</strong><br /><strong>“Um sonho antepassado que virou realidade – Vereador Toninho Viana”</strong><br />Autores: Babal, Jefferson e Alessandra<br />Intérpretes: Nelbinho, Juninho e Felipe<br /><br /><strong>De verde e branco<br />O Capão quer te ver passar Bis<br />Parabéns Toninho Viana<br />Sua história vou contar.</strong><br /><br />No Liceu de Humanidades<br />Onde ainda menino estudou<br />Seguindo os passos do seu pai<br />Com dignidade homem público se tornou<br /><br />Campeão de votos na Baixada<br />Adorado por todo esse povão<br />Junto Arnaldo Vianna<br />Nossa Campos agradece<br />Beijo no seu coração<br /><br />Torcedor do Americano<br />E também do famoso “mengão”<br />O seu “hobby” é fazer sauna<br />Desfilar contente no querido “Sapatão”<br /><br />Roda, gira baiana<br />Nosso BRUC vem aí<br />Exaltar Toninho Viana<br />Nosso enredo é esse aí.<br /><br /><strong>Essa semente<br />Essa semente criou fruto amor,<br />Criou sim, Senhor, ô sim Senhor Bis<br />Esse sonho tão sonhado do seu pai<br />Se realizou.</strong><br /><br /><br /><strong>G. R. E. S. CORAÇÕES UNIDOS<br />“Corações Unidos – Faz a festa com Arnaldo Vianna nos braços do povo”</strong><br />Autores: Wanderley Brasília, Wandreux Muniz, Demerval, Luciano do Cavaco e Rita<br />Intérprete: Jorginho do Pagode<br /><br />Com Arnaldo Vianna eu vou<br />E canto com emoção (emoção)<br />Bate forte bateria<br />Levando esta canção<br /><br />Na escala zodiacal<br />Sob o signo de Escorpião<br />Amigo e carinhoso<br />Forte como leão.<br /><br />Foi estudante do Liceu<br />Na faculdade de Medicina se formou<br />Hoje olha pelos filhos seus<br />E por Campos que sempre amou.<br /><br /><strong>Gosta do Kenneel e a pescaria é seu “hobby”<br />É Rio Branco e “mengão” e Carnaval<br />Corações Unidos de sangue novo Bis<br />Com Arnaldo Vianna nos braços do povo</strong><br /><br />Mas o tempo lhe compensou<br />Como médico o povo aplaudiu<br />E como político<br />“O Melhor Prefeito do Brasil”<br /><br /><strong>Explode coração<br />Radiante de alegria<br />Sou Corações Unidos Refrão<br />Embalando essa folia<br /></strong><br /><br /><br /><strong>G. R. E. S. AMIGOS DA FARRA<br />“Nosso Paulo Albernaz”</strong><br />Autor: Fábio Guilherme<br /><br />Tem história que tem político<br />Tem político que faz a história<br />É um dom, sapiência é alegria de viver<br />Trilhar nos outros seu caminho sua memória<br /><br /><strong>Paulo Albernaz<br />Hoje o passe livre é pra você<br />A minha escola te convida Bis<br />Pra essa farra<br />O mestre-sala<br />É a bandeira do saber.</strong><br /><br />No jogo da vida<br />Explosão de fé e amor<br />Goyta-Fla-Municipal<br />Ganha um grande torcedor<br />Salve os amigos<br />Renato, Chebabe, Virgílio e tantos<br />De coração hoje te homenageando<br />Acreditar na humanidade<br />É ter certeza de um dia melhor<br />O homem com sua capacidade<br />Transforma o mundo quando tem dignidade<br /><br /><strong>Pra frente a vida<br />Eu quero é mais Bis<br />Igualdade social<br />Liberdade e paz.</strong><br /><br /><br /><span style="font-family:trebuchet ms;">Em 2003, a escola Ururau da Lapa, homenageou o empresário e vereador municipal, Manoel Alves da Costa.</span><br /><br /><br /><strong>G. R. E. S. URURAU DA LAPA<br />“Entre Mouros e Cristãos na cavalhada brinquei.<br />Sou filho da terra, sou da Baixada Goitacá”.</strong><br />Autores: Silvia e Pé<br />Intérpretes: Ninil, Didi, Marquinho Sá e Fabinho do Cavaco.<br /><br />Mac amigo é alegria<br />É vitorioso no que faz<br />Em sua terra aposto<br />Para Campos que sempre mais<br />Eu sou ... Sou Manoel Alves da Costa<br />Filho da terra e da Baixada Goitacá<br />Histórias de nossa terra<br />Os antigos me contaram<br />Que índios vorazes<br />Dominava a terra e mar<br />Eram donos desse chão<br />Antes da chegada dos 7 Capitães<br /><br /><strong>As cavalhadas têm um brilho especial<br />Cristãos combatendo Mouros Bis<br />Na luta do bem contra o mal</strong><br /><br />Pai comerciante de valor<br />Dava notícias no local<br />Santo Amaro abençoou os seus ideais<br />Agradeço ao Índio e ao Negro<br />Suas crenças e memórias<br />Relembrar os seus costumes<br />É reviver nossa história<br /><br /><strong>Hoje a Lapa canta em prosa<br />Elegante e orgulhosa – É Ururau<br />Folia é minha sina Bis<br />Carrossel de alegria – Carnaval.</strong><br /><br /><br /><span style="font-family:trebuchet ms;">Nesse ano de 2004, a homenageada foi a governadora do estado, Rosinha Matheus,</span><br /><br /><strong>G. R. E. S. ÁS DE OURO<br />“Do Teatro ao Palácio Guanabara: a Rosa que faz”</strong><br />Autores: Fernando Lima e Hugo Leal<br /><br />Vamos exaltar<br />a flor mais bela, quanta sedução!<br />Nasceu em Itaperuna<br />A rosa que perfuma esta canção<br />Foi em Campos sua infância<br />Desde os tempos de criança<br />Despertou<br />justiça e igualdade<br />Em prol de uma cidade<br />se entregou<br /><br /><strong>A paixão pela arte surgiu<br />Seu canteiro de sonhos floriu<br />No teatro do Sesc que encontrou Refrão<br />O seu verdadeiro amor</strong><br /><br />Por seus ideais<br />Ela dedicou a sua vida<br />Não se intimidou<br />Foi nas urnas pelo povo a preferida<br />Mãe, primeira-dama, veio e venceu,<br />governa os sonhos de quem te elegeu.<br />Quantos programas sociais!<br />Luz de um trovador<br />Peça de um ator, cor e paz<br /><br /><strong>Eu sou Ás de Ouro<br />Trago esse tesouro, te esquecer, jamais<br />Do teatro ao Palácio Guanabara Bis<br />A rosa que faz</strong></span></div>Paulo de Almeida Ouriveshttp://www.blogger.com/profile/15165174187982815954noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2496374077845675499.post-148603853572916282007-09-08T08:58:00.003-07:002007-09-08T17:09:28.897-07:0003 - METODOLOGIA:<div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;">O presente trabalho de pesquisa teve como objetivo mostrar que o carnaval, manifestação artística, cultural e folclórica tem sofrido modificações com o passar dos tempos. Desde os primórdios da festa, os manifestantes tem feito adaptações a maneira de comemorar o carnaval, se no início era apenas para festejar a chegada de uma estação e o princípio de um período de fartura para a agricultura, o carnaval passou por transformações tais como, a inversão de valores e as relações entre patrões e empregados. Dos sambas de protesto e escárnio, hoje os políticos de Campos, usam o carnaval como mais uma forma de atrair a atenção do povo, em uma estratégia de marketing político.<br />Desse modo, através de pesquisas bibliográficas em livros e em entrevistas com pessoas ligadas ao carnaval campista, os pesquisadores irão mostrar de que forma o carnaval vem se transformando em palanque de pessoas que desejam ascender a cargos públicos, e de que forma os antigos carnavalescos encaram essas mudanças.</span></div>Paulo de Almeida Ouriveshttp://www.blogger.com/profile/15165174187982815954noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2496374077845675499.post-60123760107020723722007-09-08T08:58:00.001-07:002007-09-08T17:09:03.403-07:0004 - ANÁLISE DOS RESULTADOS:<div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;">Colhidos os resultados das pesquisas e das entrevistas percebe-se que o carnaval campista e porque não dizer, brasileiro, vem modificando e se adaptando aos novos tempos. Novos conceitos, novas tecnologias e novas informações, tudo a seu tempo. As escolas de samba, no desejo de conseguir as verbas governamentais vem mudando o seu conceito do que é popular e folclórico para conquistar espaços com o marketing político e comercial.<br />As dificuldades foram muitas, principalmente no que se refere aos dados principais das escolas de samba, onde tanto os escritores de ontem, bem como jornalistas e homens da imprensa não tiveram o desejo de registrar para a posteridade dados que hoje fazem falta a qualquer pesquisador que queira fazer um estudo antropológico e social da sociedade campista através dos enredos das escolas de samba.<br />Um dos poucos livros que retratam a história dessa festa popular no município, peca pela falta de dados mais precisos para o registro histórico dos carnavais de ontem. E também, das datas do início das atividades de cada uma das escolas de samba, bem como blocos de embalo, ranchos, bois pintadinhos, e das grandes sociedades carnavalescas que por algum tempo levaram ao público campista a alegria e a irreverência do carnaval. </span></div>Paulo de Almeida Ouriveshttp://www.blogger.com/profile/15165174187982815954noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2496374077845675499.post-43380944807784968392007-09-08T08:57:00.001-07:002007-09-08T17:08:40.203-07:0005 - CONCLUSÃO:<div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;">Após todo esse trabalho de pesquisa, através de livros e sites na Internet, sobre o carnaval brasileiro e carioca, o pesquisador chega a conclusão de que o carnaval como manifestação cultural popular, vem sofrendo modificações com o decorrer dos tempos. Todas essas mudanças são decorrentes da evolução da sociedade e dos meios em que vivemos, dos problemas enfrentados e até mesmo da maneira com que a classe política de âmbito geral, vem trabalhando para dar ao povo as obras necessárias para a melhor qualidade de vida.<br />Por outro lado, cabe também uma ponta de responsabilidade de quem averigua e pesquisa uma matéria tão complexa, atestar para a posteridade os fatos que determinaram as mudanças na apresentação do carnaval e dos seus enredos, para o povo. Pois o carnaval também é visto como uma fonte de comunicação do povo para o povo, e é através dele, que o carnavalesco conta a história de fatos passados, com uma visão do presente, deixando o seu legado para as novas e futuras gerações.<br />Cabe ao estudante de comunicação, quando do exercício profissional a responsabilidade de não deixar passar em branco, fatos que hoje são comuns, mas que no futuro servirão de base para novos pesquisadores que estudarão a sociedade de hoje.<br />Como tudo se transforma, é bem provável que nos próximos anos vejamos novidades no carnaval brasileiro, porque os carnavalescos campistas, já viraram a página da história, dos antigos sambas de protesto, as escolas de samba, venderam os seus espaços e seus enredos para que os políticos utilizem o carnaval como marketing político.</span></div>Paulo de Almeida Ouriveshttp://www.blogger.com/profile/15165174187982815954noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2496374077845675499.post-91883794608139473972007-09-08T08:56:00.001-07:002007-09-08T08:56:44.925-07:0006 - ANEXOSPaulo de Almeida Ouriveshttp://www.blogger.com/profile/15165174187982815954noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2496374077845675499.post-2053752917757750192007-09-08T08:55:00.000-07:002007-09-08T17:07:33.833-07:0006.01 - CRONOLOGIA DA HISTÓRIA DO CARNAVAL<div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><strong>497 a.C.</strong><br />Data da existência do templo em homenagem a Saturno<br /><br /><strong>séc. XVIII e XIX</strong><br />Época em que se realizou os carnavais mais faustosos.<br /><br /><strong>1141-43</strong><br />Data da notícia do carnaval romano, realizado no Testacio do Monte dei Cocci.<br /><br /><strong>1464-1492</strong><br />O Papa Paulo II funda o carnaval moderno e o transforma em ato político.<br /><br /><strong>1492-1503</strong><br />O Papa Alessandro VI (Bórgia) é quem autoriza o uso de máscaras nas igrejas.<br /><br /><strong>1503-1555<br /></strong>É no período do Papa Giulio II, que o carnaval assume a condição artística. Nessa época os primeiros carros alegóricos tiveram como autores, Bramante, Raffaello, Michelangelo e Sangallo.<br /><br /><strong>1723</strong><br />Ano em que o Entrudo é implantado no Rio de Janeiro, por imigrantes nativos das ilhas portuguesas da Madeira, Açores e Cabo Verde.<br /><br /><strong>1832</strong><br />Surge as limas de cheiro, feitas de cera e contendo água perfumada, usada nas brincadeiras do entrudo. A lima de cheiro quando arremessada abria-se ao atingir a pessoa visada, molhando-a. Com o correr do tempo, as limas passaram a ser cheias de água mal cheirosa e até perniciosa a saúde. Esse abuso foi proibido pelas autoridades policiais.<br /><br /><strong>1835</strong><br />É vendido no Rio de Janeiro máscaras para o carnaval, na firma Bóris & Irmãos, estabelecida na rua do Ouvidor, 128, conforme anúncio publicado no Jornal do Comércio de 6 de fevereiro, informando um grande sortimento delas.<br /><br /><strong>1840</strong><br />Em janeiro ocorre o primeiro baile de carnaval no Rio de Janeiro.<br /><br /><strong>1846</strong><br />É realizado o 1º baile de máscaras do Rio de Janeiro.<br /><br /><strong>1846</strong><br />O sapateiro José Nogueira de Azevedo Paredes, português de nascimento e com uma oficina instalada na Rua São José, 22 junta os amigos na segunda-feira de carnaval e realiza uma barulhenta passeata pelas ruas, improvisando uma zabumba com os recursos do momento, e passa a ser conhecido como Zé Pereira.<br /><br /><strong>1850<br /></strong>A Sociedade Paulicéia Vagabunda, clube paulista, desfila com vários carros alegóricos, provocando críticas desfavoráveis porque apresentam mulheres em cenas de bacanal.<br /><br /><strong>1852<br /></strong>Surge o Zé Pereira e além do bumbo e tambor, surge também as cuícas, os tamborins, tambores e pandeiros para compor uma bateria. Ainda nesse ano, surgem os primeiros clubes carnavalescos chamados também de “Grandes Sociedades”.<br /><br /><strong>1869</strong><br />O ator Francisco Correa Vasques, prepara um arranjo musical de ritmo sacudido e linha melódica de efeito ribombante, retirado de uma canção da peça francesa “Lês Pompiers de Nanterre” e que foi incluído no espetáculo Zé Pereira Carnavalesco, encenado no Teatro Fênix. Atualmente esta versão melódica é executada na abertura dos bailes carnavalescos realizados nos clubes tradicionais.<br /><br /><strong>1873</strong><br />A marcha-rancho surge no carnaval carioca e foi nesse mesmo ano que o rancho inicia os seus desfiles no carnaval da cidade do Rio de Janeiro.<br /><br /><strong>1875-1900</strong><br />O Deboche é sinônimo de carnaval nesse último quarto do século passado.<br />O baiano Hilário Jovino Ferreira conhecido como Lalu de Ouro tem a primazia de introduzir a figura garbosa e astuta do mestre-sala nos desfiles de ranchos do Rio de Janeiro.<br /><br /><strong>1892</strong><br />Surge no carnaval brasileiro e carioca, o confete e a serpentina.<br />Aparece no carnaval desse ano a serpentina, uma fita estreita de papel, muito comprida e de cores variadas enrolada em forma de disco que se desenrola em arremesso nos festejos carnavalescos.<br /><br /><strong>1896</strong><br />Surge no carnaval o confete dourado.<br /><br /><strong>1899<br /></strong>Surge a primeira canção do carnaval carioca, “Ó Abre Alas”, composta pela maestrina Chiquinha Gonzaga, a pedido do Cordão Rosa de Ouro (RJ).<br /><br />Marchinha de Chiquinha Gonzaga (Carnaval de 1900)<br /><span style="font-family:times new roman;"><strong>Ó abre alas/Que eu quero passar/Ó abre alas/Que eu quero passar/Eu sou da Lira/Não posso negar/Eu sou da Lira/Não posso negar/Ó abre alas/Que eu quero passar/Ó abre alas/Que eu quero passar/Rosa de Ouro/É que vai ganhar/Rosa de Ouro/É que vai ganhar.</strong></span><br /><br /><strong>1900</strong><br />A Praça Onze é famosa por que foi ali que desfilaram diversos blocos e escolas de samba do carnaval carioca.<br />Surge no carnaval carioca, os óculos, disfarce feito de pano e material plástico usado para evitar os esguichos do lança-perfume.<br /><br /><strong>1901</strong><br />O tarol é introduzido pelo Clube dos Caiadores, do Recife.<br /><br /><strong>1903</strong><br />Aparece o lança-perfume, vindo da França, sucedendo as limas de cheiro que desaparecem com a proibição do Entrudo.<br />Até esse ano o Entrudo exerce o seu domínio carnavalesco e ressurge em 1960 no Recife, sob a forma de Mela-Mela.<br /><br /><strong>1907<br /></strong>Por iniciativa do jornal A Gazeta de Notícias é realizada a primeira batalha de confete na praia de Botafogo, no Rio de Janeiro.<br />Surge o primeiro desfile de corso puxado pelo carro presidencial que conduzia as filhas do presidente Afonso Pena.<br /><br /><strong>1908</strong><br />Marc Ferrez, produz um documentário sobre O Corso em Botafogo, no carnaval desse ano no Rio de Janeiro.<br /><br /><strong>1915</strong><br />A cuíca é começa a ser popularizada quando aparece nos desfiles dos cordões carnavalescos, e cria um novo conceito quando é introduzida na bateria da escola de samba, onde ocupa a segunda fila na ordem de colocação dos instrumentos.<br /><br /><strong>1916</strong><br />Os compositores Donga e Mauro de Almeida, compõem o samba Pelo Telefone, que foi gravada originariamente em versão instrumental na Odeon (Casa Edison), pela Banda Odeon e logo em seguida recebeu a versão cantada de Baiano e coro, também pela mesma gravadora. Ambas as gravações foram lançadas em discos de 78 rpm.<br /><br /><span style="font-family:times new roman;"><strong>Pelo Telefone (Donga e Mauro de Almeida, 1916) </strong></span></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="font-family:times new roman;"><strong>O Chefe da folia </strong></span></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Pelo telefone manda me avisar </strong></span></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Que com alegria </strong></span></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Não se questione para se brincar </strong></span></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Ai, ai, ai </strong></span></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="font-family:times new roman;"><strong>É deixar mágoas pra trás, ó rapaz </strong></span></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Ai, ai, ai </strong></span></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Fica triste se és capaz e verás </strong></span></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Tomara que tu apanhe </strong></span></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Pra não tornar fazer isso </strong></span></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Tirar amores dos outros </strong></span></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Depois fazer teu feitiço </strong></span></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Ai, se a rolinha, </strong></span></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Sinhô, Sinhô </strong></span></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Se embaraçou, Sinhô, Sinhô </strong></span></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="font-family:times new roman;"><strong>É que a avezinha, Sinhô, Sinhô </strong></span></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Nunca sambou, Sinhô, Sinhô </strong></span></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Porque este samba, Sinhô, Sinhô </strong></span></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="font-family:times new roman;"><strong>De arrepiar, Sinhô, Sinhô </strong></span></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Põe perna bamba, Sinhô, Sinhô </strong></span></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Mas faz gozar, Sinhô, Sinhô </strong></span></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="font-family:times new roman;"><strong>O Peru me disse </strong></span></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Se o Morcego visse </strong></span></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Não fazer tolice </strong></span></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Que eu então saísse </strong></span></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Dessa esquisitice </strong></span></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="font-family:times new roman;"><strong>De disse-não-disse </strong></span></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Ah! Ah! Ah! </strong></span></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Aí está o canto ideal, triunfal </strong></span></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Ai, ai, ai </strong></span></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Viva o nosso Carnaval sem rival </strong></span></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Se quem tira o amor dos outros </strong></span></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Por Deus fosse castigado </strong></span></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="font-family:times new roman;"><strong>O mundo estava vazio </strong></span></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="font-family:times new roman;"><strong>E o inferno habitado </strong></span></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Queres ou não, Sinhô, Sinhô </strong></span></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Vir pro cordão, Sinhô, Sinhô </strong></span></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="font-family:times new roman;"><strong>É ser folião, Sinhô, Sinhô </strong></span></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="font-family:times new roman;"><strong>De coração, Sinhô, Sinhô </strong></span></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Porque este samba, Sinhô, Sinhô </strong></span></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="font-family:times new roman;"><strong>De arrepiar, Sinhô, Sinhô </strong></span></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Põe perna bamba, Sinhô, Sinhô </strong></span></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Mas faz gozar, Sinhô, Sinhô </strong></span></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Quem for bom de gosto </strong></span></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Mostre-se disposto </strong></span></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Não procure encosto </strong></span></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Tenha o riso posto </strong></span></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Faça alegre o rosto </strong></span></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Nada de desgosto </strong></span></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Ai, ai, ai </strong></span></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Dança o samba </strong></span></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Com calor, meu amor </strong></span></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Ai, ai, ai </strong></span></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Pois quem dança </strong></span></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Não tem dor nem calor</strong></span> </span></div><span style="font-family:trebuchet ms;"><div align="justify"><br /><span style="font-family:times new roman;"><strong>Outras gravações conhecidas são as da Banda do 1º Batalhão da Brigada Policial da Bahia, José Gonçalves (1938), Conjunto Regional do Donga (1938), Almirante (1952), Gilberto Alves, Mário Reis, Carolina Cardoso de Menezes (piano), Marlene com Nuno Roland & Blecaute (1968), Abel Ferreira, Altamiro Carrilho (1962), Banda do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro (1957), Carolina Cardoso de Menezes (1957), Paulo Tapajós, Os Cinco Crioulos (1967), Plauto Cruz (flauta, 1980), MPB-4 (1970), Elza Soares, Martinho da Vila (1973), Banda do Canecão (1973), Grupo 10.001 & Vocal Documenta (1975), Os Caretas, Roberto Izidon (piano), Ivan Paulo, Trovadores Urbanos (1995), entre outras. A popularidade desta música foi tamanha que apareceram ainda diversas variantes, todas elas muito espirituosas. Esta foi a primeira, estampada na coluna Pingos e Respingos do Correio da Manhã, de 15/12/1917:</strong></span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;"><strong>O Chefe da Polícia </strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Com toda carícia </strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Mandou-nos avisá </strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Que de rendez-vuzes </strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Todos façam cruzes </strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Pelo carnavá!... </strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Em casas da zona </strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Não entra nem dona </strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Nem amigas sua </strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Se tem namorado </strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Converse fiado </strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>No meio da rua. </strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Em porta e janela </strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Fica a sentinela </strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>De noite e de dia; </strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Com as arma embalada </strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Proibindo a entrada </strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Das moça vadia </strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>A lei da polícia </strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Tem certa malícia </strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Bastante brejeira; </strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>O chefe é ranzinza </strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>No dia de "cinza" </strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Não quer Zé-Pereira! </strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Coro (Civis) </strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Me dá licença, não dou, não dou </strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Faça favô, não dou, não dou </strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Pra residença, não dou, não dou </strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Com pressa vou, não dou, não dou </strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Coro (Madamas) </strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Do chefe é orde? </strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Não vou, não vou </strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Sua atrevida, não vou, não vou</strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Entrar não pode, não vou, não vou </strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Vá pra Avenida, não vou, não vou.<br /></strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Edigar de Alencar ainda cita outro episódio:<br />"A outra versão espirituosa focalizava um fato de 1913, quando da anterior campanha do jornal A Noite contra o jogo. Naquele ano, para provar a inocuidade da repressão policial ao jogo, o vibrante vespertino instalara no Largo da Carioca, em frente da sua redação, uma roleta. A iniciativa fora dos repórteres Castelar de Carvalho e Eustáquio Alves. Eis os versos da bem sucedida paródia:</strong></span><br /></div><div align="justify"><strong><span style="font-family:times new roman;">O chefe da polícia </span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-family:times new roman;">Pelo telefone </span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-family:times new roman;">Manda me avisar, </span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-family:times new roman;">Que na Carioca </span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-family:times new roman;">Tem uma roleta </span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-family:times new roman;">Para se jogar... </span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-family:times new roman;">Ai, ai, ai </span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-family:times new roman;">O chefe gosta da roleta, ó maninha </span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-family:times new roman;">Ai, ai, ai </span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-family:times new roman;">Ninguém mais fica forreta, ó maninha </span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-family:times new roman;">Chefe Aurelino, Sinhô, Sinhô,</span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-family:times new roman;">É bom menino, Sinhô, Sinhô, </span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-family:times new roman;">Faz o convite, Sinhô, Sinhô, </span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-family:times new roman;">Pra se jogar, Sinhô, Sinhô, </span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-family:times new roman;">De todo jeito, Sinhô, Sinhô, </span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-family:times new roman;">O bacará, Sinhô, Sinhô, </span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-family:times new roman;">O pinguelim, Sinhô, Sinhô, </span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-family:times new roman;">Tudo é assim, Sinhô, Sinhô."</span></strong> </div><div align="justify"><br /><span style="font-family:times new roman;"><strong>Pelo Telefone é o marco inicial da história fonográfica do samba. No entanto, outros "sambas" foram gravados antes de Pelo Telefone, como A Viola está Magoada (Catulo da Paixão Cearense), Moleque Vagabundo (Lourival Carvalho), Chora Chora Choradô (cantada por Bahiano), Janga (com o Grupo Paulista), Samba Roxo (com Eduardo das Neves), No Samba (gravada por Pepa Delgado e Mário Pinheiro), Samba - Em Casa de Baiana (com o Conjunto da Casa Faulhaber), Samba do Urubu (com o Grupo do Louro), Samba do Pessoal Descarado (com o Grupo dos Descarados), Vadeia Cabolclinha (com o Grupo Tomás de Souza) e Samba dos Avacalhados (com o grupo do Pacheco), dentre outros. (Retirado do fascículo 1 da História do Samba da Editora Globo). O primeiro samba nasceu com a primeira polêmica relacionada a direito autoral. Donga, ou Ernesto dos Santos, registrou sua partitura na Biblioteca Nacional em novembro de 1916, mas não incluíu nenhum parceiro. No entanto, os freqüentadores da casa da Tia Ciata já conheciam o refrão de Pelo Telefone, pois estavam acostumados a improvisar versos em torno do mesmo. O jornalista Mauro de Almeida entrou na parceria quando a música foi gravada pela Banda Odeon. Mas o próprio jornalista admitia que os versos não eram dele, e sim retirados de canções folclóricas. Mauro de Almeida adotava o pseudônimo de Peru dos Pés Frios, daí os versos O Peru me disse... Há dúvida ainda de qual foi realmente a primeira gravação de Pelo Telefone. No seu depoimento para o MIS, em 1969,</strong></span> <strong><span style="font-family:times new roman;">Donga comenta a respeito: </span></strong><br /></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>O polêmico "Pelo telefone"<br />Um dos primeiros comentários que se pode adiantar sobre a música Pelo telefone diz respeito à questão dos direitos autorais da composição, ainda hoje objeto de discussão não totalmente esclarecido.<br />Maria Theresa Mello Soares 20, revela-nos o seguinte:<br />"Historicamente o primeiro caso - que foi muito comentado no Rio de Janeiro - de posse indébita de composição musical teve como protagonista Ernesto dos Santos, ou melhor, o Donga, violonista que tocava de ouvido, 'nem sabia traçar as notas de música'. Pelo telefone - tango, maxixe ou samba, nunca ficou bem definida a sua classificação - foi a composição que gerou polêmica ruidosa no meio artístico carioca, provocando atritos e discussões, principalmente pela imprensa que tomou partido de um jornalista envolvido no 'affaire'".<br />Problemas à parte, 1917 é de fato considerado um ano-chave para a história da música brasileira de raízes populares e urbanas, justamente devido ao lançamento de Pelo telefone, considerado o primeiro samba oficialmente registrado no Brasil. A partir de então, o samba - que já se prenunciava anteriormente através de formas variantes como o lundu, o maxixe, a polca e a habanera - individualizou-se, adquiriu vida própria, tornando-se definitivamente um gênero musical:<br />"Um fato até então inédito acontece: os clubes carnavalescos, que nunca tocavam a mesma música em seus desfiles, entraram na Av. Central tocando Pelo telefone". 21<br />Outra grande dúvida mencionada por pesquisadores recai sobre a data da composição. Embora tenha sido lançada no carnaval de 1917 com êxito extraordinário, o registro da partitura para piano, feito por Donga na biblioteca nacional, é de 16 de dezembro de 1916.<br />A questão sobre a autoria, levantada anteriormente, é também outro aspecto importante nessa discussão. Sabe-se que muitas reuniões de samba de partido alto ocorriam no terreiro de tia Ciata, freqüentado por sambistas, músicos, curiosos e jornalistas, tais como: Donga, Sinhô, Pixinguinha, João da Mata, Mestre Germano, Hilário Jovino e Mauro de Almeida. Este último - Mauro de Almeida - teria escrito os versos para a música de criação coletiva intitulada Roceiro, executada pela primeira vez como tango em um teatro da rua Haddock Lobo, em 25 de outubro de 1916. Valendo-se da repercussão imediata da música, Donga não hesitou em registrá-la com o título de Pelo telefone, aparecendo então como o único autor, omitindo a letra do jornalista Mauro de Almeida. Houve reações e protestos, principalmente daqueles que se sentiram diretamente atingidos. Assim comenta Edigar de Alencar 22:<br />"O registro do samba (nº 3295) não teve a repercussão que teria hoje. Música de muitos não era de ninguém. Não tinha dono, como mulher de bêbado..."<br />Renato Vivacqua é quem afirma:<br />"Mesmo assim, o Jornal do Brasil de 04.02.1917 trazia o seguinte comentário:<br />Do Grêmio Fala Gente recebemos a seguinte nota: Será cantado domingo, na av. Rio Branco, o verdadeiro tango Pelo telefone, dos inspirados carnavalescos, o imortal João da Mata, o mestre Germano, a nossa velha amiguinha Ciata e o inesquecível bom Hilário; arranjo exclusivamente pelo bom e querido pianista J. Silva (Sinhô), dedicado ao bom e amigo Mauro, repórter da Rua, em 6 de agosto de 1916, dando ele o nome de Roceiro'.<br />Pelo telefone</strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>A minha boa gente</strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Mandou me avisar</strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Que o meu bom arranjo</strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Era oferecido</strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Para se cantar.</strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Ai, ai, ai</strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Leva a mão na consciência, meu bem.</strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Ai, ai, ai</strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Mas pra que tanta presença, meu bem?</strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Ó que cara dura</strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>De dizer nas rodas</strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Que este arranjo é teu!</strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>É do bom Hilário</strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>É da velha Ciata</strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Que o Sinhô escreveu</strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Tomara que tu apanhes</strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Pra não tornar a fazer isso,</strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Escrever o que é dos outros</strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Sem olhar o compromisso"<br /></strong></span><br /><span style="font-family:times new roman;"><strong>Tudo indica que a composição seja mesmo de caráter coletivo, cantarolada com versos variados em alguns pontos da cidade, tendo sido mais tarde reformulados por Donga e Mauro de Almeida.<br />Teria sido "Pelo telefone" o primeiro samba realmente registrado no Brasil?<br />Há contestações e controvérsias. Hoje não mais se acredita que este tenha sido o primeiro registro do gênero samba no selo de um disco. Alguns pesquisadores, entre eles Renato Vivacqua 24, mencionam pelo menos três outras composições designando o gênero: Um samba na Penha (interpretado por Pepa Delgado e lançado pela Casa Edison em 1909); Em casa da Baiana (de 1911); e por último A viola está magoada (de autoria de Catulo da Paixão Cearense, composto em 1912 e gravado em 1914). Edigar de Alencar também menciona um outro samba denominado Samba roxo (de Eduardo da Neves, de 1915).<br />Afinal, qual a verdadeira letra de "Pelo telefone"?<br />Uma outra polêmica até hoje não totalmente desvendada diz respeito à letra original do samba - que teria recebido inúmeras alterações e paródias ao longo do tempo, gerando confusões.<br />Donga chegou a afirmar que a verdadeira letra da 1ª estrofe seria iniciada pelo verso O chefe da folia, mas por diversas vezes caiu em contradição, dizendo que o 1º verso da música era de fato O chefe da polícia.<br />Sobre essa estrofe, comenta Edigar de Alencar 25:<br />"Os versos expressivos e bem feitos eram uma glosa sutil a um fato importante. O então chefe da polícia Aurelino Leal determinara em fins de outubro daquele ano (1916), em ofício publicado amplamente na imprensa, que os delegados distritais lavrassem auto de apreensão de todos os objetos de jogatina encontrados nos clubes. Antes de qualquer providência, porém, ordenara que lhe fosse dado aviso pelo telefone oficial."<br />Portanto, duas hipóteses são aceitas para esta primeira estrofe:<br /></strong></span><br /><span style="font-family:times new roman;"><strong>O chefe da folia </strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>O chefe da polícia<br />Pelo telefone </strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Pelo telefone<br />Manda me avisar </strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Manda me avisar<br />Que com alegria </strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Que na Carioca<br />Para se brincar </strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Para se jogar<br />Para se brincar</strong></span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;"><strong>A Donga se deve pelo menos o fato de ter percebido que o samba, ainda em seu nascedouro, surgiria a partir daquela data não mais como uma dança ou festa coletiva, mas como um bem cultural digno de ser comercializado e divulgado no rádio, então único meio de comunicação de massa, ávido para ter o que tocar. Os últimos comentários a esse respeito são de Almirante, citado no livro de Edigar de Alencar:<br />"Em resumo, o Pelo telefone teve um autor indiscutível: Mauro de Almeida, criador de seus versos e cujo nome permaneceu sempre sonegado. Jamais recebeu quaisquer direitos autorais, como seria justíssimo. Mauro de Almeida, com 74 anos de idade, morreu a 19 de junho de 1956. E quais foram os parceiros da melodia do Pelo telefone? Segundo a imprensa, conforme citamos: João da Mata, mestre Germano, tia Ciata, Hilário Jovino, Sinhô e Donga. Mas todos eles..."<br />Cabe assinalar ainda que a música recebeu uma versão teatral de Henrique Júnior com o mesmo título, que teve sua estréia em 7 de agosto de 1917 no Teatro Carlos Gomes, ficando menos de uma semana em cartaz.<br />Apenas música para se brincar no carnaval<br />Assim como a marcha, o "samba anônimo" - batucado e gingado coletivamente - surgiu com o desenvolvimento do carnaval, para atender às camadas subalternas que ainda não possuíam um tipo de música própria que as representasse durante os desfiles e comemorações do Rei Momo. Aos poucos, foi atraindo músicos da classe média que tinham acesso à "mídia" da época - o rádio, também em sua fase inicial - e acabou perpetuando-se no tempo graças aos foliões de rua.<br /></strong></span><br /><strong>1917<br /></strong>É fundado o Cordão Carnavalesco Estrela de Ouro.<br /><br /><strong>1919</strong><br />O lança-perfume apresenta as suas bisnagas de vidro de 10, 30 e 60 gramas e as diferentes marcas brasileiras são: Rodo, Rigoleto, Flirt e Vlan.<br /><br /><strong>1920</strong><br />Surge a Peleja, nome dado as batalhas de confete ocorridas a partir dessa década.<br /><br /><strong>1921<br /></strong>Maria Adamastor é aplaudida ao desfilar no carnaval carioca em um rancho como mestre-sala.<br /><br /><strong>1923</strong><br />Surge no subúrbio de Osvaldo Cruz o bloco carnavalesco Portela.<br />A pedido do escritor Coelho Neto, os ranchos são obrigados a apresentar como enredo dos seus desfiles, assuntos ligados a vida nacional.<br /><br /><strong>1927<br /></strong>Surgem as bisnagas de metal para o lança-perfume.<br /><br /><strong>1928<br /></strong>Data da fundação da 1ª escola de samba no Rio de Janeiro, a “Deixa Falar”, no bairro do Estácio.<br />No dia 28 de abril é fundada no Rio de Janeiro, a Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira. Ela surge com a fusão de diversos blocos existentes no morro de mesmo nome, e entre os blocos mais famosos destacava-se o Bloco dos Arengueiros.<br />Em 12 de agosto desse ano, é fundado a 1ª escola de samba do Rio de Janeiro, a Deixa Falar, no subúrbio do Estácio.<br /><br /><strong>30, década de</strong><br />A partir dessa década, Ézio Laurindo da Silva, mais conhecido como Delegado, da Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira desfila por 70 anos consecutivos na escola, além de ter desfilado na bateria e na harmonia, Seu Delegado, como é conhecido, desfilou durante 30 anos como mestre-sala e obteve a nota máxima durante todos esses anos, em que defendeu o pavilhão da verde e rosa.<br /><br /><strong>1930</strong><br />O mestre de fanfarra dos Fenianos, introduz uma bateria no desfile desse clube. Ele age como precursor da nova modalidade que a partir do ano seguinte iria tomar conta do carnaval carioca, tornando-se com o tempo, uma das maiores e única atração do carnaval carioca.<br />A Portela cria a Comissão de Frente uniformizada.<br />Na Praça Onze é realizado o primeiro desfile das escolas de samba, por iniciativa delas próprias, a Estação Primeira de Mangueira por exemplo, desfilou com este enredo:<br /><br /><span style="font-family:times new roman;"><strong>ENREDO: LINDA DEMANDA</strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>AUTOR: SATURNINO<br />LINDA DEMANDA</strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>EXISTE NO SAMBA</strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>A NOSSA LUTA SEM RANCOR</strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>MANGUEIRA OSWALDO CRUZ, </strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>ESTÁCIO E AMIZADE QUE ESTREITA</strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>OS LAÇOS SÓ POR AMOR...<br /><br />ENREDO: EU QUERO NOTA</strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>AUTOR: ARTHURZINHO<br />EU QUERO É NOTA </strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>CARINHO E SOSSEGO </strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>PARA VIVER DESCANÇADO BIS </strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>CHEIO DE ALEGRIA, MEU BEM </strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>COM UMA CABROCHA AO MEU LADO<br />EU QUERIA TER DINHEIRO</strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>QUE FOSSE GRANDE PORÇÃO</strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>EU COMPRAVA UM AUTOMÓVEL</strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>IA MORAR LÁ NO LEBLON</strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>SOU UM TRISTE OPERÁRIO</strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>NÃO POSSO BANCAR BARÃO</strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>VOU MORAR LÁ EM MANGUEIRA</strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>NUM MODESTO BARRACÃO (breque)</strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>EU QUERO É NOTA<br />EU QUERO É NOTA </strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>CARINHO E SOSSEGO </strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>PARA VIVER DESCANÇADO BIS</strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>CHEIO DE ALEGRIA, MEU BEM </strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>COM UMA CABROCHA AO MEU LADO<br />TODO MUNDO ACHA GRAÇA</strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>DE UM POBRE VAGABUNDO</strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>SE A SORTE FOSSE IGUAL</strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>NINGUÉM RIA NESTE MUNDO</strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>EU DESÇO DE MADRUGADA</strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>ENGANANDO A MOÇADA</strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>QUE VOU TRABALHAR</strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>PORÉM QUANDO A FÁBRICA APITA</strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>PEGO NA MINHA MARMITA</strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>VOU ME ALIMENTAR.</strong></span><br /><br /><strong>1931<br /></strong>Surge no Recife, PE, o Bloco de Carnaval Homem da Meia Noite.<br />A Portela apresenta o samba-enredo.<br />Surge no carnaval carioca o primeiro samba-enredo apresentado pela escola de samba Vai Como Pode (depois Escola de Samba Portela).<br /><br /><strong>1932</strong><br />O jornal Mundo Esportivo patrocina outro desfile de escolas de samba.<br />É realizado o 1º desfile extra-oficial das escolas de samba, vencido pela Mangueira.<br />A Mangueira introduz em sua bateria o pandeiro oitavado e cria a Ala dos Compositores.<br />Surge o primeiro Rei Momo do carnaval brasileiro, um boneco gigante, feito de papelão colorido descansando sua obesidade numa fivela dourada, e na cabeça uma coroa de lata reluzente.<br /><br /><strong>1933<br /></strong>Cabe ao folião Francisco Morais Cardoso (redator de turfe), com 120 quilos de peso, a primazia de ser o primeiro Rei Momo do carnaval carioca e brasileiro.<br /><br /><strong>1935</strong><br />Em 1º de março desse ano a Escola de Samba Vai Como Pode, adota o nome de Portela, e foi a primeira escola a apresentar alegorias no desfile carnavalesco.<br />Na Praça Onze é realizada pela 1ª vez um desfile oficial das escolas de samba do Rio de Janeiro e foi vencido pela “Vai Como Pode”, que daria origem a Portela.<br />É oficializado o desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro.<br />Surge a figura do Cidadão Momo no carnaval carioca. Esse personagem foi criado pelo Cordão dos Laranjas para contestar o prestígio do Rei Momo. O primeiro Cidadão Momo foi o cantor Silvio Caldas.<br /><br /><strong>1936</strong><br />A partir desse ano desaparecem os disfarces de rosto por determinação das autoridades policiais, como medida de segurança pública.<br /><br /><strong>1939</strong><br />A Portela apresenta o enredo “Teste ao Samba”, que foi considerado por muitas pessoas como o primeiro samba-enredo da história do carnaval.<br /><br /><span style="font-family:times new roman;"><strong>Compositor: Paulo Benjamim de Oliveira (Paulo da Portela)<br />Vou começar a aula</strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Perante a comissão</strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Muita atenção! </strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Eu quero ver</strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Se diplomá-los posso</strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Salve o fessor</strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Dá nota a ele senhor<br />Quatorze com dois são doze</strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Noves fora tudo é nosso</strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Cem divididos por mil</strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Cada um com quatro fica<br />Não pergunte à caixa surda</strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Não peça cola à cuíca</strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Nós lá no morro</strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Vamos vivendo de amor</strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>Estudando com carinho</strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"><strong>O que nos passa o professor<br /></strong></span><br /><strong>1942</strong><br />O desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro passam a ser realizados na Avenida Presidente Vargas.<br /><br /><strong>1947<br /></strong>Surge em Olinda, PE, o bloco Pitombeiras dos Quatro Cantos, uma troça carnavalesca criada pelos moradores do bairro Quatro Cantos. Nos dois primeiros carnavais os integrantes da troça saem de dorso nu e empunhando galhos de pitombeiras, daí resultando o nome do bloco.<br />Em 23 de março, é fundada a escola de samba Império Serrano no Rio de Janeiro.<br /><br /><strong>1948<br /></strong>A escola de samba Império Serrano introduz uma frigideira em sua bateria.<br /><br /><strong>1953</strong><br />Em 12 de dezembro é fundado o bloco de empolgação Bafo de Onça.<br />Desde esse ano, é obrigatória a presença da ala das baianas nos desfiles de escolas de samba.<br /><br /><strong>1955</strong><br />Surge no carnaval carioca, o prato (de banda), um instrumento de percussão apropriado as bandas de música e que foi introduzido pela Escola de Samba Império Serrano.<br /><br /><strong>1958<br /></strong>Ano de Fundação da Primeira Escola de Samba de Campos, a Grêmio Recreativo Escola de Samba União da Esperança.<br /><br /><strong>1963</strong><br />Na Avenida Presidente Vargas é realizado o 1º desfile onde foram cobrados ingressos.<br /><br /><strong>1964<br /></strong>Haroldo de Santa Cruz, utiliza-se de uma lanterna de pilha que a cada mudança de cor a bateria da Escola de Samba Em Cima da Hora, entrava ou parava os seus instrumentos.<br /><br /><strong>1965<br /></strong>A Grêmio Recreativo Escola de Samba Salgueiro, apresenta sua comissão de frente no desfile desse ano fantasiada com Burrinhas, e a escola foi campeã nesse ano.<br />A Academia de Ritmos Mocidade Louca desfila no Rio de Janeiro, na Avenida Presidente Vargas, em homenagem ao Quarto Centenário da Cidade do Rio de Janeiro.<br />É realizado no Rio de Janeiro, o primeiro concurso Pandeiro de Ouro, vencido por Antônio Augusto, pandeirista da Escola de Samba Mocidade Independente de Padre Miguel.<br />É proibido o uso do éter perfumado em qualquer manifestação carnavalesca, por decreto do presidente Castelo Branco.<br /><br /><strong>1967</strong><br />Nesse ano a Mangueira apresenta uma comissão de frente formada apenas por mulheres fantasiadas de fadas.<br />O Rei Momo do carnaval carioca passa a ser regido pelo Decreto nº 1.455, devendo ter no mínimo 100 quilos, medir 1m65 ou mais de altura, ser maior de 21 anos e portador de reconhecida idoneidade moral, além de apresentar atestado de boa saúde.<br /><br /><strong>1969<br /></strong>A Imperatriz Leopoldinense também apresenta uma comissão de frente formada por mulheres, mas com lindíssimas africanas estilizadas.<br />A Escola de Samba Salgueiro, do Rio de Janeiro, apresenta com o enredo Bahia d Todos os Deuses, o primeiro samba-enredo curto.<br /><br /><strong>70, década de</strong><br />As escolas de samba adotam o sistema de escolha de sambas-enredo.<br /><br /><strong>1970</strong><br />Na cidade paulista de Bauru, um canhão lançador de confete, aparelho inventado na mesma cidade, desfila pelas ruas da cidade.<br /><br /><strong>1971</strong><br />Surge no carnaval, o confete fabricado com bolinhas de isopor, que logo foi condenado pelos fiscais da Saúde Pública diante do mal que poderia causar. Antes da evidência das rodelinhas de papel, utilizava-se papel picado.<br /><br /><strong>1972</strong><br />Elísio da Conceição, mais conhecido como Macula foi o primeiro Rei Momo de cor escura, eleito para o carnaval carioca.<br /><br /><strong>1974<br /></strong>O destaque é oficializado e mantido nos carros alegóricos.<br /><br /><strong>1978</strong><br />Surge o Bloco Carnavalesco Galo da Madrugada, no bairro de São José, Recife, PE, que desfila pelas ruas centrais da cidade nas manhãs do sábado gordo de carnaval.<br /><br /><strong>80, década de</strong><br />Surgem os Bois Pintadinhos em Campos.<br /><br /><strong>1981</strong><br />Ressurge a figura barulhenta do Zé Pereira, no carnaval carioca do Rio de Janeiro, eleito em um concurso realizado pela Riotur.<br /><br /><strong>1984</strong><br />O decorador Raimundo dos Santos Oliveira, travestido de mulher, desfila como porta-bandeira pela Escola de Samba Unidos do Gavião, no carnaval de Niterói, RJ.<br />Em 4 de março é inaugurado no domingo de carnaval, a Praça da Apoteose, recanto final do conjunto arquitetônico projetado por Oscar Niemeyer e construído no governo de Leonel Brizola, do Rio de Janeiro.<br />Os desfiles das escolas de samba são levados para a Marquês de Sapucaí, na Passarela Professor Darcy Ribeiro, conhecida como “Sambódromo”.<br />A Escola de Samba Império do Maringá, do Rio de Janeiro, apresenta uma comissão de frente formada por 12 sereias.<br /><br /><strong>1985<br /></strong>Com o tema E Por Falar em Saudade a Escola de Samba Caprichosos de Pilares, descumpre uma determinação e uma exigência de glorificar figuras ou fatos históricos no carnaval desse ano, e apresenta um enredo irreverente, irônico, ousado e panfletário. Esse samba ficou conhecido como Tem Bumbum de Fora, em virtude do seu refrão final, e foi composto por Almir Araújo, Marquinhos Lessa, Hércules Corrêa, Balinha e Carlinhos de Pilares.<br /><br /><strong>2004</strong><br />Wagner Jorge Wanderson dos Santos Monteiro, é o primeiro Rei Momo Magro eleito para o carnaval do Rio de Janeiro. O prefeito César Maia é quem autorizou a mudança no regulamento do concurso, acabando com a exigência do peso mínimo de 110 quilos.</span></div>Paulo de Almeida Ouriveshttp://www.blogger.com/profile/15165174187982815954noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2496374077845675499.post-26565396277631105052007-09-08T08:50:00.000-07:002007-09-08T16:40:47.045-07:0006.02 - PEQUENO DICIONÁRIO DE TERMOS RELATIVOS AO CARNAVAL<div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><strong>Abecedário</strong> – Entrelaçar de pernas que o mestre-sala faz enquanto reverencia a porta-bandeira, figurando letras como, M, N, S e X.<br /><br /><strong>Abre-alas</strong> – 1 – Carro alegórico simbolizando a escola de samba, surgindo no desfile logo depois da Comissão-de-Frente, informando o tema do samba-enredo. Raramente o Abre-Alas se apresenta sem alegoria montada em carro. Na década de 20, os clubes de préstitos apresentavam carros abre-alas. 2 – Ó Abre-Alas – Primeira canção do carnaval carioca, composta em 1899 pela maestrina Chiquinha Gonzaga a pedido do Cordão Rosa de Ouro.<br /><br /><strong>Agogô</strong> – Instrumento de percussão, componente de uma orquestra de maracatu e da bateria de escola de samba. De origem africana, é constituído por duas campânulas, um com som diverso do outro e produzido pela pancada de uma vareta. Algumas baterias apresentam agogôs com mais de duas campânulas, inovação dirigida ao efeito visual antes de qualquer outro sentido no conjunto da bateria. No grupo de instrumentistas de uma bateria, os agogôs ocupam a oitava fila dos instrumentos.<br /><br /><strong>Ala</strong> – Grupo organizado de passistas ou pastoras, uniformemente fantasiado, obedecendo a a uma coreografia, improvisada ou não, conforme o enredo que a agremiação carnavalesca apresenta no desfile. Dentro do sistema administrativo das escolas de samba, a Bateria e os Compositores formam grupos autônomos chamados de “alas técnicas”.<br /><br /><strong>Ala dos compositores</strong> – Grupo de compositores responsável pela criação musical da escola de samba. Geralmente os compositores recebem um resumo do enredo para desenvolvê-lo através da letra do samba a ser preparada para o desfile. Algumas escolas transformam sua ala dos compositores em departamento musical.<br /><br /><strong>Alegorias</strong> – Carros artisticamente preparados para o desfile de agremiações no carnaval. Neles figuras ou motivos de bom efeito visual fazem alusão ao enredo. Geralmente, os carros alegóricos são empurrados por homens de boa apresentação física, contratados para esse fim e não pertencentes ao clube ou escola de samba. “No regime de competição, as escolas foram abdicando de seus próprios valores e, de repente, quase sem perceber, foram fazendo uma depuração em seu próprio meio. Em vez de Mestre Julinho, um artesão que fazia alegorias com gesso e pasta de papel, criando figuras compatíveis com seu nível intelectual, as escolas passaram a mobilizar cenógrafos diplomados pela Escola Nacional de Belas Artes, cujo refinamento estético já não corresponde à comunidade que a eles faz encomenda” (de uma reportagem de Maurício Azedo sobre o carnaval do Rio de Janeiro, publicada na revista Movimento de 30.1.78).<br /><br /><strong>Alegorias de mão</strong> – Alegorias de tamanho pequeno, montadas, em haste de madeira ou metal leve, para serem empunhadas pelos integrantes de determinada ala de clube carnavalesco ou escola de samba, ilustrativas do enredo.<br /><br /><strong>Apitador</strong> – Regente de bateria de escola de samba que usa o apito para orientar os instrumentistas do conjunto. Com o advento do carnaval regulamentado, o apitador passou a chamar-se mestre de bateria.<br /><br /><strong>Apoteose</strong> – Repetição, na terça-feira de carnaval, do desfile das escolas de samba de São Paulo. Não há contagem de pontos para efeito de classificação nesse retorno à passarela das escolas, valendo apenas o ânimo carnavalesco. No carnaval de 1984 cada escola de samba do I Grupo no Rio de Janeiro terminou seu desfile com uma apoteose, concentrando todo o seu conjunto na praça final do Sambódromo.<br /><br /><strong>Arlequim</strong> – Fantasia de imitação ao traje de um personagem da peça teatral italiana Commedia dell´art. Figura carnavalesca rival de Pierrô nos amores de Colombina.<br /><br /><strong>Bacalhau do Batata</strong> – Troça do carnaval de Olinda-PE que se exibe na quarta-feira de Cinzas, desde 1965. É composta de motoristas, garçons, enfermeiros e vigilantes que, durante o carnaval, estiveram trabalhando. Seu estandarte-símbolo, sempre improvisado, é constituído de um bacalhau cercado de cebolas, pimentões, tomates, coco seco, uma lata de óleo comestível e uma garrafa de pinga.<br /><br /><strong>Bafo de Onça</strong> – Famoso bloco de empolgação do Rio de Janeiro, fundado em 12 de dezembro de 1953. Participam do seu desfile, em média, cinco mil figurantes, na grande maioria com fantasias de tecido cuja padronagem lembra pele de onça.<br /><br /><strong>Baianas</strong> – 1. Mulheres vindas da Bahia para o Rio de Janeiro nas últimas décadas do século passado, mais conhecidas como tias porque reuniam, fraternalmente em suas casas, sambistas e boêmios para noitadas de música popular, um dos fatores da evolução do carnaval carioca. A sua popularidade é devida à indumentária, sugerindo fantasias para as festas carnavalescas, a exemplo da Ala das Baianas das Escolas de Samba, destaque irreversível seja qual for o enredo apresentado, desde 1953, quando a presença dessa ala no desfile foi tornada obrigatória. “Durante o carnaval, a cidade de Santos sempre manteve a sua tradição em matéria de samba, pois, desde meados da década de 1920, os cordões de baianas saíam às ruas empolgando o público com seus requebros e sapateados. (J. Muniz Jr. – Bo Batuque à Escola de Samba). 2. Componentes de um cortejo de maracatu.<br /><br /><strong>Baliza</strong> – Destaque no desfile de uma agremiação carnavalesca (às vezes confundido com o mestre-sala), pouco a pouco desaparecendo com a hegemonia da Comissão de Frente. No prestígio apresentavam balizas fazendo malabarismo com um bastão de madeira, por isso também chamados de balizas de pau, e desfilavam com uma indumentária característica, não muito diferenciada de uma agremiação para outra: blusa, calção amarrado acima dos joelhos, capa, chapéu à Luís XV ou gorro. Circunstancialmente, o baliza poderia ser figurado por uma mulher jovem e de físico atraente.<br /><br /><strong>Batalha de confete</strong> – Brincadeira entre foliões nos bailes de carnaval, consistindo na impulsão de confetes que estabelece momentânea e divertida guerra de papel picado. Na época do corso e do grande prestígio do carnaval de rua, “o chão ficava um tapete de quinze centímetros de papel colorido e picado”, como diziam os jornais. A primeira batalha de confete foi realizada na praia de Botafogo, no Rio de Janeiro, no carnaval de 1907, por iniciativa do jornal A Gazeta de Notícias.<br /><br /><strong>Bateria</strong> – Grupos de instrumentos de percussão responsável pelo ritmo da escola de samba em desfile. A semelhança de uma orquestra há momentos em que todos os instrumentos tocam, em outros instantes apenas um setor fica em ação. Instrumentos básicos de uma bateria: surdo de marcação, surdo de repicar, surdo centralizador, caixa de guerra, tarol, tamborim, pandeiro, cuíca, frigideira, agogô, chocalho e reco-reco. Outros instrumentos não fundamentais, nem sempre utilizados na bateria: pratos de banda de música e tímbalos. “Na verdade, as baterias são a grande atração de que as Escolas dispõem; o seu poder de comunicabilidade nos desfiles, realmente é extraordinário, pois contagia o grande público” (Amaury Jório/Hiram Araújo – Escolas de Samba em Desfile). No carnaval carioca de 1930, “o mestre de fanfarra dos Fenianos, introduzindo uma bateria no desfile de um grande clube, agiu como um precursor da nova modalidade que a partir do ano seguinte iria pouco a pouco tomando conta do carnaval carioca, tornando-se, com o tempo, a sua maior e até única atração” (Marília T. Barbosa da Silva / Lygia Santos – Paulo da Portela). No dia 14 de fevereiro de 1963, no Maracanãzinho, Rio de Janeiro, realizou-se o I Torneio de Baterias do Rio de Janeiro, dele participando as Escolas de Samba Acadêmicos do Salgueiro, Flor do Lins, Unidos do Morro Azul, Aprendizes de Lucas, Império Serrano, Império da Tijuca, União de Jacarepaguá, União do Centenário, União do Cabuçu e Mocidade Independente de Padre Miguel. A comissão julgadora foi composta por Pixinguinha, Donga, Osvaldo Sargenteli e Lúcio Rangel. Venceram o torneio as baterias das Escolas Acadêmicos do Salgueiro e Flor do Lins.<br /><br /><strong>Batucada</strong> – 1. Grupo de três ou quatro ritmistas batucando com seus instrumentos de percussão, às vezes de confecção artesanal. Os blocos e troças de menor expressão geralmente saem às ruas, nos dias de carnaval, com uma batucada para animação dos seus componentes e dos adesistas durante a passeata. 2. Estilo de música com ritmo bem marcado, originário do batuque angolês. Duas batucadas de muito sucesso popular no carnaval: General da Banda, de Sátiro Melo, José Alcides e Tancredo Silva, lançada em 1949; e Nega do Cabelo Duro, de Rubens Soares e David Nasser, gravada pelos Anjos do Inferno em 1942.<br /><br /><strong>Batuque</strong> – Barulho rítmico com batidas fortes de instrumentos de percussão. “O samba era apenas o simples batuque dos negros, muitos deles idos de Angola que cultivavam as suas tradições africanas” (da reportagem O samba foi de Angola para o Brasil, publicada no Diário de Luanda de 9.2.70).<br /><br /><strong>Batuqueiro</strong> – Ritmista integrante de uma bateria de escola de samba. “Na década de 1920 (...) devido à falta de recursos, eram os próprios batuqueiros que fabricavam seus instrumentos, como os surdos de barricas, cuícas de barriletes, além dos tamborins e pandeiros retangulares, com a pele estirada e pregada com tachinhas” (J. Muniz Jr. – Do Batuque à Escola de Samba). Também chamado de batuqueiro o componente de uma orquestra de maracatu.<br /><br /><strong>Bisnaga</strong> – Tubo cilíndrico de material plástico, de tamanho variado e cores acentuadas, que as crianças enchem de água para molhar pessoas nos dias de carnaval. Um meio termo entre a seringa do entrudo e o lança-perfume.<br /><br /><strong>Bloco</strong> – Pessoas que se juntam em grupo homogêneo para exibição nas ruas durante o carnaval, animadas por uma orquestra marcando o ritmo ou acompanhando o canto. Os blocos se organizam conforme as influências recebidas da área geográfica de suas apresentações. Há três tipos de bloco: de enredo ou desfile; de embalo ou de rua e de sujos. Os blocos cariocas assimilaram os elementos dos ranchos como estrutura de seus desfiles. Em São Paulo, o modelo para o cortejo é assemelhado ao do cordão, o mesmo acontecendo com os blocos baianos que resumem influência dos antigos cordões. No Recife, os blocos espelham a formação dos ranchos do Rio de Janeiro, desfilando com ricas fantasias e boa orquestra. Os blocos recifenses, tradicionais no agrupamento de famílias não interessadas no reboliço do frevo, desfilam com uma orquestra de 15 a 20 músicos, constituída quase sempre de violões, banjos, cavaquinhos, pandeiros, tarol, surdo, reco-reco, clarineta e flauta. Têm música própria: o frevo-de-bloco.<br /><br /><strong>Bloco de enredo</strong> – Bloco bem organizado, com muitos participantes e apresentando um tema para dramatização do seu desfile, assemelhando-se em estilo e luxo às grandes escolas de samba. No carnaval do Rio de Janeiro, desfila um expressivo número de blocos de enredo, destacando-se: Flor da Mina de Andaraí, Canários das Laranjeiras, Unidos da Vila Kennedy e Mocidade Independente de Inhaúma.<br /><br /><strong>Bloco de rua</strong> – Também chamado bloco de embalo, pela animação que provoca, é um agrupamento de foliões necessariamente semi-organizados, com fantasias variadas e vistosas e orquestra própria.<br /><br /><strong>Bloco de sujos</strong> – Grupo ocasional de animados foliões, propositadamente desorganizados, fazendo carnaval de rua na base do improviso, sem fantasias ou com disfarces disparatados, fazendo-se animar por uma excêntrica batucada constituída de latas vazias, caixas, panelas velhas e outros utensílios que possam provocar ruídos dissonantes. “Eram os blocos de sujos, cada bairro tinha o seu. Tudo era improvisado, espontâneo. O bloco saía do boteco com cem pessoas e depois de alguns quarteirões já tinha mais de quinhentas” (declaração do compositor Ismael Silva, em entrevista publicada na revista Veja de 11.2.70).<br /><br /><strong>Caixa carioca</strong> – A caixa de guerra mas sem os bordões, integrante da bateria de escola de samba, atualmente quase substituída pelo repinique.<br /><br /><strong>Caixa de guerra</strong> – Tambor de tamanho médio, igual aos que são usados nos regimentos de infantaria das corporações militares. Na ordem de colocação dos instrumentos de uma bateria de escola de samba, as caixas de guerra ficam logo depois de um grupo de taróis. No Maracatu, a caixa de guerra tem apenas quatro bordões para que a sonoridade não se confunda com a do tarol comum.<br /><br /><strong>Carnaval</strong> – Sinônimo de enredo na linguagem interna das escolas de samba.<br /><br /><strong>Carnavalesco</strong> – Diretor de rancho, escola de samba ou de clube de préstitos responsável pela elaboração, montagem e execução dos enredos. Com o crescimento dos grêmios carnavalescos que participam de desfiles, a função do carnavalesco passou a ser exercida por artistas, arquitetos e show-business. “Tudo isso começou com o calor da disputa, pois na ânsia de obter novas vitórias, os dirigentes das escolas deixaram de recorrer aos seus carnavalescos, indo contratar gente de fora...” (J. Muniz Jr. – Do Batuque à Escola de Samba).<br /><br /><strong>Carregador</strong> – Pessoa encarregada de empurrar carros de alegorias de uma escola de samba em desfile.<br /><br /><strong>Carreta</strong> – Carro alegórico.<br /><br /><strong>Carro alegórico</strong> – Alegoria montada em viatura para desfile no carnaval. Pela beleza das mulheres e audácia na armação de figuras gigantes em arame, papelão e material plástico, os carros alegóricos constituem um capítulo isolado dos desfiles de agremiações dedicadas ao carnaval. Com o desaparecimento ou decadência dos clubes de préstitos, as escolas de samba passaram a exibir alegorias como informação complementar do seu enredo. No carnaval paulistano de 1850, a Sociedade Paulicéia Vagabunda desfilou com vários carros alegóricos, provocando críticas desfavoráveis porque apresentou mulheres em cenas de bacanal.<br /><br /><strong>Catitões</strong> – Enormes bonecos que retratam e ironizam pessoas e coisas na saída do Zé Pereira do carnaval da cidade mineira de Mariana. “O Zé Pereira da Chácara com os seus catitões tradicionais, guardados de ano para ano” (nota publicada no Informe Turístico CMP, de fevereiro de 1979).<br /><br /><strong>Cavaquinho</strong> – De origem portuguesa, instrumento de cordas que geralmente acompanha o puxador de samba no desfile das escolas de samba, e faz parte das orquestras de ranchos. No começo de sua organização, as escolas de samba saíam com orquestras de instrumentos leves: violões, cavaquinhos, pandeiros, ganzá e tamborins.<br /><br /><strong>Caverna</strong> – Nome dado à sede social do clube de alegorias Tenentes do Diabo, do Rio de Janeiro.<br /><br /><strong>Chiquinha Gonzaga</strong> – Nome verdadeiro: Francisca Hedwiges de Lima Neves Gonzaga. Carioca. Compositora e considerada o maior vulto feminino da história da Música Popular Brasileira. Autora da famosa marcha-rancho Ó abre alas, a primeira música de real sucesso do carnaval carioca, composta por encomenda do Cordão Rosa de Ouro, em 1899. Como compositora de música de carnaval reaparece em 1912, com outra marcha-rancho Carnavalesco tendo na parceria Luís Peixoto e Kalisto. Geysa Boscoli registra: Chiquinha Gonzaga produziu mais de 1.500 músicas, inclusive marchas para o carnaval. A Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira, no carnaval carioca de 1985, fez de Chiquinha Gonzaga tema do seu enredo.<br /><br /><strong>Chocalho</strong> – Instrumento de percussão assemelhado a uma cabaça com pedras dentro, que acionado acompanha o ritmo da bateria de uma escola de samba.<br /><br /><strong>Cidadão Momo</strong> – Figura de folião do carnaval carioca, criada em 1935 pelo Cordão dos Laranjas para contestar o prestígio popular do Rei Momo. O primeiro Cidadão Momo foi o cantor Sílvio Caldas. “... o Cidadão Momo viajou de trem de Madureira para a Estação de Pedro II, onde foi recebido festivamente...” (Sérgio Cabral – As Escolas de Samba). Eleito em 1936, o compositor Paulo da Portela foi o segundo Cidadão Momo, divulgando a seguinte proclamação: “Eu, Cidadão Momo de 1936, eleito pelos foliões desta cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, de acordo com os poderes que me foram conferidos para governar durante o tríduo da folia, considerando que o nosso regime republicano não se coaduna com um reinado, nem mesmo carnavalesco, considerando que o samba nasceu no morro e rei não freqüenta morro, considerando que a Monarquia, pelas próprias extravagâncias do rei, por mais popular que seja, não pode encarnar o samba, a verdadeira alma do carnaval, resolvo destronar o réu que terá a cidade como ménage, ficando sem efeito todo e qualquer decreto lavrado pelo monarca, a estas horas reduzido à expressão mais simples”.<br /><br /><strong>Clóvis</strong> (corrutela de clown) – Fantasia assemelhada à indumentária do palhaço, muito usada nos carnavais de rua do começo do século, atualmente vestida por foliões conservadores. “... comerciantes e moradores se cotizaram para fazer um carnaval alegre com muitos Clóvis...” (de um noticiário do Jornal do Brasil de 16.2.83).<br /><br /><strong>Colombina</strong> – Fantasia que lembra determinado personagem da comédia italiana, amante de Pierrô e de Arlequim.<br /><br /><strong>Comissão de carnaval</strong> – Grupo de foliões encarregado de planejar e administrar a apresentação de um grêmio carnavalesco. “O trabalho da Comissão de Carnaval consiste em pensar, a partir do enredo, um tratamento cênico do tema, modular a Escola segundo o desenvolvimento da seqüência narrativa, distribuir os papéis (figurinos) segundo as características apropriadas a cada ala, contratar figurinistas e alegoristas, providenciar a compra de todos os materiais necessários, promover a distribuição e fiscalizar a aplicação das subvenções às alas” (Maria Júlia Goldwasser – O Palácio do Samba).<br /><br /><strong>Comissão de frente</strong> – Grupo de dez a quinze sambistas, conforme a praxe não fantasiados, mas vestidos com apurada elegância e simbolicamente representativos da diretoria e das tradições de sua escola de samba em desfile. Antigamente, os préstitos de maior efeito e organizados pelas sociedades carnavalescas tinham Comissão de Frente e o traje era completo, incluindo bengala e chapéu coco. O pesquisador José Ramos Tinhorão explica a posição da Comissão de Frente como atrativo de um desfile: “ Como a maior parte dos integrantes nas nascentes escolas de samba era constituída, de fato, por pequenos profissionais e artesãos sem emprego fixo (sapateiros, marceneiros, ilustradores, operários de obras, carregadores do pesado) e pela massa flutuante de mão-de-obra não especializada, muito rica em desocupados (biscateiros, malandros, jogadores, exploradores de mulheres, etc.), o objetivo inicial das escolas de samba era conferir um certo status aos seus componentes, o que levava grande parte deles pormenor muito significativo – a desfilar de terno” (Pequena história da Música Popular). A Comissão de Frente não se apresenta sambando, mas com estudados passos de saudação. “Ultimamente, esta rigidez da apresentação da Comissão de Frente vem sendo rompida pela modernização das Escolas de Samba, a exemplo da Salgueiro, em 1965, que desfilou com burrinhas na Comissão de Frente, sendo campeã nesse ano; a Mangueira que em 1967 colocou uma comissão de mulheres fantasiadas de fada, e a Imperatriz Leopoldinense, em 1969, com lindíssimas africanas estilizadas” (Amaury Jório / Hiram Araújo – Escolas de Samba em Desfile). Em 1984, no desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro, a Império do Maringá apresentou sua Comissão de Frente formada por 12 sereias.<br /><br /><strong>Comissão de harmonia</strong> – Grupo de dirigentes de uma escola de samba responsável pela reunião de alas e de passistas para ensaios de samba-enredo.<br /><br /><strong>Compositor</strong> – Sambista responsável pela preparação do samba-enredo de sua escola. Seus conhecimentos musicais pouco desenvolvidos impõe uma composição quase intuitiva e, geralmente, do agrado geral do povo que assiste os desfiles de escolas de samba.<br /><br /><strong>Concentração</strong> – Agrupamento de figurantes e diretores de escola de samba, antes de sua participação no desfile, em local designado pelas autoridades promotoras do carnaval.<br /><br /><strong>Confete</strong> – Rodelinhas de papel, de cores variadas, que se jogam aos punhados entre foliões nos bailes carnavalescos. Nos antigos carnavais serviam para animar batalhas simuladas, algumas delas como motivo de crítica a figuras ou costumes da época. De origem controvertida, uns dizem ser italiana a procedência, outros atestam ter vindo da França, e o escritor Morales de Los Rios diz ter sido na Espanha a sua criação. O confete surgiu no carnaval brasileiro no mesmo ano do aparecimento da serpentina: 1892. O confete dourado ou prateado apareceu em 1896. No carnaval de 1970, na cidade paulista de Bauru, desfilou pelas ruas um canhão lançador de confete, aparelho inventado na mesma cidade. No carnaval de 1971 surgiu o confete (bolinhas) de isopor, logo condenado pelos fiscais da Saúde Pública diante do mal que poderia causar. Antes da evidência das rodelinhas de papel, usava-se papel picado.<br /><br /><strong>Cordão</strong> – 1. Grupo de foliões fantasiados, quase sempre congregando famílias amigas, para animação do carnaval de rua. Os cordões mais organizados desfilam com estandarte e música própria. Brincadeira carnavalesca em decadência. 2. Integrante de um clube de frevo, com fantasia igual, conduzindo, cada elemento, o símbolo do clube: um machado (Lenhadores), uma pá (Pás Douradas), uma vassoura (Vassourinhas), etc.<br /><br /><strong>Coreto</strong> – Palanque carnavalescamente decorado para acomodar orquestras que animam os foliões do bairro onde foi armado. No Rio de Janeiro, de modo geral, cada subúrbio arma o seu coreto no carnaval. “Embora só 15 coretos tenham sido armados este ano em toda a Zona Sul, o carnaval de rua foi muito animado nos bairros da região” (de uma reportagem do jornal O Globo de 20.2.85).<br /><br /><strong>Corso</strong> – Cortejo de carros em itinerário antes estabelecido, de grande animação nos carnavais de rua até a década de 30. Automóveis (de capotas arriadas) e pequenos caminhões conduziam famílias ou grupos de foliões geralmente fantasiados. O primeiro corso do carnaval carioca (1907) foi puxado pelo carro presidencial, conduzindo as filhas do Presidente Afonso Pena. “Com o advento dos corsos, o carnaval do Brás (São Paulo) tornou-se uma coisa monumental. Os veículos (automóveis e carruagens a tração animal) desfilavam por quilômetros e quilômetros...” (Jacob Penteado – Belenzinho 1910). No carnaval do Rio de Janeiro do ano de 1908, o cinegrafista Marc Ferrez produziu um documentário sobre O Corso em Botafogo.<br /><br /><strong>Corta-jaca</strong> – Variante do samba de partido alto, executada durante um miudinho (outro estilo do partido alto), em que há súbitas paradas e a perna direita do sambista descreve um semicírculo, sem que o ritmo seja alterado.<br /><br /><strong>Couros pesados</strong> – Instrumentos de maior evidência numa bateria de escola de samba: surdo de marcação, surdo de repicar, surdo centralizador, caixa de guerra e tarol.<br /><br /><strong>Cuíca</strong> – 1. Instrumento de percussão constituído de um cilindro metálico, vestido de um lado por uma pele, prendendo-se ao centro, na parte inferior, uma vareta que, atritada com a mão, produz um som rouco. A cuíca começou a popularizar-se a partir de 1915, quando apareceu nos cordões carnavalescos, criando conceito maior ao ser introduzida na bateria da escola de samba, onde ocupa a segunda fila na ordem de colocação dos instrumentos. 2. Num processo de metonímia, o mesmo que cuiqueiro. “Ele é um cuíca de primeiro ordem” (Wilson Rodrigues de Moraes – Escolas de Samba de São Paulo).<br /><br /><strong>Deboche</strong> - Sinônimo de carnaval na última década do século passado.<br /><br /><strong>Deixa Falar</strong> – A primeira escola de samba do Rio de Janeiro, fundada no subúrbio do Estácio de Sá, em 12 de agosto de 1928, pro Heitor dos Prazeres, Ismael Silva, Alcebíades Barcelos, Nilton Bastos, Sílvio Fernandes (o famoso e temido desordeiro conhecido como Brancura) e Benedito Lacerda. Adotou as cores vermelha e branca, em homenagem ao América Futebol Clube, para o qual torcia grande parte dos sambistas do Estácio. “O nome Deixa Falar é pacificamente explicado pelos criadores da primeira escola de samba: sua intenção era responder com superioridade aos demais bairros, que sempre passavam por suas diferenças e se uniam contra o Estácio, apenas porque este se intitulava, orgulhosamente, de Rei do Samba” (José Ramos Tinhorão, citado por J. Muniz Jr. em Do Batuque à Escola de Samba).<br /><br /><strong>Desfile</strong> – Passeata de grêmios carnavalescos sob regime de organização oficial, revestida de pompa e empolgação popular, sobretudo no tocante às escolas de samba, com a teatralização de motivos da História, da Literatura ou do Folclore nacionais, ou de homenagem a vultos diretamente ligados ao carnaval. A escola de samba desfila conforme o tema escolhido para o enredo, com suas alas, alegorias, destaques e grupos de sambistas e pastoras obedecendo a uma disposição representativa. Atualmente, clubes de frevo, blocos e troças já introduzem enredo nas suas apresentações. Durante o desfile, cabe a um determinado grupo de juízes apreciar vários aspectos da exibição de cada grêmio e atribuir pontos, segundo uma escala de avaliação (geralmente de zero a dez). A soma dos pontos atribuídos a cada agremiação configura o quadro de classificação, sagrando-se campeão o grêmio que reunir maior número de pontos. No que se refere às escolas de samba, quase sempre são dez os quesitos submetidos a julgamento: alegoria, letra do samba-enredo, fantasias, evolução, exibição de porta-bandeira e do mestre-sala, melodia, harmonia, bateria, comissão de frente e enredo. No Rio de Janeiro, o primeiro desfile de escolas de samba, de iniciativa delas próprias, foi no carnaval de 1930, na Praça Onze. Em 1932, o jornal Mundo Esportivo patrocinou outro desfile e a oficialização do certame aconteceu no ano de 1935.<br /><br /><strong>Destaque</strong> – Figura isolada, viva (homem ou mulher), fantasiada com luxo e bom gosto, representando um personagem de importância no enredo desenvolvido pela escola de samba. A função do destaque é compor o enredo, mitificando um personagem, desfilando de modo a ser notado. Passeia na passarela e nem sempre executa passos de samba. A escola pode apresentar mais de um destaque no desfile e, de 1974 em diante, coloca-o também em carros alegóricos. Os clubes de frevo do carnaval pernambucano costumam apresentar destaques nos seus desfiles.<br /><br /><strong>Deus Momo</strong> – O mesmo que Rei Momo. “Porque o meu entusiasmo pelo Deus Momo se misturava a um temor pronunciado pelos mascarados” (Mário Sette – Maxambombas e Maracatus).<br /><br /><strong>Diretor de Bateria</strong> – Sambista encarregado de dirigir os instrumentistas de uma escola de samba. Com um apito ele avisa a entrada dos instrumentos, ou suspende a participação de alguns de determinado setor da bateria, ou ainda adverte para que a tonalidade seja aumentada ou diminuída. Mestre André, por muitos anos diretor da bateria da Escola de Samba Mocidade Independente de Padre Miguel no Rio de Janeiro, usava um bastão para os sinais do seu comando. No carnaval carioca de 1964, Haroldo de Santa Cruz, diretor de bateria da Escola de Samba Em Cima da Hora, utiliza-se de uma lanterna de pilha e cada mudança de cor valia um sinal, previamente convencionado, para entrada ou parada dos instrumentos.<br /><br /><strong>Diretor de Harmonia</strong> – Componente de escola de samba responsável pela coreografia e evolução dos passistas e pastoras no desfile e pela homogeneidade entre canto, ritmo e dança. A ele cabe dirigir os ensaios das diversas alas da escola para o desfile no carnaval.<br /><br /><strong>Dominó</strong> – Fantasia de tecido leve, costurada com quadriláteros variados nas cores, lembrando o jogo composto de 28 peças. No carnaval do passado havia centenas de dominós nas ruas e nos bailes. “E jamais esqueci o dia feliz em que, meninote, saí pelas ruas da minha cidade natal encamisolado num dominó encarnado e preto” (Edigar de Alencar – O carnaval carioca através da música).<br /><br /><strong>Enredo</strong> – Tema sobre um fato ou figura da História do Brasil, lenda folclórica ou vulto de expressão carnavalesca apresentado de forma artística e competitivamente luxuosa, com os participantes das agremiações que desfilam no carnaval exercendo o papel de personagens ou símbolos do assunto enfocado. Nas escolas de samba o enredo é fundamental. A idéia surgiu de um apelo do escritor Coelho Neto, em 1923, para que os ranchos cariocas apresentassem, como enredo dos seus desfiles, assuntos ligados à vida nacional. “No todo da Escola, o enredo é um pretexto, em cima do qual se organiza um dos mais belos e maravilhosos espetáculos visuais e plásticos” (Amaury Jório / Hiram Araújo – Escolas de Samba em Desfile).<br /><br /><strong>Entrudo</strong> – Brincadeira popular, de origem remota e trazida ao Brasil por navegantes chegados dos Açores, praticada sob o consenso da liberdade plena de molhar pessoas nas ruas, também no interior das casas, com água conduzida em bacias, baldes e tigelas, besuntando-as em seguida com farinha de trigo ou alvaiade. Como diz o escritor Povina Cavalcanti em suas memórias, “destelhavam-se casas para surpreender as pessoas de entrudá-las”. Nem sempre folgazão, o entrudo estabeleceu atritos e inimizades não raro precisando a polícia intervir para conter excessos e até violências. No último dia do carnaval de 1866, na cidade de São José do Mipibu, no Rio Grande do Norte, a população inteira é molhada, inclusive o vigário e o Juiz de Direito, escapando apenas os doentes acamados e as crianças de colo. “Pelo carnaval ele se juntava com os companheiros para sacudir bacias d’água em quem passasse de roupa enxuta. Iam os foliões até as camarinhas, arrastar os que escapavam para o competente banho e esfregadela de farinha do reino” (Silvio Rabelo – O povoado). Vencida a fase mais aguda dos banhos inesperados nas ruas e praças, criam-se as limas-de-cheiro que estouraram por percussão ao atingirem os transeuntes desprevinidos, e as seringas de folhas de flandres para esguichos dirigidos. O Entrudo exerce domínio carnavalesco até 1903 e sob a forma de mela-mela é restabelecido no Recife em 1960.<br /><br /><strong>Escola de Samba</strong> – De início, grupo carnavalesco formado por pessoas sem profissão definida, geralmente moradoras nos morros cariocas, com o único intuito de se exibir no carnaval, sem regras definidas para sua apresentação. Depois, com seus integrantes já fantasiados e agrupados a instrumentistas, ritmistas, passistas e alguns destaques na descrição de um enredo obrigatoriamente alusivo a um fato ou vulto da História do Brasil, ou a uma lenda do folclore nacional, ou a uma figura de projeção literária ou a um motivo ou símbolo do carnaval brasileiro. Com o passar do tempo, esse agrupamento criou sua própria forma institucional de grêmio recreativo com finalidade carnavalesca, mantendo os mesmos objetivos de exaltação a fatos ou figuras. De carnaval a carnaval, a exigência da glorificação a figuras ou fatos históricos vem sendo descumprida, como aconteceu com a Escola de Samba Caprichosos de Pilares, no carnaval de 1985 no Rio de Janeiro, que apresentou um enredo de certo modo irreverente, irônico, ousado e talvez panfletário. O número de integrantes de uma escola de samba varia de acordo com os recursos financeiros arrecadados especificamente para o desfile no carnaval. O compositor Ismael Silva dizia que o nove escola de samba surgiu porque no Estácio (subúrbio do Rio de Janeiro reduto de sambistas) estava localizada uma Escola Normal. “Se havia uma escola de professoras, por que não uma de samba?”. Almirante, por sua vez, afirma que o nome foi originado da expressão escola¸ sentido!, muito em voga na época por causa dos exercícios dos Tiros de Guerra. “Talvez nenhuma manifestação popular proporcione tanta variedade artística como as escolas de samba, sendo este o motivo de seu êxito. Quem quiser ver um espetáculo de dança riquíssimo, o encontra nas escolas. A música, o canto coral e o ritmo que nasce nas baterias são a beleza visual das escolas de samba, são quase um sonho de cores e formas” (Sérgio Cabral – de uma reportagem na revista O Cruzeiro, edição comemorativa do IV Centenário do Rio de Janeiro).<br /><br /><strong>Estandarte</strong> – Pavilhão símbolo de um clube de frevo, maracatu ou bloco, geralmente feito de veludo, com desenhos e figuras em alto relevo bordados com fios dourados. No clube do frevo, sempre aparecem as letras C. C. M. (Clube Carnavalesco Misto) antes do nome de identificação, e a data de fundação do grêmio. Nos desfiles, o pavilhão é conduzido pelo porta-estandarte.<br /><br /><strong>Evolução</strong> – Coordenação de ritmo e dança de todo o conjunto de um grêmio carnavalesco, valendo a coreografia dos passistas e a beleza dos movimentos das alas a expressão maior do desfile. Esse movimento sempre em sentido progressivo, para a frente, sugeriu a denominação evolução.<br /><br /><strong>Fantasia</strong> – 1. Conjunto harmônico de arte e bom gosto, original e variado, formado pelas alas de uma escola de samba conforme o enredo. A fantasia apresentada pelos grupos componentes da escola é o principal responsável pelo agrado do desfile. 2. Vestimenta carnavalesca, usada por foliões em grupos ou isoladamente, antigamente de muito prestígio nas brincadeiras de rua, hoje quase restrita aos salões e ao brilhantismo visual dos desfiles de bem organizadas agremiações carnavalescas.<br /><br /><strong>Festa do povo</strong> – Assim chamado o carnaval, porque dele participam sem preconceitos as mais variadas camadas da sociedade civil, sem que as posições sociais do cotidiano interfiram na homogeneidade da alegria coletiva.<br /><br /><strong>Folião</strong> – Aquele que se entrega aos folguedos carnavalescos, nas ruas ou nos bailes, estando ou não fantasiado.<br /><br /><strong>Galo da Madrugada</strong> – Bloco carnavalesco fundado em 1978 no tradicional bairro de São José, do Recife, desfilando pelas ruas centrais da cidade no sábado gordo pela manhã. Seu hino oficial é de autoria de José Mário Chaves.<br /><br /><strong>Grito de carnaval</strong> – Primeira manifestação festiva do carnaval que se aproxima. Tradicionalmente acontece nos bailes promovidos pelos clubes sociais no último dia do ano, logo após os cumprimentos convencionais pela chegada do Ano Novo, quando a orquestra passa a apresentar um repertório somente de músicas carnavalescas. “Do grito de carnaval, parte-se para os bailes da temporada, e todos os sábados e domingos temos bailes carnavalescos até a semana de carnaval” (Maurício Figueiredo – Cordão da Bola Preta).<br /><br /><strong>Harmonia</strong> – Entrosamento do samba-enredo bem cantado pelo puxador com os integrantes de uma escola de samba em evolução, participando a bateria que marca o ritmo.<br /><br /><strong>Homem da Meia-Noite </strong>- Bloco de carnaval de Olinda (Pernambuco), surgido em 1931 de uma troça que fez sair em passeata um boneco com mais de três metros de altura. O nome foi tirado de um filme seriado, de muito sucesso no tempo do cinema mudo, em que um policial saía misteriosamente de dentro de um relógio para prender criminosos, sempre à meia-noite. Em 1937 a troça transformou-se em bloco.<br /><br /><strong>Império Serrano</strong> - Escola de samba do Rio de Janeiro, fundada em 23 de março de 1947 por dissidentes das Escolas Prazer da Serrinha e Portela. No carnaval de 1948 introduziu a frigideira na bateria. Suas mais destacadas apresentações: em 1949, com o enredo Tiradentes; em 1955, com Exaltação a Caxias; e em 1956, com Caçador de Esmeraldas.<br /><br /><strong>Instrumentista</strong> – Componente de escola de samba que toca algum instrumento de percussão. Os instrumentistas juntos formam a bateria.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"></span> </div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><strong>Lança-perfume</strong> – Bisnaga de vidro ou metal, contendo éter perfumado para ser esguichado em pessoas participantes de festejos carnavalescos. O lança-perfume apareceu em 1903, vindo da França, sucedendo às limas de cheiro desaparecidas com a proibição do entrudo. Em bisnagas de vidro de 10, 30 e 60 gramas que surgiram, em 1919, as diferentes marcas brasileiras: Rodo, Rigoleto, Flirt e Vlan. No carnaval de 1927 apareceram as bisnagas de metal. Em 1965 é proibido o uso do éter perfumado em qualquer manifestação carnavalesca, por decreto do presidente Castelo Branco.<br /><br /><strong>Letrista</strong> – Compositor de samba encarregado de preparar a letra a ser encaixada na melodia.<br /><br /><strong>Levar o samba</strong> – V. puxador de samba.<br /><br /><strong>Levar o samba no bico</strong> – Cantar o samba de uma escola em desfile, sem usar aparelho de som. Também se diz: “levar o samba no gogó”.<br /><br /><strong>Lima de cheiro</strong> (limão de cheiro ou laranjinha) – Pequena esfera, geralmente feita de cera e contendo água perfumada, usada nas brincadeiras do entrudo. Surgiu em 1832. Sistema de fabricação doméstica: em fogareiros, derretiam-se cera, terebentina e tinta (carmin ou anil). Em formas de madeira, moldavam-se as duas bandas da lima que, unidas, eram cheias de água perfumada. A lima de cheiro arremessada, abria-se ao atingir a pessoa visada, molhando-a. Com o correr do tempo, tais limas passaram a ser cheias de água mal cheirosa e até perniciosa à saúde. O abuso foi proibido pelas autoridades policiais.<br /><br /><strong>Limpa-goela</strong> – Diz do samba cantado, antes de começar o desfile, para animar os integrantes da escola de samba.<br /><br /><strong>Limpar o samba</strong> - Coincidir as fantasias e os destaques de uma escola de samba com o tema do enredo e o samba preparado para o desfile.<br /><br /><strong>Linha de frente</strong> – Grupo de diretores ou simpatizantes de uma agremiação carnavalesca que se destaca pelo trabalho. Antigamente assim chamada a atual Comissão de Frente.<br /><br /><strong>Mangueira</strong> – (Escola de Samba Estação Primeira de) – Importante escola de samba do Rio de Janeiro, fundada em 28 de abril de 1928. Surgiu da fusão de diversos blocos existentes no Morro da Mangueira, dos quais se destacava o Bloco dos Arengueiros. No dia 30 de janeiro de 1936, durante o programa de rádio “A Hora do Brasil”, foi incluído um quadro especialmente dirigido à Alemanha, irradiado do Morro da Mangueira, dele participando sambistas de sua escola de samba. Em 1932 introduz na sua bateria o pandeiro oitavado e cria a Ala dos Compositores. Seus grandes carnavais: em 1967, com o enredo O mundo Encantado de Monteiro Lobato; em 1968, com Samba Festa de um Povo; e em 1984, com um enredo de homenagem ao compositor João de Barro.<br /><br /><strong>Marcador</strong> – V. surdo de marcação.<br /><br /><strong>Marcha</strong> – Música de compasso binário, propriamente carnavalesca pelo sentido buliçoso do seu ritmo. Sua letra, de modo geral, é aproveitada para críticas ou ironias, resultando disso a preferência dos foliões em cantá-la nas ruas e clubes dançantes. “A marchinha é uma das modalidades da cantiga carnavalesca do Rio. É mais de Momo do que o samba que surge a qualquer tempo. Fora do carnaval, a marchinha é rara” (Edigar de Alencar – O Carnaval Carioca através da Música).<br /><br /><strong>Marcha-rancho</strong> – Música carnavalesca de ritmo lento e efeito repousante, de harmonia nos compassos, dizendo os maestros ter este gênero de composição musical uma atmosfera pastoral. “Embora menor em número, a marcha-rancho é talvez a mais expressiva e mais agradável composição carnavalesca, como ritmo e como cantiga” (Edigar de Alencar – O Carnaval Carioca através da Música).<br /><br /><strong>Máscaras</strong> – Peças de variados estilos, formatos e tamanhos, feitas de papelão, pano, cortiça, plástico, cera ou couro, com que se cobrem rostos para disfarces. Nos carnavais de antigamente, a influência era tanta que um terço da população saía às ruas de máscaras. No ano de 1835, no Rio de Janeiro, já se vendiam máscaras para o carnaval. A firma Boris & Irmãos, estabelecida na rua do Ouvidor, 128, anunciava no Jornal do Comércio, de 6 de fevereiro, um grande sortimento de máscaras, chegado recentemente da França “com expressões jocosas e de qualidade superior”. A partir de 1936 desapareceram os disfarces do rosto por determinação das autoridades policiais, como medida de segurança pública, ficando as máscaras de tamanho grande para decoração dos salões de bailes e as abrangentes de largos espaços para enfeite de ruas e avenidas durante o carnaval. Máscaras também eram chamadas as pessoas com o disfarce.<br /><br /><strong>Mascarada</strong> – Grupo de pândegos foliões disfarçados com máscaras.<br /><br /><strong>Mascarados</strong> – Foliões anônimos do carnaval de antigamente, isolados ou em grupos pequenos, fazendo carnaval de rua com disfarces dos mais variados estilos. “Mascarados que importância eles assumiam perante o seu espírito de criança. Tomava-os, na imaginação infantil, como seres reais que apareciam nas manhãs de domingo da qüinquagésima e se sumiam nas tardes de quarta-feira de Cinzas misteriosamente”. (Mário Sette – Maxambombas e Maracatus).<br /><br /><strong>Mestre de bateria</strong> – Regente de bateria de escola de samba. Antigamente era chamado de apitador porque regia seus subordinados trilando um apito.<br /><br /><strong>Mestre-sala</strong> – Figurante de rancho ou de escola de samba, com habilidades suficientes a projetá-lo individualmente entre os destaques de sua agremiação, pois os seus meneios garbosos, de reverência à porta-bandeira e aos assistentes projetam-no durante o desfile. Sua fantasia é rica e atraente: cabeleireira artisticamente penteada, vestimenta lembrando trajes da Corte de Luís XIV, nas mãos um leque adornado descrevendo movimentos de galanteador. Na sua exibição, o mestre-sala mostra-se elegantemente cortês nos passos e nos gestos. Houve época em que a figura do mestre-sala poderia ser representada por uma mulher, como aconteceu no carnaval carioca de 1921, quando Maria Adamastor foi muito aplaudida ao desfilar em um rancho. “De acordo com os antigos cronistas cariocas, foi o baiano Hilário Jovino Ferreira conhecido como Lalu de Ouro, que teve a primasia de introduzir a figura garbosa e astuta do mestre-sala nos ranchos do Rio de Janeiro. Ele foi o primeiro a desempenhar tal função no carnaval carioca, isso das últimas décadas do século passado ao princípio deste, recebendo calorosos aplausos pela bizarra coreografia, evoluindo e sapateando na ponta dos pés” (J. Muniz Jr. – Do Batuque à Escola de Samba). Hélio Laurindo Silva, mais conhecido por Delegado, da Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira, tornou-se o mais famoso mestre-sala do carnaval do Rio de Janeiro, por haver desfilado durante 26 anos consecutivos e sempre obtendo a nota máxima da comissão julgadora. É detentor de mais de 50 troféus e taças conferidos à sua gloriosa carreira de sambista.<br /><br /><strong>Micareta</strong> – Gíria baiana para designar o segundo carnaval da cidade de Feira de Santana, Bahia, festejado a Aleluia com o término da Semana Santa.<br /><br /><strong>Miudinho</strong> – Variante do samba partido alto, executada com a leve percussão dos movimentos de calcanhares e pontas dos pés.<br /><br /><strong>Música de carnaval</strong> – Composição musical (marcha, marcha-rancho, samba, batucada e até mesmo valsa) feita especialmente para o carnaval. Uma ou outra ultrapassa o período carnavalesco graças à consagração popular, ressurgindo em todos os carnavais, a exemplo de “Mamãe eu quero”, “Teu cabelo não nega” e “Máscara Negra”.<br /><br /><strong>Óculos</strong> – Disfarce feito de pano e material plástico, antigamente usado para evitar os esguichos do lança-perfume. Apareceram no carnaval de 1900.<br /><br /><strong>Olé</strong> – Repinicado contínuo de um surdo ou tarol, provocando um inesperado intervalo nas batidas dos instrumentos da bateria de uma escola de samba, até a sacudidela de todos os chocalhos e ganzás marcando a entrada do restante. Inovação introduzida pelo Mestre André, da Escola de Samba Mocidade Independente de Padre Miguel, do Rio de Janeiro. Às vezes, o olé é marcado pela cuíca.<br /><br /><strong>Omelê</strong> (ou omolê) – Instrumento de percussão, criado por Fustino Pedro da Conceição para substituir a cuíca, podendo ainda entrar na vaga de uma caixa-surda ou de um tamborim. O omelê não foi aprovado pelos diretores de bateria.<br /><br /><strong>Palhaço</strong> – Fantasia com máscara que resiste às inovações das brincadeiras carnavalescas, originária do antigo teatro bufo.<br /><br /><strong>Pandeirista</strong> – Tocador de pandeiro.<br /><br /><strong>Pandeiro</strong> – Instrumento de percussão, constituído de uma pele esticada num aro ou num quadrado de madeira ou de metal, com ou sem guisos, no qual se bate com as mãos e acrobaticamente com os cotovelos. É a parte da bateria de uma escola de samba, ocupando a quinta fila na ordem de colocação dos instrumentos para o desfile. Alguns ritmistas usam o pandeiro para demonstração dos seus dotes de malabaristas do samba.<br /><br /><strong>Pandeiro de ouro</strong> – Pandeirista filiado a uma Escola de Samba, eleito como o melhor do ano em julgamento que analisa ritmo e malabarismo. O primeiro concurso “Pandeiro de Ouro” foi realizado em 1965, vencendo Antônio Augusto, pandeirista da Escola de Samba Mocidade Independente de Padre Miguel.<br /><br /><strong>Pano</strong> – Estandarte; bandeira de rancho ou de cordão carnavalesco. “Ao jeito de batedores precediam o “pano” aproximadamente dois metros de comprimento por um de largura” (Jota Efegê – Ameno Resedá).<br /><br /><strong>Papier-macher</strong> (francesismo) – Pasta de papel e cola, consistente, de uso na fabricação artesanal de máscaras e adereços para o carnaval.<br /><br /><strong>Passarela</strong> – 1. Faixa de rua ou avenida destinada ao desfile de escolas de samba, clubes e blocos. 2. Espaço demarcado nos salões de baile para apresentação de fantasias carnavalescas.<br /><br /><strong>Passista</strong> – Integrante de escola de samba, clube de frevo ou de bloco que se exibe com total liberdade de movimentos numa coreografia dominada pelo improviso do malabarismo das pernas. “Como um improvisador emérito, o passista diz-no-pé o verdadeiro samba. Sempre criando e nunca imitando, riscando o chão com os passos mais incríveis num improviso virtuoso, exibindo uma arte espontânea e pura” (J. Muniz Jr. – Do Batuque à Escola de Samba).<br /><br /><strong>Passo</strong> – Dança arbitrária e essencialmente democrática figurada em saracoteios espontâneos a espantosa flexibilidade de corpo e destreza de pernas no ir e voltar, subir e descer, as negaças maliciosas de uma ginga destrosa que define a coreografia individualista do folião pernambucano, no envolvimento provocado por uma orquestra de frevo barriguinha, chã de bundinha, corrupio, dobradiça, chã de bandinha, saca-rolha, parafuso, peru na chapa quente, tesoura, cortando jaca, mulher carregando menino e frango assado. Em 1929, o pernambucano da Escada, Luís Rodrigues da Silva, juntamente com vários companheiros do I Batalhão de Caçadores, faz uma demonstração do passo na cidade de Petrópolis. No carnaval de 1935, passistas de frevo se apresentam na avenida Rio Branco, do Rio de Janeiro, animados pelo pernambucano Romeu de Paula.<br /><br /><strong>Passo contado</strong> – Coreografia de regras fixas, sem movimentos espontâneos, adotada em algumas escolas de samba no desfile.<br /><br /><strong>Passo marcado</strong> – Passo contado. Coreografia marcada em conjunto, sem espontaneidade.<br /><br /><strong>Pastora</strong> – Componente de ala de escola de samba, rancho ou bloco, geralmente com fantasia vistosa, dançando e cantando no conjunto da agremiação em desfile. “Originárias dos cordões de pastoris nordestinos, que dançavam pelas ruas no Natal, as pastorinhas acabaram integrando-se nos festejos carnavalescos, desfilando pelos ranchos, e passando posteriormente para as escolas de samba” (J. Muniz Jr. – Do Batuque à Escola de Samba).<br /><br /><strong>Peleja</strong> – Denominação da batalha de confete no começo da década de 20.<br /><br /><strong>Pierrô</strong> – Fantasia de carnaval inspirada no vestuário de personagem tradicional das pantomimas do teatro italiano. A escritora Eneida criou em 1959, no Rio de Janeiro, o Baile dos Pierrôs, realizado durante dez carnavais seguidos. Em 1967, seus conterrâneos do Pará, e em sua homenagem, realizaram em Belém um baile carnavalesco com mais de 1800 pierrôs.<br /><br /><strong>Pitombeiras dos Quatro-Cantos</strong> – Troça carnavalesca, fundada em 1947 na cidade de Olinda, Pernambuco, por foliões residentes no bairro dos Quatro Cantos. Nos dois primeiros carnavais de sua apresentação, os integrantes da troça saíram de dorsos nus e empunhando galhos de pitombeira, disto resultando o nome da agremiação. De 1949 em diante, a cada ano desfila com uma fantasia diferente, já com estandarte e música própria, e quase sempre com um tema no qual inclui alegorias.<br /><br /><strong>Porre</strong> – Líquido do lança-perfume borrifado num lenço e cheirado pelo folião, para sentir um ligeiro estado de ebriedade. Com o desaparecimento do lança-perfume, o vício foi esquecido.<br /><br /><strong>Porta-bandeira</strong> – Pastora privilegiada pela responsabilidade de conduzir a bandeira-símbolo de sua escola de samba, executando uma coreografia especial, quase um bailado clássico. Sua fantasia é luxuosa, lembrando trajes de rainha, e seu desempenho garboso e reverente é ponto de muita atração, fazendo com o mestre-sala o destaque maior do desfile. Não cantando durante sua exibição, a porta-bandeira é colocada entre duas alas responsáveis pelo espaço para ela evoluir. Há escolas de samba que apresentam uma segunda porta-bandeira, esta conduzindo a bandeira do desfile no ano anterior. “Embaixatriz do samba, ela tem que saber rodopiar nas pontas dos pés, evoluir rapidamente com a bandeira, esticando o pano para exibir o nome de sua escola e acompanhar a coreografia inventada na hora pelo mestre-sala. Sua ginga também deve ser diferente e no momento em que estiver apresentando a bandeira para os jurados, deve sorrir sempre, sem mostrar cansaço” (de uma reportagem da revista Veja, de 18.2.70). No carnaval de Niterói, de 1984, o decorador Raimundo dos Santos Oliveira, travestido de mulher, desfilou como porta-bandeira pela Escola de Samba Unidos do Gavião.<br /><br /><strong>Porta-cartaz</strong> – Condutor do cartaz de identificação de um bloco carnavalesco. É a primeira figura a puxar o desfile. Por tradição, os bloco, por bem organizados que sejam não têm bandeira ou estandarte.<br /><br /><strong>Porta-estandarte</strong> – Componente de clube de frevo, de rancho, de maracatu ou caboclinhos, encarregado de conduzir o pavilhão de sua agremiação durante o desfile no carnaval. Tradicionalmente, o porta-estandarte (homem ou mulher) veste fantasia à Luís XV: peruca branca, camisa rendada com babados, jaqueta de cetim bordada, pantalonas até o joelho, meias de cor e sapatos de fivelas brilhantes. Já foi comum um clube de frevo ter dois ou três porta-estandartes, para revezamento durante o desfile.<br /><br /><strong>Porta-machado</strong> – Jovem que acompanhava a porta-estandarte de um rancho, com a missão simbólica de protegê-la de investidas e agressões, quando dois grupos similares se encontravam numa rua ou praça de animação carnavalesca. Normalmente eram três porta-machados de cada lado da porta-estandarte, empunhando machadinhos. “Havia, então, para proteger a cobiçada figura do cortejo ao jeito de batedores, os “porta-machados”, geralmente meninos, que caminhando, dois ou três de cada lado dos importantes personagens do conjunto e empunhando o instrumento que lhes dava denominação...” (Jota Efegê – Ameno Resedá). Dessa proteção à porta-estandarte do rancho originou-se a coreografia dos mestres-salas. Também é chamado de porta-machado o aprendiz de mestre-sala.<br /><br /><strong>Portela</strong> – Escola de Samba do Rio de Janeiro, surgida em 1923 no subúrbio carioca de Oswaldo Cruz como bloco carnavalesco. Adotou o nome Portela em 1º.3.35, substituindo o antigo nome “Vai como pode”. Foi a primeira escola de samba a apresentar alegorias no desfile. Em 1930 cria Comissão de Frente uniformizada e no ano seguinte apresenta a novidade do samba-enredo. Seus carnavais de maior expressão: em 1941, com o enredo Dez anos de glória; em 1946, com Alvorada do Novo Mundo; em 1953, com Seis Datas Magnas, recebendo a nota máxima em todos os quesitos; em 1959, com Brasil, Panteom de Glórias; em 1966, com Memórias de um Sargento de Milícias.<br /><br /><strong>Praça da Apoteose</strong> – Recanto final do conjunto arquitetônico projetado por Oscar Niemeyer e construído no governo de Leonel Brizola, do Rio de Janeiro, inaugurado no domingo de carnaval (4 de março) de 1984. Nesse recanto, as escolas de samba cariocas encerram os seus desfiles, concentrando no estilo apoteótico todas as suas alas, alegorias, destaques e a bateria. “Com a Praça da Apoteose, o carnaval linear se transforma numa coreografia de massas: quatro, cinco mil pessoas cantando, tocando e dançando em bloco” (de uma reportagem da revista Manchete, de 24.3.84).<br /><br /><strong>Praça Onze</strong> – Antes da reurbanização do Rio de Janeiro, o logradouro preferido pelos moradores dos morros cariocas para suas reuniões boêmias, batucadas e manifestações carnavalescas. Local que serviu de palco para os primeiros desfiles dos grupos pioneiros que se transformariam em escolas de samba. “Já na década de 1900 a Praça Onze se tornava famosa, conhecida como uma Meca de Sambistas, onde podiam se encontrar blocos carnavalescos, participando de competições” (Amaury Jório/ Hiram Araújo – Escolas de Samba em Desfile). Em 1942, com a abertura da avenida Presidente Vargas, esse famoso reduto do carnaval carioca desapareceu, restando um pequeno histórico do antigo espaço freqüentado por sambistas. No carnaval de 1960, com a distribuição dos desfiles das Escolas de Samba do Rio de Janeiro em 3 grupos, de acordo com a categoria e classificação delas nos certames oficiais, a Praça Onze passou a servir aos desfiles do Grupo III.<br /><br /><strong>Prato</strong> (de banda) – Instrumento de percussão, apropriado às bandas de música, introduzido numa bateria de escola de samba, pela primeira vez, no carnaval carioca de 1955, para efeito de cadência militar no enredo “Exaltação a Caxias” apresentado pela Escola de Samba Império Serrano. Antes, na década de 20, alguns cordões do carnaval paulistano incluíam pratos no seu instrumental, só que eram batidos com uma baqueta e não no estilo tradicional de um prato contra outro.<br /><br /><strong>Prato</strong> (de cozinha) – Utensílio de uso doméstico, antigamente introduzido na bateria de escola de samba. Tocado com uma faca produzia som semelhante ao do reco-reco. Com o passar do tempo desapareceu.<br /><br /><strong>Préstito</strong> – Desfile organizado de carros alegóricos, antigamente a principal atração do carnaval carioca. “A beleza dos carros alegóricos, os carros de idéias e os de crítica, o luxo das fantasias, os fogos de artifício que os clubes geralmente queimavam em sua passagem, fez com que nascesse no povo um culto pelos préstitos carnavalescos” (Eneida – História do Carnaval Carioca). V. Clube de Alegorias. História.<br /><br /><strong>Prospecto</strong> – Folheto de papel ordinário com um samba impresso, cabendo ao autor da música distribuí-lo nas quadras de ensaio de sua escola de samba. O papelucho geralmente é financiado por um estabelecimento comercial que aproveita o expediente para uma propaganda.<br /><br /><strong>Puxador de ala</strong> – Pessoa encarregada de coordenar o avanço das alas de uma grêmio carnavalesco em desfile, principalmente nas escolas de samba que, por força de regulamento, têm limite de tempo para sua apresentação.<br /><br /><strong>Puxador de samba</strong> – Cantor de prestígio que interpreta o samba-enredo de sua escola de samba, durante o desfile. Não basta ter fôlego e possuir uma boa voz; deve saber levar o ritmo e a tonalidade adequados ao samba também cantado pelas pastoras. Com o crescimento do número de componentes em desfile, o puxador de samba passou a usar aparelhagem de som (microfone e amplificador).<br /><br /><strong>Rancho</strong> – Agremiação carnavalesca, derivada dos ternos e ranchos da época natalina ainda em exibição nas zonas rurais do Norte e Nordeste. A religiosidade da origem tomou feição recreativa, com dança e coreografia disciplinadas, tornando-se espetáculo do Carnaval, em decadência a partir de 1930 com o prestígio das escolas de samba. Tem gênero musical próprio: a marcha-rancho. O primeiro rancho a desfilar no Carnaval foi em 1873, no Rio de Janeiro.<br /><br /><strong>Reco-reco</strong> – Instrumento de percussão introduzido na bateria de uma escola de samba pela Portela. Feito de madeira com entalhes transversais sobre os quais se esfrega uma vareta. Originariamente feito de um gomo de bambu. Nas baterias já aparece de forma sofisticada, armado numa caixa de metal com uma mola esticada para produzir um som bastante estridante. No esquema de colocação dos instrumentos de uma bateria com muitos elementos, os reco-recos compõem a sexta fila.<br /><br /><strong>Rei Momo</strong> – Símbolo da grandeza do Carnaval, sempre representado por um folião muito gordo e de simpatia irradiante, vestindo fantasia vistosa, não faltando a coroa majestática. Segundo a mitologia dos gregos, Momo, filho do Sonho e da Noite, teria nascido do estado primitivo do mundo que é o Caos, influenciado pelas névoas e estrelas. Tomado pela irreverência, o zombador deus do Olimpo é o símbolo da boêmia. O primeiro Rei Momo brasileiro apareceu em 1932: um boneco gigante, feito de papelão colorido descansando a obesidade numa fivela dourada e cobrindo a cabeça com uma coroa de lata reluzente. No ano seguinte, por iniciativa do jornal “A Noite”, surge o Rei Momo de carne e osso, cabendo ao folião Francisco Morais Cardoso (redator de turfe), de 120 quilos de peso, servir como monarca da folia carioca. A partir de 1967 o Rei Momo do carnaval do Rio de Janeiro passa a ser regido pelo Decreto nº 1.455, devendo ter no mínimo 100 quilos, medir 1m65 ou mais de altura, ser maior de 21 anos e portador de reconhecida idoneidade moral, além de apresentar atestado de boa saúde. Pela primeira, no Recife e em 1965, num concurso organizado pela TV Jornal do Comércio para escolha do Rei Momo do carnaval pernambucano, o concorrente que obteve o 2º lugar foi declarado Vice-Rei Momo. Elísio da Conceição, mais conhecido como Macula, foi o primeiro Rei Momo de cor escura, eleito para o carnaval carioca de 1972.<br /><br /><strong>Reinado de Momo</strong> – Bailes, desfiles de escolas de samba, cortejos de clubes, blocos nas ruas, troças brincalhonas, mascarados e foliões fantasiados, música, tudo que tem sentido carnavalesco. Antigamente, o Reinado de Momo era de três dias, terminando na madrugada da quarta-feira de Cinzas. Atualmente, Momo reina por mais tempo porque o Carnaval começa muito antes do dia marcado no calendário. Na cidade de Olinda, Pernambuco, por decreto municipal o carnaval é de 11 dias.<br /><br /><strong>Repinique</strong> – Surdo de tamanho pequeno, integrante do instrumental de uma escola de samba.<br /><br /><strong>Ritmista</strong> – Passista de escola de samba, integrante ou não da bateria, que executa o seu instrumento de percussão enquanto apresenta passos e meneios de sua livre coreografia.<br /><br /><strong>Samba</strong> – 1. Baile popular urbano e rural, sinônimo de pagode, função, fobó, arrasta-pé, balança-flandre, forrobodó, fungangá. 2. Gênero de música popular em todo o Brasil. 3. Dança de roda, inicialmente o mesmo batuque, dançado, como elemento citadino, com par enlaçado. Danças com umbigadas vieram para a América Latina com outros nomes: lundu, lariate, calenda, batuque (batuque comum, batuque paulista, goiano, cateretê) etc. Também coco, dança de roda, com solista no meio, incluía a umbigada, assim como o esquecido baiano ou baião. Samba é nome angolano, que teve sua ampliação e vulgarização no Brasil, consagrando-se na primeira década do século XIX. Miguel do Sacramento Lopes Gama, em O Carapuceiro (nº 6, Recife, 3 fev. 1838), esbraveja indignado contra o samba d´almocreves, e no nº 64, de 12 nov. 1842, registra:<br /><br /><span style="font-family:times new roman;"><strong>Aqui pelo nosso mato,<br />Qu´estava então mui tatamba,<br />Não se sabia outra cousa<br />Senão a Dança do Samba.<br /></strong></span><br /><span style="font-family:times new roman;"><strong>O nome, entretanto, teve vulgarização lenta, e apenas em 1916 apareceu a primeira música impressa (“Pelo Telefone”, de Ernesto Sousa, Donga, Rio de Janeiro) em que era mencionado. O samba possui atualmente uma grande variedade de tipos e de formas, rurais e urbanas, e, no Rio de Janeiro, até samba de morro, por vezes com a denominação de batucada. “Desde os primeiros tempos, os missionários combateram violentamente essa dança, por ser indecente. Nisso se distinguiram sobretudo os capuchinhos, de propaganda fide, de Roma. Não conseguiram, porém, aboli-la, por ser apaixonadamente apreciada por todos os habitantes”. (Viagem no Interior do Brasil, Rio de Janeiro, 1951). Pohl viu a dança em vários pontos de Minas Gerais e Goiás. É visivelmente o samba. Édison Carneiro estudou, em Samba de Umbigada (Rio de Janeiro, 1961), os motivos coreográficos tambor-de-crioula, bambelô, coco, samba-de-roda, partido-alto, samba-lenço, batuque e jongo-caxambu, com excelente técnica de exposição do comunicante. Na espécie, impõe-se a leitura aos interessados.</strong></span><br /><br /><strong>Samba atravessado</strong> – Canto desencontrado entre alas de uma escola de samba, com prejuízo na contagem de pontos. “O outro problema da Portela, ocorrido no desfile (1972), foi que os aparelhos de rádio distribuídos entre os integrantes da escola não deram o resultado que se esperava e o samba atravessou” (Sérgio Cabral – As Escolas de Samba).<br /><br /><strong>Samba de carnaval</strong> – Gênero de música urbana, criado e aplicado às festas carnavalescas, de ritmo batucado por influência das danças e folguedos herdados dos descendentes dos negros africanos, embora os primeiros sambas compostos para consumo no carnaval tenham surgido sob o signo do maxixe, a exemplo do antológico Pelo Telefone, de Donga e Mauro de Almeida, lançado em 1916.<br /><br /><strong>Samba de morro</strong> – Samba composto por moradores dos morros cariocas, geralmente para animar ensaios de passistas e da bateria de uma escola. Assim chamado porque, com o crescimento imobiliário do Rio de Janeiro, a partir da década de 30, impondo o aproveitamento de todas as áreas urbanas da cidade, os negros fixaram residência nos morros e neles continuaram as suas rodas de samba, antes realizadas de preferência no bairro da Saúde e na Praça Onze e adjacências.<br /><br /><strong>Samba-enredo</strong> – Música e letra compostas por sambistas ligados à Ala dos Compositores de uma escola de samba, com base em motivos históricos ou lendários, também sobre figuras de realce na cultura brasileira ou do melhor conceito popular. “... a necessidade de resumir os temas históricos para claro entendimento de um público sem qualquer informação prévia dos assuntos escolhidos, levou os letristas das escolas de samba a comporem verdadeiros poemas épicos” (José Ramos Tinhorão – Pequena História da Música Popular). Historicamente, o primeiro samba-enredo – Academia do Samba – surgiu no carnaval carioca de 1931, apresentado pelo bloco Vai Como Pode (depois Escola de Samba Portela). Em 1969, a Escola de Samba Salgueiro, do Rio de Janeiro, com o enredo Bahia d Todos os Deuses introduziu o samba-enredo curto.<br /><br /><strong>Samba no pé</strong> – Malabarismo de sambista sempre espontâneo e executado no desfile da escola de samba. “E de improvisador, de criador que era, mostrando o samba-no-pé-, transformou-se num malabarista, num presepeiro ou cômico” (J. Muniz Jr. – Do Batuque à Escola de Samba).<br /><br /><strong>Sambista</strong> – Componente (homem) de escola de samba que “diz no pé”, canta, compõe ou toca instrumento de percussão. “... é uma Escola que vem se firmando, sobretudo em razão de possuir em seus quadros os mais experimentados sambistas” (Amaury Jório/Hiram Araújo – Escolas de Samba em Desfile).<br /><br /><strong>Sambódromo</strong> – Nome dado pelo povo carioca ao conjunto arquitetônico construído na avenida Marquês de Sapucaí, na cidade do Rio de Janeiro, destinado a acomodar os assistentes do grande desfile das escolas de samba.<br /><br /><strong>Seringa</strong> – Instrumento rústico, fabricado com folha de flandres, usado nas brincadeiras do entrudo. Levantado ao alto com as duas mãos, com o cabo de madeira apoiado na barriga do seu portador, a seringa é pressionada gradualmente e um esguicho lança água nas pessoas postadas nas varandas dos sobrados ou que passam a certa distância nas ruas. “Vinha vindo um troço de colegas que carregavam para o entrudo seringas de flandre e bexigas de dar clister em cavalo, com um jato capaz de derrubar um cristão” (José Américo de Almeida – Memórias).<br /><br /><strong>Serpentina</strong> – Fita estreita de papel, muito comprida e de cores variadas enrolada em forma de disco que se desenrola em arremesso nos festejos carnavalescos. Surgiu no carnaval de 1892. “A avenida é o mar dos foliões. Serpentinas cortam o ar carregado de éter, rolam das sacadas, pendem das árvores e dos fios, unem com seus matizes os automóveis do corso” (Marques Rebelo, no romance Marafa).<br /><br /><strong>Surdo centralizador</strong> – Tambor que fica no centro de uma bateria de escola de samba. Sua função é a de centralizar o ritmo, evitando o atravessamento quando o conjunto de instrumentistas é muito grande.<br /><br /><strong>Surdo de corte</strong> – Tambor de tamanho médio, servindo na bateria como auxiliar na marcação dirigida pelo surdão.<br /><br /><strong>Surdo de marcação</strong> – Tambor de tamanho grande, de sonoridade abafada, tocado para marcar o ritmo em sintonia com outro instrumento do mesmo estilo e categoria. Sua participação é indispensável porque constitui a invariante no conjunto. Faz parte do grupo chamado de “couros pesados”. Sua posição na bateria de uma escola de samba é nas extremidades. O surdo de marcação surgiu quando as baterias cresceram muito o número de seus integrantes.<br /><br /><strong>Surdo de repicar</strong> – Tambor de tamanho médio, de som metálico, que preenche as batidas do ritmo conjuntamente com os surdos de marcação, entre os quais toma posição numa bateria de escola de samba. Outro instrumento integrante do grupo de “couros pesados”.<br /><br /><strong>Tamborim</strong> – Pequeno tambor de tamanho mais comprido e mais estreito que o tipo comum. Instrumento componente do grupo de miudezas de uma bateria de escola de samba. Na ordem de colocação dos instrumentos para o desfile, os tamborins ocupam a terceira fila.<br /><br /><strong>Tarol</strong> – Tambor de feitio achatado, componente da orquestra do maracatu, da fanfarra e da bateria de escola de samba. Nesta, na ordem de colocação dos instrumentos para o desfile, os taróis ocupam as nona e décima filas. Como integrante de uma fanfarra (orquestra de frevo), o tarol foi introduzido em 1901 pelo Clube dos Caiadores, do Recife. Dado o acorde final de um frevo-de-rua, o tarol (juntamente com o surdo) continua rufando, estabelecendo um pequeno intervalo para a orquestra e os passistas descansarem até a introdução de outra música do mesmo gênero.<br /><br /><strong>Tia Ciata</strong> – Baiana festeira, babalaô-mirim respeitada que residiu na casa 117 da rua Visconde de Itaúna (proximidades da Praça Onze), no Rio de Janeiro. Também conhecida por Siata, Asseata, Asseiata ou Assiata. Nome de batismo: Hilária Batista de Almeida. Na sua casa, nas décadas de 10 e 20, promovia animadas rodas de samba com a participação de macumbeiros, pais de santo e sobretudo boêmios ligados aos ranchos e cordões carnavalescos, muitos deles compositores, inclusive Pixinguinha, Sinhô, Donga e João da Mata. Numa dessas reuniões, em fins de 1916, foi composto o samba “Pelo Telefone” por Donga e Mauro Almeida. “Os sambas na casa de Asseiata eram importantíssimos por que, em geral quando eles nasciam no alto do morro, na casa dela é que se tornavam conhecidos na roda. Lá é que eles se popularizavam, lá é que eles sofriam a crítica dos catedráticos” (Francisco Guimarães (Vagalume) – Na Roda do Samba).<br /><br /><strong>Tias</strong> – Carinhosamente assim chamadas as baianas radicadas no Rio de Janeiro, no fim do século passado, que se notabilizaram pelo seu entusiasmo às rodas de samba e ao carnaval. As que mais se destacaram: Tia Rosa, Tia Ciata, Tia Sadata, Tia Bebiana, Tia Amélia (mãe do compositor Donga), Tia Perciliana (Mãe do compositor João da Baiana), Tia Neném do Buzunga, Tia Doninha, Tia Zezé, Tia Odete, Tia Perpétua, Tia Veridiana e Tia Gracinda. “Antigamente, todos os ranchos que saíam no Carnaval tinham uma obrigação – a de irem cumprimentar a Tia Ciata e a Tia Bebiana. (...) Tratava-se de compromisso tão sério que o rancho que não o fizesse era considerado como não tendo saído no carnaval” (de uma reportagem publicada no Jornal do Brasil de 8.3.21). Em São Paulo, Tia Olímpia angariou muito prestígio no bairro da Barra Funda.<br /><br /><strong>Tímbalo</strong> – Tambor formado por uma caixa semi-esférica, coberta por uma pele fortemente retesada, que produz sons diversos conforme a batida com baquetas. De vez em quando, sem regra definida, o tímbalo é introduzido na bateria de escola de samba.<br /><br /><strong>Trote</strong> – Indiscrição dirigida por mascarado a alguém que dele se aproximava. A brincadeira do “você me conhece?”, dita em falsete pelo folião com disfarce para não ser reconhecido. “Trotes passados por grupos de caras escondidas, na melhor tradição do antigo entrudo, e cujo humor ia do dito de espírito à mais deslavada grossura” (Mário Lago – Na Rolança do Tempo).<br /><br /><strong>Vareta</strong> – Peça de madeira, guarnecida de pano ou couro numa de suas extremidades, usada para bater em instrumentos de percussão.<br /><br /><strong>Velha-Guarda</strong> – Grupo de velhos sambistas de uma escola de samba.<br /><br /><strong>Verde-Rosa</strong> – Apelido da Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira, do Rio de Janeiro, referindo-se às cores oficiais da agremiação, escolhidas pelo compositor Cartola que as viu, quando menino, como símbolo do Rancho Arrepiado, do subúrbio carioca das Laranjeiras.<br /><br /><strong>Zabumba</strong> – 1. Grupo de instrumentos barulhentos que, antigamente, animava a troça carnavalesca do Zé Pereira. 2. Grandes tambores, no passado de fabricação artesanal, integrantes de uma orquestra de maracatu, também chamados de bombos. “Maracatus com cheiro de século passam deixando um barulho ensurdecedor de zabumbas” (Evandro Rabelo – trecho da nota de apresentação do livreto Nóis sofre mas nóis goza!).<br /><br /><strong>Zé Pereira</strong> – 1. Apelido dado ao português José Nogueira de Azevedo Paredes, sapateiro no Rio de Janeiro, com oficina instalada na rua São José, 22. Na segunda-feira do carnaval de 1846 ele juntou amigos e realizam barulhenta passeata pelas ruas, improvisando uma zabumba com os recursos do momento. Origem do nome Zé Pereira: na primeira saída da barulhenta troça, os companheiros do português sapateiro, dominados pela bebida que foram ingerindo durante o passeio, trocam o nome do chefe do grupo e dão vivas a Zé Pereira em vez de Zé Nogueira. Por muitos anos, outros grupos já denominados de “Zé Pereira” fizeram abertura do carnaval com barulhentas passeatas. 2. Arranjo musical de ritmo sacudido e linha melódica de efeito ribombante, preparado em 1869 pelo ator Francisco Correa Vasques de uma canção da peça francesa “Lês Pompiers de Nanterre”, incluíddo no espetáculo “Zé Pereira Carnavalesco”, encenado no Teatro Fênix Dramática. Atualmente, esta versão é executada na abertura de bailes carnavalescos realizados em clubes tradicionais. “O Zé Pereira foi durante mais de meio século grande fator de animação dos folguedos carnavalescos de rua. Era mesmo um dos índices avaliadores do entusiasmo da festa. Pode-se dizer que foi a primeira manifestação autônoma de música no carnaval carioca” (Edigar de Alencar – O Carnaval Carioca através da Música). A figura barulhenta do Zé Pereira reaparece, em 1981, no carnaval do Rio de Janeiro, eleito em concurso realizado pela Riotur.</span></div>Paulo de Almeida Ouriveshttp://www.blogger.com/profile/15165174187982815954noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2496374077845675499.post-88990350563235269642007-09-08T08:04:00.002-07:002007-09-08T16:20:07.487-07:0007 - BIBLIOGRAFIA<div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><strong>Livros:<br /></strong>FERREIRA, Maria Nazareth – <em><strong>As festas populares na expansão do Turismo, a experiência italiana</strong></em> – Editora Arte & Ciência, 1ª edição, 2001.<br />RODRIGUES, Hervê Salgado – <strong><em>Na Taba dos Goytacazes</em></strong> – Imprensa Oficial, 1ª edição, 1988.<br />SOUSA, Horácio – <strong><em>Cyclo Áureo, História do Primeiro Centenário de Campos – 1835-1935</em></strong> – Editora, 2ª Edição, 1985.<br />MELO, José Marques de – <strong><em>As festas populares como processos comunicacionais: Roteiro para o seu inventário, no Brasil, no limiar do século XXI</em></strong>, Editora, Edição, Ano.<br />ALMEIDA, Jorge da Paz (Jorge Chinês) – <strong><em>Campos: 50 anos de carnaval</em></strong> – Escola de Artes Gráficas Lar Cristão, 2ª Edição, 1992.<br />CASCUDO, Luís da Câmara – <strong><em>Dicionário do Folclore Brasileiro</em></strong>, Global Editora, 9ª Edição, 2000.<br />NICÈAS, Alcides – <strong><em>Verbetes pra um dicionário do carnaval brasileiro</em></strong>, Fundação Ubaldino do Amaral, 1ª Edição, 1991.<br /><br /><strong>Periódicos:<br /></strong>Revista Nossa História – Ano 1, nº 4, fevereiro, 2004 – Editada pela Biblioteca Nacional.<br />Revista Ensaio Geral – Ano VIII – nº 12, dezembro, 2003 – Informativo da Liesa (Liga Independente das Escolas de Samba) – Íris Editora, RJ.<br /><br /><strong>Internet:<br /></strong></span><a href="http://oglobo.globo.com/especiais/carnaval/historia_rj.asp"><span style="font-family:trebuchet ms;color:#000000;"><strong>http://oglobo.globo.com/especiais/carnaval/historia_rj.asp</strong></span></a><span style="font-family:trebuchet ms;color:#000000;"><strong>.<br /></strong></span><a href="http://carsaniga.sites.uol.com.br/carnaval2004/sambas.asp"><span style="font-family:trebuchet ms;color:#000000;"><strong>http://carsaniga.sites.uol.com.br/carnaval2004/sambas.asp</strong></span></a><span style="font-family:trebuchet ms;color:#000000;"><strong><br /></strong></span><a href="http://www.liesa.com.br/"><span style="font-family:trebuchet ms;color:#000000;"><strong>http://www.liesa.com.br/</strong></span></a><span style="font-family:trebuchet ms;color:#000000;"><strong><br /></strong></span><a href="http://www.mangueira.com.br/"><span style="font-family:trebuchet ms;color:#000000;"><strong>http://www.mangueira.com.br/</strong></span></a><span style="font-family:trebuchet ms;color:#000000;"><strong><br /></strong></span><a href="http://www.geocities.com/aochiadobrasileiro/Musicas/Oabrealas.htm"><span style="font-family:trebuchet ms;color:#000000;"><strong>http://www.geocities.com/aochiadobrasileiro/Musicas/Oabrealas.htm</strong></span></a><span style="font-family:trebuchet ms;color:#000000;"><strong><br /></strong></span><a href="http://www.eucantosamba.blogger.com.br/"><span style="font-family:trebuchet ms;color:#000000;"><strong>http://www.eucantosamba.blogger.com.br/</strong></span></a><span style="font-family:trebuchet ms;color:#000000;"><strong><br /></strong></span><a href="http://www.geocities.com/chaleregina/Historia/Historiadosamba.htm"><span style="font-family:trebuchet ms;color:#000000;"><strong>http://www.geocities.com/chaleregina/Historia/Historiadosamba.htm</strong></span></a><span style="font-family:trebuchet ms;color:#000000;"><strong><br /></strong></span><a href="http://www.mangueira.com.br/m_h_ocarnavais_sambaenredo.htm"><span style="font-family:trebuchet ms;color:#000000;"><strong>http://www.mangueira.com.br/m_h_ocarnavais_sambaenredo.htm</strong></span></a><span style="font-family:trebuchet ms;color:#000000;"><strong><br /></strong></span><a href="http://www.gresportela.com/index2.html"><span style="font-family:trebuchet ms;color:#000000;"><strong>http://www.gresportela.com/index2.html</strong></span></a><span style="font-family:trebuchet ms;color:#000000;"><strong><br /></strong></span><a href="http://www.infoamerica.org/teoria/andrade1.htm" target="_top"><span style="font-family:trebuchet ms;color:#000000;"><strong>http://www.infoamerica.org/teoria/andrade1.htm</strong></span></a></div>Paulo de Almeida Ouriveshttp://www.blogger.com/profile/15165174187982815954noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2496374077845675499.post-15846498007773808952007-09-08T08:04:00.001-07:002007-09-19T02:46:33.870-07:0008 – ADENDOS<div align="center"><strong>Solsticio de Inverno - O nascimento do Sol</strong><br /><br />Por <em>Evelyn Levy Torrence</em> </div><div align="justify"><br /><span style="font-family:trebuchet ms;">Há milhares de anos a humanidade festeja o nascimento do sol como sendo o acontecimento mais importante da Terra.<br />O chamado Solsticio de Inverno acontece anualmente no periodo que varia de 17 a 25 de dezembro, dependendo do ciclo solar de cada ano.<br />Este ano de 2001, o nascimento do sol irá acontecer no dia 21 de dezembro (normalmente a data é 21 de dezembro).<br />Muitas adaptaçoes e má interpretaçoes historicas foram realizadas por nossa civilizaçao, com bases nessa data tao importante de dezembro.<br />A comemoraçao do solsticio de inverno foi totalmente modificada e readaptada pelo Imperio Romano e as geraçoes subsequentes e esse Imperio. Foi em Roma que o solsticio passou a ser conhecido como sendo a data fixa do nascimento do salvador da humanidade, do filho de Deus e nao mais do Sol, filho da Luz. Foi no ano de 336 de nossa era, que o Imperador Romano Constantino I, aproveitando os festejos do solsticio da luz, anunciou para os povos do imperio a nova religiao de Roma e contou a historia de seu salvador.Essa religiao tomou como base para sua formaçao, muitas das valiosas e preciosas informaçoes mais antigas. O nascimento do filho humano de Deus na Terra na mesma data do nascimento do sol, foi uma dessas adaptaçoes feitas para a nossa era. Roma simplemente usou uma data que já existia como festejo tradicional dos povos e criou um novo motivo para as pessoas de todas as religioes continuarem comemorando.<br />Desde que Roma modificou os motivos dos festejos, o solsticio perdeu o seu significado real e com o tempo, este festejo passou a ser comemorado como o "Nascimento do filho de Deus", essa data que hoje conhecemos como Natal.<br />Foi a partir dos significados misticos e das informaçoes sagradas deixadas pelas antigas civilizaçoes, que o Imperio de Roma construiu as bases de sustentaçao para a formaçao de sua religiao, até entáo inexistente. Com as informaçoes sagradas, foi mais facil tornar possivel a modificaçao das "historias" sobre o nascimento, crucificaçao e ressureiçao de um filho de Deus na Terra.<br />Baseando-se nos escritos antigos encontrados na India, no Egyto, nas escolas iniciaticas antepassadas e nos templos sagrados, que os ministros de Roma elaboraram uma religiao para o até entao imperio pagao. Roma era um imperio que recolhia taxas dos territorios ocupados pelo Imperador e nao um imperio religioso. Roma era uma potencia de guerra que implantava um poderoso comercio financeiro entre os povos. Até Constantino I, Roma deixava os territorios ocupados livres para praticarem suas religioes, depois de Constantino, Roma passou a ser conhecida como sede da religiao Catolico Apostolica Romana.<br />Muitas das informaçoes sobre o nascimento da luz pela virgem mae na Terra, sobre os seres de luz que estavam na Terra, sobre os mestres que curavam, andam sobre as aguas e ressucitavam. Quase todas as informaçoes verdadeiras foram recolhidas pelo imperio. foram interpretadas e readaptadas pelos ministros do imperador com o intuito de formatar uma religiao unica para o Imperio.<br />O solsticio de inverno era uma data comemorada por todos os povos de todas as religioes pois se tratava do nascimento do novo ciclo do sol sob a Terra. Essas informaçoes do solsticio ainda estao registradas nas paredes dos monumentos egypcios e nos registros dos indianos. O solsticio tambem estava registrado nas antigas escrituras sagradas e em muitos livros que foram destruidos e queimados pelo Imperio Romano.<br />Muito em breve essas informaçoes virao a tona novamente...<br />Quem estudar com mais atençao e consciencia, irá ver claramente como que o imperio Romano adaptou, modificou e aproveitou as datas comemorativas que já existiam, para reescrever a propria historia.<br />É sabido tambem, que aquele que chamam de Jesus Cristo (seu verdadeiro nome de fato nao importa), nao nasceu em 25 de dezembro como dizem os "boatos"... Nem na propria biblia existe a data correta deste suposto nascimento. Segundo a biblia, esse ser sem registros nasceu em algum momento entre agosto e setembro, no ano de 7 Antes de Cristo (antes dele mesmo)... Ou algo parecido...<br />Foi através da formaçao do que ficou registrado em Roma como o concilio de Niceia, concilio formado por 800 dos mais sabios ministros de Roma, que Roma mudou toda a historia da humanidade. Esse concilio foi criado pelo imperio Romano no ano de 336 com o intuito de criar uma religiao oficial para o imperio. Roma elaborou nao somente um novo calendário para o mundo, como tambem mudou o rumo da humanidade, atirando as pessoas no que nos chamamos de era da escuridao. Foi a partir do controvertido livro religioso criado pelo concilio de Niceia, que perdemos completamente a consciencia de quem de fato somos. Essas confusoes foram e sao motivo de muitas guerras que ainda acontecem no mundo. Atualmente sao mais de 2500 diferentes religioes que interpretam a biblia de formas contrarias a Roma.<br />A biblia demorou 4 anos para ser escrita e elaborada e nela estao reunidas muitas informaçoes sagradas, porem essas mensagens e codigos estao misturados com informaçoes manipuladas pelas mentes mais dominadoras.<br />Se esse livro nao tivesse sido elaborado e o imperio nao tivesse recolhido e destruido as informaçoes sagrads, tudo seria muito mais simples e facil de ser entendido por todos agora.<br />Nao há misterios na vida, a nao ser que se criem segredos...<br />As civilizaçoes mais antigas consideravam o Sol como sendo o filho da luz, a luz para aqueles povos representava Deus em vida.<br />Entre os druitas por exemplo, o solsticio era comemorado como o dia da fertilidade. Muitas virgem escolhiam essa data para perderem sua virgindade e muitas mulheres tentavam engravidar no mesmo dia do nascimento do sol.<br />Entre os povos asiaticos, o solsticio era representado por um velho de barbas brancas e roupagem vermelha e branca. Esse ser representava Deus na Terra e os asiaticos acreditavam que esse Deus encarnado trazia para a humanidade o seu filho sol.<br />Na astrologia esta data do solsticio é reconhecida como o dia em que o sol atinge o seu grau minimo de luminosidade na Terra. Por esse motivo, os magistas e filosofos chamam esse dia de dia do renascimento da luz... Depois do dia 21 de dezembro, o sol renasce e recomeça o seu ciclo em torno do planeta.<br />Os Egypcios festejavam o solsticio com rituais de magia que envolviam os cultivos de sementes e as fecundaçoes...<br />Os Indianos festejavam o sulsticio transcendendo os corpos em rituais dimensionais magicos...<br />Os Mayas elaboraram um perfeito calendario usando o solsticio como o inicio do ciclo do sol e da lua na Terra... Nos periodos de 21 de dezembro e 21 de junho, a radiaçao do sol na Terra atinge o seu momento maximo e os Mayas projetaram esses ciclos num calendario que vai até o dia 21 de dezembro de 2012.<br />O imperio Romano utilizou de uma inteligente malefica, optando em utilizar essas informaçoes sobre o nascimento da luz, para anunciar o nascimento de seu salvador na mesma data tambem. Foi muito facil mudar apenas o motivo das comemoraçoes.<br />Quando juntamos as peças da historia, percebemos mais claramente os motivos e as intençoes dos que manipularam as informaçoes.<br />Os povos que habitavam as americas, nao festejavam o solsticio de inverno em dezembro porque o sol atua diferente na área das Americas. Os incas mais antigos e os indigenas comemoravam o solsticio de inverno no dia 21 de junho e o solsticio de verao no dia 21 de dezembro.<br />As comemoraçoes chamadas natalinas que nossa civilizaçao festeja em dezembro, só foram exportadas para as Americas na época da catequizaçao indigena.<br />As comemoraçoes natalinas se tornaram a maior oportunidade de negocios do mundo... Tanto religiosamente quando economicamente falando, essa historia de colocar o nascimento do filho de Deus na mesma epoca das comemoraçoes do nascimento do sol, rende até os dias de hoje para o imperio Romano, para a industria que foi criada a partir das taxaçoes de impostos e para o comercio da fé, alguns trilhoes de dolares em moeda e em doaçoes energicas humana.<br />E se nao tivessemos mais Natal??<br />E se voltassemos a comemorar o solsticio da luz como era comemorado em nosso esquecido passado??<br />Alegria, danças, frutas, flores, amigos, amores... Da luz do sol a luz da lua, assim se comemorava o nascimento da vida.<br />A partir deste ano, nao festejarei mais o convencional natal. Essa é mais uma algema que me livro nesta vida! Comemoro sim, o renascimento da vida todos os dias.<br />Sem religioes, sem rituais, sem regras e sem condiçoes sociais, no dia 21 de dezembro vamos festejar novamente o renascimento do sol e saldar incondicionalmente esse novo ciclo da luz que se inicia na Terra.<br />Esse novo ciclo será muito valioso para nós. Estejam prontos para a vida.<br />Tenham todos um excelente solsticio da luz.<br />Dia 21 de dezembro, saldemos o renascimento de todos nós!!<br />Incondicionalmente,<br />Evelyn<br /></span><br /><a href="http://www.vivendodaluz.com/PT/articles/solsticio_de_inverno.html">http://www.vivendodaluz.com/PT/articles/solsticio_de_inverno.html</a> </div>Paulo de Almeida Ouriveshttp://www.blogger.com/profile/15165174187982815954noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2496374077845675499.post-15922210097648784862007-09-08T08:03:00.000-07:002007-09-21T03:22:26.111-07:0009 – MAIS FOTOS<div align="center"><a href="http://bp2.blogger.com/_hNrb6vQYaLY/RvOU11YeNTI/AAAAAAAAAvU/9LQU8hPheZs/s1600-h/corso_cavalo.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5112593654579344690" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://bp2.blogger.com/_hNrb6vQYaLY/RvOU11YeNTI/AAAAAAAAAvU/9LQU8hPheZs/s320/corso_cavalo.jpg" border="0" /></a><strong>Corso à cavalo.</strong> </div><br /><br /><br /><div align="center"><a href="http://bp3.blogger.com/_hNrb6vQYaLY/RvOUvFYeNSI/AAAAAAAAAvM/2GnH2q438Ts/s1600-h/carro_alegorico_2.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5112593538615227682" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://bp3.blogger.com/_hNrb6vQYaLY/RvOUvFYeNSI/AAAAAAAAAvM/2GnH2q438Ts/s320/carro_alegorico_2.jpg" border="0" /></a><strong>Carros alegóricos.</strong> </div><br /><br /><br /><div align="center"><a href="http://bp3.blogger.com/_hNrb6vQYaLY/RvOUpFYeNRI/AAAAAAAAAvE/yD0f5xmLwWA/s1600-h/cordões_01.bmp"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5112593435536012562" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://bp3.blogger.com/_hNrb6vQYaLY/RvOUpFYeNRI/AAAAAAAAAvE/yD0f5xmLwWA/s320/cord%C3%B5es_01.bmp" border="0" /></a> <strong>Cordões de mascarados.</strong><br /><br /><br /><a href="http://bp2.blogger.com/_hNrb6vQYaLY/RvOUW1YeNQI/AAAAAAAAAu8/0bS_vJ8yORo/s1600-h/Carnaval_Campos_01.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5112593122003399938" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://bp2.blogger.com/_hNrb6vQYaLY/RvOUW1YeNQI/AAAAAAAAAu8/0bS_vJ8yORo/s320/Carnaval_Campos_01.jpg" border="0" /></a><strong>Escolas de samba.</strong><br /><br /><br /><a href="http://bp3.blogger.com/_hNrb6vQYaLY/RvOTZFYeNPI/AAAAAAAAAu0/VVQHHXtppXU/s1600-h/As_Ouro_02.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5112592061146477810" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://bp3.blogger.com/_hNrb6vQYaLY/RvOTZFYeNPI/AAAAAAAAAu0/VVQHHXtppXU/s320/As_Ouro_02.jpg" border="0" /></a><strong> G. R. E. S. Ás de Ouro.</strong><br /><br /><br /><br /><div><a href="http://bp2.blogger.com/_hNrb6vQYaLY/RvOTR1YeNOI/AAAAAAAAAus/k1uYnlAYdRI/s1600-h/Uniao_Esperança.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5112591936592426210" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://bp2.blogger.com/_hNrb6vQYaLY/RvOTR1YeNOI/AAAAAAAAAus/k1uYnlAYdRI/s320/Uniao_Esperan%C3%A7a.jpg" border="0" /></a><strong> G. R. E. S. União da Esperança.</strong><br /><br /><br /><div><a href="http://bp1.blogger.com/_hNrb6vQYaLY/RvOTFlYeNNI/AAAAAAAAAuk/f5BtSuMiGCM/s1600-h/Homenageado_GAROTINHO.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5112591726139028690" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://bp1.blogger.com/_hNrb6vQYaLY/RvOTFlYeNNI/AAAAAAAAAuk/f5BtSuMiGCM/s320/Homenageado_GAROTINHO.JPG" border="0" /></a><strong> Ex-prefeito de Campos, Anthony Garotinho.</strong><br /><br /><br /><br /><div><a href="http://bp2.blogger.com/_hNrb6vQYaLY/RvOS_1YeNMI/AAAAAAAAAuc/_wZc_mCup58/s1600-h/Homenageado_Arnaldo_Vianna_1.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5112591627354780866" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://bp2.blogger.com/_hNrb6vQYaLY/RvOS_1YeNMI/AAAAAAAAAuc/_wZc_mCup58/s320/Homenageado_Arnaldo_Vianna_1.jpg" border="0" /></a><br /><strong>Ex-prefeito de Campos, Arnaldo Vianna.</strong><br /><br /><br /><br /><div><a href="http://bp3.blogger.com/_hNrb6vQYaLY/RvOS7FYeNLI/AAAAAAAAAuU/o--PgIqt0Jo/s1600-h/Homenageado_Geraldo_Pudim.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5112591545750402226" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://bp3.blogger.com/_hNrb6vQYaLY/RvOS7FYeNLI/AAAAAAAAAuU/o--PgIqt0Jo/s320/Homenageado_Geraldo_Pudim.jpg" border="0" /></a><br /><strong>Ex-vice-prefeito Geraldo Pudim.</strong><br /><br /><br /><div><a href="http://bp3.blogger.com/_hNrb6vQYaLY/RvOSfFYeNKI/AAAAAAAAAuM/X0WNmVps8h0/s1600-h/Homenageado_Paulo_Albernaz_2.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5112591064714065058" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://bp3.blogger.com/_hNrb6vQYaLY/RvOSfFYeNKI/AAAAAAAAAuM/X0WNmVps8h0/s320/Homenageado_Paulo_Albernaz_2.jpg" border="0" /></a><br /><strong>Ex-deputado estadual, Paulo Albernaz.</strong><br /><br /><br /><div><a href="http://bp2.blogger.com/_hNrb6vQYaLY/RvOSY1YeNJI/AAAAAAAAAuE/vFrTmhghpRI/s1600-h/Homenageado_Toninho_Vianna_1.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5112590957339882642" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://bp2.blogger.com/_hNrb6vQYaLY/RvOSY1YeNJI/AAAAAAAAAuE/vFrTmhghpRI/s320/Homenageado_Toninho_Vianna_1.jpg" border="0" /></a><strong> Ex-vereador, Toninho Vianna.</strong></div><div><strong></strong></div><div><strong></strong><a href="http://bp1.blogger.com/_hNrb6vQYaLY/RvOSSlYeNII/AAAAAAAAAt8/0agT5F4Cj4c/s1600-h/Homenageado_Rosinha_02.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5112590849965700226" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://bp1.blogger.com/_hNrb6vQYaLY/RvOSSlYeNII/AAAAAAAAAt8/0agT5F4Cj4c/s320/Homenageado_Rosinha_02.jpg" border="0" /></a>Enquanto governadora, Rosinha Garotinho foi homenageada duas vezes.<br /><br /><div><div><br /><br /><div><br /><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5112590493483414642" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://bp2.blogger.com/_hNrb6vQYaLY/RvOR91YeNHI/AAAAAAAAAt0/JWk1ElPIlR8/s320/Livro_Campos_50_anos_de_carnaval_Jorge_Chines+2.jpg" border="0" /><br /><strong>Livro Campos: 50 anos de Carnaval, de Jorge da Paz Almeida, narra em detalhes a história do carnaval campista de 1925 em diante.</strong><br /><br /><br /><br /><p align="center"><a href="http://bp2.blogger.com/_hNrb6vQYaLY/RvLi9FYeNEI/AAAAAAAAAtc/Re-K_2dwpzI/s1600-h/Livro_Verbetes+para+um+dicionario+do+carnaval.jpg"></a></p><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5112589905072895074" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://bp1.blogger.com/_hNrb6vQYaLY/RvORblYeNGI/AAAAAAAAAts/ja9CxmHxQ-8/s320/Livro_Na_Taba_dos_Goytacazes_Herve_Salgado_Rodrigues.jpg" border="0" /><br /><strong>O livro "Campos - Na Taba dos Goytacazes", do jornalista Hervê Salgado Rodrigues, relata algumas passagens históricas do município.</strong><br /><br /><br /><br /><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5112589110503945298" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://bp0.blogger.com/_hNrb6vQYaLY/RvOQtVYeNFI/AAAAAAAAAtk/SkarXaPVZxE/s320/Livro_Pensamento_Comunicacional_Marques_Melo2.jpg" border="0" /><br /><strong>O livro "História do pensamento comunicacional", de José Marques de Melo, é referência para aqueles que desejam se aprofundar nas questões folkcomunicacionais.</strong><br /><br /><br /><p align="center"><a href="http://bp2.blogger.com/_hNrb6vQYaLY/RvLi9FYeNEI/AAAAAAAAAtc/Re-K_2dwpzI/s1600-h/Livro_Verbetes+para+um+dicionario+do+carnaval.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5112398066063651906" style="CURSOR: hand" alt="" src="http://bp2.blogger.com/_hNrb6vQYaLY/RvLi9FYeNEI/AAAAAAAAAtc/Re-K_2dwpzI/s320/Livro_Verbetes+para+um+dicionario+do+carnaval.jpg" border="0" /></a></p><br /><strong>Para entender o que dizem os carnavalescos, nada como um bom dicionário.</strong><br /><br /><br /><br /><div><a href="http://bp0.blogger.com/_hNrb6vQYaLY/RvLholYeNCI/AAAAAAAAAtM/ry5bf2CWt9Y/s1600-h/Revista_Carnaval_2000.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5112396614364705826" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://bp0.blogger.com/_hNrb6vQYaLY/RvLholYeNCI/AAAAAAAAAtM/ry5bf2CWt9Y/s320/Revista_Carnaval_2000.jpg" border="0" /></a><br /><strong>Revista do Carnaval Campista, de 2000, </strong></div><div><strong>distribuída seletiva e gratuitamente, por Herbson Freitas.</strong><br /><br /><p align="center"></p><p align="center"><a href="http://bp2.blogger.com/_hNrb6vQYaLY/RvLgeFYeNBI/AAAAAAAAAtE/1oEMEvZDDWU/s1600-h/Revista_Carnaval_2001.jpg.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5112395334464451602" style="CURSOR: hand" alt="" src="http://bp2.blogger.com/_hNrb6vQYaLY/RvLgeFYeNBI/AAAAAAAAAtE/1oEMEvZDDWU/s200/Revista_Carnaval_2001.jpg.jpg" border="0" /></a> <a href="http://bp1.blogger.com/_hNrb6vQYaLY/RvLcm1YeNAI/AAAAAAAAAs8/D4GXOz54_ak/s1600-h/Revista_Carnaval_2003.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5112391086741795842" style="CURSOR: hand" alt="" src="http://bp1.blogger.com/_hNrb6vQYaLY/RvLcm1YeNAI/AAAAAAAAAs8/D4GXOz54_ak/s200/Revista_Carnaval_2003.jpg" border="0" /></a><br /><br /><br /><strong>Revistas do Carnaval Campista, de 2001 e 2003.</strong><br /><br /></p><p align="center"><a href="http://bp0.blogger.com/_hNrb6vQYaLY/RvLbelYeM_I/AAAAAAAAAs0/om6zi__rqok/s1600-h/Revista_Carnaval_2004.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5112389845496247282" style="CURSOR: hand" alt="" src="http://bp0.blogger.com/_hNrb6vQYaLY/RvLbelYeM_I/AAAAAAAAAs0/om6zi__rqok/s200/Revista_Carnaval_2004.jpg" border="0" /></a> <a href="http://bp0.blogger.com/_hNrb6vQYaLY/RvLaPlYeM-I/AAAAAAAAAss/2NC2Vzhewf4/s1600-h/Revista_Ensaio_Geral_2004.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5112388488286581730" style="CURSOR: hand" alt="" src="http://bp0.blogger.com/_hNrb6vQYaLY/RvLaPlYeM-I/AAAAAAAAAss/2NC2Vzhewf4/s200/Revista_Ensaio_Geral_2004.jpg" border="0" /></a><br /><br /></p><p align="center"><strong>Revista Carnaval Campista, de Herbson Freitas e, a Revista Ensaio Geral, publicada pela LIESA, Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro.<br /></strong><br /></p><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5112385037898968578" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://bp3.blogger.com/_hNrb6vQYaLY/RvLXGvr9bgI/AAAAAAAAAsk/UKL_8aIkJT4/s320/Revista_Psicod%C3%A9licos_Garotinho.jpg" border="0" /><br /><strong>Revista especial "Psicodélicos 2001", em homenagem ao ex-prefeito e ex-governador, Anthony Garotinho.</strong><br /><br /><br /><div></div><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5112397211365159986" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://bp3.blogger.com/_hNrb6vQYaLY/RvLiLVYeNDI/AAAAAAAAAtU/jvS1fT8VZU4/s320/Folheto_Samba_Rosinha_j.jpg" border="0" /> </div><div></div><div><strong>Folheto distribuído gratuitamente pela G. R. E. S. Ás de Ouro, com a letra do samba em homenagem à ex-governador, Rosinha Garotinho.</strong><br /><br /><div align="center"><div></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div><br /></div>Paulo de Almeida Ouriveshttp://www.blogger.com/profile/15165174187982815954noreply@blogger.com0